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terça-feira, junho 30, 2009

INDULGÊNCIAS POR OCASIÃO DO ANO SACERDOTAL

Como já foi anunciado, Bento XVI decidiu proclamar um especial Ano Sacerdotal por ocasião do 150º aniversário da morte do santo Cura d'Ars, João Maria Vianney, luminoso modelo de pastor, plenamente dedicado ao serviço do povo de Deus. Durante o Ano Sacerdotal, que terá início a 19 de Junho de 2009 e se concluirá a 19 de Junho de 2010, será concedido o dom de indulgências especiais, segundo o que está descrito no seguinte Decreto da Penitenciaria Apostólica.


PAENITENTIARIA APOSTOLICA

URBIS ET ORBIS
D E C R E T O

Serão enriquecidos com o dom de Sagradas Indulgências, particulares exercícios de piedade, a realizar-se durante o Ano Sacerdotal proclamado em honra de São João Maria Vianney.
Aproxima-se o dia no qual se comemorarão os 150 anos do piedoso trânsito para o céu de São João Maria Vianney, Cura d'Ars, que aqui na terra foi um admirável modelo de verdadeiro Pastor ao serviço do rebanho de Cristo.
Dado que o seu exemplo é adequado a estimular os fiéis e, principalmente, os sacerdotes a imitar as suas virtudes, o Sumo Pontífice Bento XVI estabeleceu que, para esta ocasião, de 19 de Junho de 2009 a 19 de Junho de 2010 seja celebrado em toda a Igreja um especial Ano Sacerdotal, durante o qual os sacerdotes se reforcem cada vez mais na fidelidade a Cristo com meditações piedosas, exercícios sagrados e outras obras oportunas.
Este período sagrado terá início com a solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, dia de santificação sacerdotal, quando o Sumo Pontífice celebrará as Vésperas na presença das sagradas relíquias de São João Maria Vianney, trazidas a Roma pelo Excelentíssimo Bispo de Belley-Ars. O Beatíssimo Padre também concluirá o Ano Sacerdotal na Praça de São Pedro com os sacerdotes provenientes de todo o mundo, que renovarão a fidelidade a Cristo e o vínculo de fraternidade.
Os sacerdotes empenhem-se com orações e boas obras, em obter do Sumo e Eterno Sacerdote Cristo a graça de resplandecer com a Fé, a Esperança, a Caridade e outras virtudes, e mostrem com o comportamento de vida, mas também com o aspecto exterior, que estão a dedicar-se plenamente ao bem espiritual do povo; o que, sobre todas as outras coisas, a Igreja teve sempre a peito.
Para alcançar do melhor modo a finalidade desejada, beneficiará muito o dom das Sagradas Indulgências, que a Penitenciaria Apostólica, com o presente Decreto emanado em conformidade com a vontade do Augusto Pontífice, benignamente concede durante o Ano Sacerdotal:
A. Aos sacerdotes verdadeiramente arrependidos, que em qualquer dia devotamente recitarem pelo menos as Laudes matutinas ou as Vésperas diante do Santíssimo Sacramento, exposto à pública adoração ou reposto no tabernáculo e, a exemplo de São João Maria Vianney, se oferecerem com ânimo pronto e generoso à celebração dos sacramentos, sobretudo da Confissão, concede-se misericordiosamente em Deus a Indulgência plenária, que poderá inclusive ser aplicada aos irmãos defuntos como sufrágio; se, em conformidade com as disposições vigentes, se aproximarem da confissão sacramental e do Convívio eucarístico, e rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice.
Além disso, aos sacerdotes concede-se a Indulgência parcial, também aplicável aos irmãos defuntos, cada vez que recitarem devotamente orações devidamente aprovadas a fim de que conduzam uma vida santa e cumpram santamente os ofícios que lhes forem confiados.
B. A todos os fiéis verdadeiramente arrependidos que, na igreja ou no oratório, assistirem devotamente ao divino Sacrifício da Missa e oferecerem, pelos sacerdotes da Igreja, orações a Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, e qualquer obra boa realizada naquele dia, a fim de os santificar e plasmar segundo o Seu coração, concede-se a Indulgência plenária, contanto que tenham expiado os próprios pecados com a penitência sacramental e elevado orações segundo as intenções do Sumo Pontífice: nos dias em que se abre e se encerra o Ano Sacerdotal, no dia do 150º aniversário do trânsito piedoso de São João Maria Vianney, na primeira quinta-feira do mês ou em qualquer outro dia estabelecido pelos Ordinários dos lugares, para a utilidade dos fiéis.
Será muito oportuno que, nas igrejas catedrais e paroquiais, sejam os próprios sacerdotes prepostos ao cuidado pastoral a dirigir publicamente estes exercícios de piedade, a celebrar a Santa Missa e confessar os fiéis.
Aos idosos, doentes e a todos os que por motivos legítimos não puderem sair de casa, com o ânimo desapegado de qualquer pecado e com a intenção de cumprir, assim que possível, as três condições de costume, na própria casa ou onde estiverem a viver, concede-se de igual modo a Indulgência plenária se, nos dias acima determinados, recitarem orações pela santificação dos sacerdotes e oferecerem a Deus com confiança as doenças e as dificuldades da sua vida, por intermédio de Maria, Rainha dos Apóstolos.
Enfim, concede-se a Indulgência parcial a todos os fiéis todas as vezes que recitarem devotamente cinco Pai-Nossos, Ave-Marias e Glórias, ou outra oração devidamente aprovada, em honra do Sacratíssimo Coração de Jesus, a fim de obter que os sacerdotes se conservem em pureza e santidade de vida.
O presente Decreto é válido por toda a duração do Ano Sacerdotal. Não obstante qualquer disposição contrária.
Dado em Roma, na sede da Penitenciaria Apostólica, a 25 de Abril, festa de São Marcos Evangelista, do ano da Encarnação do Senhor de 2009.


James Francis Card. Stafford Penitenciário-Mor
GianfrancoGirotti,O.F.M.,Conv. Bispo Titular de Meta, Regente

quinta-feira, junho 25, 2009

Sobre a Maneira de Rezar - São Cipriano, Bispo de Cartago (+258)

1. Os preceitos evangélicos não são outra coisa, Irmãos Caríssimos, senão os ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, provações para robustecer a fé, alimento para nutrir a alma, leme para dirigir a navegação, presídio para a salvação.

Ao mesmo tempo que iluminam os crentes dóceis sobre a terra, guiam-nos até aos reinos celestesDeus quis que muitos ensinamentos nos fossem dados por meio dos Profetas, Seus Servos. Mas quão superiores são as palavras do Seu Filho, aquelas palavras que o Verbo de Deus, já ressonante nos Profetas, atesta com a Sua viva voz.

Já não é alguém que vem aplanar os caminhos d'Aquele que há de vir, mas Aquele que veio e nos abre e mostra o caminho. Deste modo os que, antes, incautos e cegos cambaleavam nas trevas da morte, iluminados agora pela luz da graça, podem seguir na vida sob a guia e o governo de Cristo.2. Entre outros conselhos salutares e ensinamentos divinos com os quais provê à salvação do Seu povo, Cristo deu também a norma da oração, e Ele mesmo nos mostrou e ensinou como devemos rezar.

Aquele que nos deu a vida, ensinou-nos a pedir, com a mesma benevolência com que Se dignou dar-nos os outros bens. Assim rezando ao Pai com a oração do Filho, somos mais facilmente ouvidos.Já antes tinha anunciado o dia em que os verdadeiros adoradores aprenderiam a adorar o Pai em espírito e em verdade (Jo. 4, 23), mas agora cumpre a promessa e faz de nós, santificados pelo espírito de verdade, verdadeiros e espirituais adoradores, conformes ao Seu ensinamento.Que oração haverá mais espiritual do que aquela que nos ensinou Cristo, o qual enviou sobre nós o Espírito de Verdade? Que oração será mais verdadeira do que aquela que saiu dos lábios de Quem é a verdade?

Portanto, rezar de outra maneira diferente da que Cristo nos ensinou, não só é um ato de ignorância, mas uma culpa, pois Ele mesmo disse: “Vós rejeitastes o mandamento de Deus para acreditar na vossa doutrina” (Mc.7,8).3. Seja a nossa oração a que o nosso Mestre nos ensinou.

É cara e familiar a Deus a oração composta pelo Seu mesmo Filho. Assim, quando rezamos, o Pai reconhece as palavras do Filho.Aquele que é hóspede do nosso coração esteja também nos nossos lábios. Se Cristo está junto do Pai como advogado para os nossos pecados, nós pecadores devemos rogar o perdão dos pecados com as mesmas palavras do Advogado.

De fato, se Ele nos prometeu obter tudo o que pedirmos ao Pai em Seu Nome (Jo. 16, 23), quanto mais eficazmente obteremos o que pedimos em Nome de Cristo se o pedimos com a Sua mesma oração?4. Os que rezam, tenham devoção à doçura das palavras. Pensemos estar na presença de Deus e por isso devemos ser aceites aos Seus olhos pela atitude do corpo e pela maneira como rezamos. Como é imprudente quem pede sem piedade, assim a oração convém que seja em tom respeitoso e submisso.

O Senhor ensinou-nos a rezar no silêncio e nos lugares escondidos das nossas casas. Esta atitude é mais adequada à nossa fé para que saibamos e jamais olvidemos que Deus está em toda a parte, vê tudo e atende a todos, enche com a plenitude da Sua majestade os lugares mais recônditos.Está escrito: “Não sou Eu o Deus do alto e o Deus que está a teu lado? Se o homem se esconde, deixo acaso de o ver? Não sou Eu que encho o céu e a terra?” (Jr. 23, 23-24). “Em todo o lugar os olhos de Deus observam os bons e os maus” (Pv. 15,3).

E quando nos juntamos aos outros irmãos para celebrar com o Sacerdote o Sacrifício divino, devemos recordar-nos de ser devotos e disciplinados na oração e não espalhá-la ao vento numa seqüência de palavras, nem dirigi-Ia a Deus precipitadamente, mas sim com propósitos. Deus não escuta a voz, mas o coração. Deus, que perscruta os pensamentos humanos, não quer ser rogado com gritos.

Diz assim o Mestre: “Que andais vós a ruminar nos vossos corações” (Lc. 5, 22) e ainda: “Todas as Igrejas saibam que Eu perscruto os rins e os corações” (Ap. 2, 23).5. Já nos mostra isto o primeiro Livro dos Reis com o exemplo de Ana, figura da Igreja. Ana rezava ao Senhor não com palavras clamorosas mas na humildade e no silêncio com o seu coração. A sua oração era oculta, mas era manifesta a sua fé. Falava com o coração e não com a boca, porque só assim era ouvida por Deus. Por isso obteve o que pediu, porque rezou com fé, como atesta a Sagrada Escritura: “Falava no seu coração.

Os seus lábios moviam-se, mas não se percebia a sua voz. E Deus escutou-a” (1 Re. 1, 13). O mesmo se lê nos Salmos (5, 5): “Pensai no silêncio dos vossos quartos”. Jeremias põe na boca de Deus estas palavras: “Encontrar-Me-eis se Me procurardes com todo o coração” (Jr. 24, 13).6. Quando rezarmos não esqueçamos o publicano no templo, que não ousava levantar os olhos ao céu nem se atrevia a elevar as mãos, mas batia no peito em sinal de detestação dos seus pecados, e assim pedia a ajuda da misericórdia divina.

Enquanto o fariseu se comprazia a si mesmo, o publicano, com a sua oração, mereceu ser santificado mais, visto que colocou a esperança da sua salvação não na sua inocência - pois ninguém é inocente - mas na humilde confissão dos seus pecados. E, Aquele que do Céu perdoa os humildes, ouviu a sua oração, como se lê na parábola evangélica que se segue: «Dois homens subiram ao templo para rezar; um era fariseu, o outro era publicano. O fariseu, de pé, rezava assim: “Eu Te dou graças, ó Deus, porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem tão pouco sou como aquele publicano. Eu jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus bens”.

O publicano, ao contrário, lá longe, nem se atrevia a erguer os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”. Pois Eu vos digo que este voltou justificado para sua casa. Não aconteceu o mesmo com o outro, pois quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (Lc. 18, 10-14).

Também os Apóstolos, com todos os discípulos, rezavam assim depois da Ascensão do Senhor: «Perseveravam todos unanimemente na oração, com as mulheres e com Maria, Mãe de Jesus, e com os Seus irmãos» (At. 1, 14).

Perseveravam concordemente na oração e assim demonstravam, com a assiduidade e unanimidade da sua oração, que Deus «faz habitar sob o mesmo teto todos os que estão de acordo» (Sl. 57, 7) e não admite à Sua divina e eterna habitação senão aqueles cuja oração é comum e unânime.

Seminarista Agnaldo Bueno / http://www.sociedadecatolica.com.br/

terça-feira, junho 23, 2009

SER SACERDOTE

SER TODO DE DEUS



(Oração indulgenciada por S. Pio X em 03/03/1905)


Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador, Vós que, no Vosso incomparável amor, deixastes sair do Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão, dignai-Vos derramar, nos Vossos sacerdotes, as ondas vivificantes do Amor infinito.
Vivei neles, transformai-os em Vós, tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos de Vossas Misericórdias.
Atuai neles e por eles, e fazei que, revestidos inteiramente de Vós pela fiel imitação de Vossas adoráveis virtudes, operem, em Vosso nome e pela força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação do mundo.
Divino Redentor das almas, vede como é grande a multidão dos que dormem ainda nas trevas do erro; contai o número dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios; considerai a multidão dos pobres, dos famintos, dos ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.
Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes. Revivei neles; atuai por eles, e passai de novo através do mundo, ensinando, perdoando, consolando, sacrificando, e reatando os laços sagrados do amor entre o Coração de Deus e o coração humano.
Amém.

Do livro «O Sagrado Coração e o Sacerdócio», de Madre Luísa Margarida Claret de La Touche
Sacerdote, dom para humanidade ao viver sua vocação

O porta-voz vaticano explica o objetivo do Ano Sacerdotal (21 de junho de 2009 ).
A Igreja começou um ano para redescobrir no sacerdócio um dom do Senhor para cada alma, explica o porta-voz da Santa Sé.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, do qual também é diretor, que “o serviço do sacerdote é de fundamental importância na vida da Igreja. Mas é um ministério que hoje atravessa muitas dificuldades”.
Este ano – esclarece o porta-voz – responde, assim, às dificuldades que o sacerdote experimenta hoje, devidas a diversos fatores: “O clima geral de secularização em vastas regiões do mundo, uma menor valorização do papel do sacerdote na sociedade, as profundas feridas sofridas pela imagem pública dos sacerdotes por causa de comportamentos indignos de alguns deles e inclusive a própria e justa valorização das vocações leigas na Igreja”.
Segundo o Pe. Lombardi, diante dessas dificuldades, “O Papa não responde com considerações sociorreligiosas, mas promove o compromisso de renovação interior de todos os sacerdotes, para que seu testemunho evangélico no mundo de hoje seja mais intenso e incisivo.
A carta que o Papa dirigiu a todos os seus irmãos no sacerdócio ao inaugurar o Ano Sacerdotal, “não parte do exterior, mas do coração da vocação sacerdotal, do modelo concreto de santidade sacerdotal que nos oferece o Santo Cura de Ars, São João Maria Vianney”.
“Pode parecer quase uma provocação apresentar como referência espiritual os sacerdotes do mundo inteiro e um pároco que viveu em uma pequena localidade francesa de 200 pessoas, falecido há 150 anos”, reconhece o Pe. Lombardi.
“Mas se o sacerdote vive verdadeiramente da Eucaristia e do serviço da reconciliação entre Deus e os homens – acrescenta –, isto é, da manifestação da misericórdia de Deus, o tempo e o lugar se tornam secundários.”
Por isso, assegura o porta-voz, nesta carta que o Papa enviou aos presbíteros “há um toque profundo de espiritualidade, uma grande ternura de amor por Jesus e pelas pessoas, em particular pelas que estão espiritualmente longe de Deus ou em dificuldades.
“Por acaso não existe uma urgente e gigante necessidade desse amor, que procura fazer-se presente no coração de cada um? – pergunta-se o Pe. Lombardi. Por esta razão, o Papa fala do sacerdote como de um dom à Igreja e à própria humanidade. Naturalmente, se ele viver sua vocação.”

Seminarista Agnaldo Bueno / http://www.zenit.org/


Homilia do Papa Bento XVI na abertura do Ano Sacerdotal

Queridos irmãos e irmãs:

Na antífona do Magnificat, dentro de pouco, cantaremos: “O Senhor nos acolheu em seu coração”, “Suscepit nos Dominus in sinum et cor suum“. No Antigo Testamento, fala-se 26 vezes do coração de Deus, considerado como o órgão da sua vontade: em referência ao coração de Deus, o homem é julgado. Por causa da dor que seu coração sente pelos pecados do homem, Deus decide o dilúvio, mas depois se comove diante da fraqueza humana e perdoa. Depois, há uma passagem do Antigo Testamento em que o tema do coração de Deus se expressa de maneira totalmente clara: encontra-se no capítulo 11 do livro do profeta Oseias, em que os primeiros versículos descrevem a dimensão do amor com que o Senhor se dirige a Israel na aurora de sua história: “Quando Israel era menino, eu o amei e do Egito chamei meu filho” (v. 1). Na realidade, à incansável predileção divina, Israel responde com indiferença e inclusive com ingratidão. “Mas quanto mais os chamava, tanto mais eles se afastavam de mim” (v. 2). No entanto, Ele não abandona Israel nas mãos dos inimigos, pois “meu coração se contorce dentro de mim, minhas entranhas comovem-se” (v. 8).
O coração de Deus se estremece de compaixão! Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja apresenta este mistério à nossa contemplação, o mistério do coração de um Deus que se comove e oferece todo o seu amor à humanidade. Um amor misterioso, que nos textos do Novo Testamento nos é revelado como incomensurável paixão de Deus pelo homem. Não se rende diante da ingratidão, nem sequer diante da rejeição do povo que Ele escolheu; mais ainda, com infinita misericórdia, envia ao mundo seu Filho unigênito para que carregue sobre si o destino do amor destruído; para que, derrotando o poder do mal e da morte, possa restituir a dignidade de filhos aos seres humanos escravizados pelo pecado. Tudo isso com um preço muito caro: o Filho unigênito do Pai se imola na cruz: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (cf. João 13, 1). Símbolo deste amor que vai muito além da morte é seu lado atravessado por uma lança. Neste sentido, uma testemunha ocular - o apóstolo João - afirma: “Um dos soldados traspassou-lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu sangue e água” (cf. João 19, 34).
Queridos irmãos e irmãs: obrigado, pois, respondendo ao meu convite, viestes em grande número a esta celebração, pela qual entramos no Ano Sacerdotal. Saúdo os senhores cardeais e os bispos, em particular o cardeal prefeito e o secretário da Congregação para o Clero, junto a seus colaboradores, e o bispo de Ars. Saúdo os sacerdotes e seminaristas dos colégios de Roma; os religiosos e religiosas e a todos os fiéis. Dirijo uma saudação especial a Sua Beatitude Ignace Youssef Younan, patriarca de Antioquia dos Sírios, que veio a Roma para visitar-me e manifestar publicamente a ecclesiastica communio (comunhão eclesial, N. da T.), que lhe foi concedida.
Queridos irmãos e irmãs: detenhamo-nos para contemplar juntos o Coração traspassado do Crucificado. Mais uma vez, acabamos de escutar, na breve leitura tomada da carta de São Paulo aos Efésios, que “Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo - pela graça fostes salvos! - e com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, em Cristo Jesus” (Efésios 2, 4-6). Estar em Cristo Jesus significa já sentar-se nos céus. No Coração de Jesus se expressa o núcleo essencial do cristianismo; em Cristo nos é revelada e entregue toda a novidade revolucionária do Evangelho: o Amor que nos salva e nos faz viver já na eternidade de Deus. O evangelista João escreve: “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (3, 16). Seu Coração divino chama então nosso coração; convida-nos a sair de nós mesmos e a abandonar nossas seguranças humanas para fiar-nos d’Ele e, seguindo seu exemplo, a fazer de nós mesmos um dom de amor sem reservas.
Se é verdade que o convite de Jesus a “permanecer em seu amor” (cf. João 15, 9) se dirige a todo batizado, na festa do Sagrado Coração de Jesus, Dia de Santificação Sacerdotal, este convite ressoa com maior força para nós, sacerdotes, em particular nesta tarde, solene início do Ano Sacerdotal, que convoquei por ocasião do 150º aniversário da morte do Santo Cura de Ars. Vem-me imediatamente à mente uma bela e comovedora afirmação, referida no Catecismo da Igreja Católica: “O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus” (n. 1589). Como não recordar com comoção que diretamente desse Coração manou o dom do nosso ministério sacerdotal? Como esquecer que nós, presbíteros, fomos consagrados para servir, humilde e autorizadamente, ao sacerdócio comum dos fiéis? Nossa missão é indispensável para a Igreja e para o mundo, que exige fidelidade plena a Cristo e uma incessante união com Ele; isto é, exige que busquemos constantemente a santidade, como fez São João Maria Vianney. Na carta que vos dirigi por ocasião deste ano jubilar especial, queridos sacerdotes, eu quis sublinhar alguns aspectos que qualificam nosso ministério, fazendo referência ao exemplo e ao ensinamento do Santo Cura de Ars, modelo e protetor de todos os sacerdotes, em particular dos párocos. Espero que este meu texto vos sirva de ajuda e estímulo para fazer deste ano uma ocasião propícia para crescer na intimidade com Jesus, que conta conosco, seus ministros, para difundir e consolidar seu Reino, para difundir seu amor, sua verdade. E, portanto, “a exemplo do Santo Cura de Ars, deixai-vos conquistar por Ele e sereis, também vós, no mundo de hoje, mensageiros de esperança, reconciliação e paz”.
Deixar-se conquistar totalmente por Cristo! Este foi o objetivo de toda a vida de São Paulo, a quem dirigimos nossa atenção durante o Ano Paulino, que já está terminando; esta foi a meta de todo o ministério do Santo Cura de Ars, a quem invocaremos particularmente durante o Ano Sacerdotal; que este seja também o principal objetivo de cada um de nós. Para ser ministros ao serviço do Evangelho, é certamente útil e necessário o estudo com uma atenta e permanente formação pastoral, mas é ainda mais necessária essa “ciência do amor”, que só se aprende de “coração a coração” com Cristo. Ele nos chama a partir o pão do seu amor, a perdoar os pecados e a guiar o rebanho em seu nome. Precisamente por este motivo, não podemos nos afastar nunca do manancial do amor que é seu Coração atravessado na cruz.
Somente assim seremos capazes de cooperar eficazmente com o misterioso “desígnio do Pai”, que consiste em “fazer de Cristo o coração do mundo”, desígnio que se realiza na história na medida em que Jesus se converte no Coração dos corações humanos, começando por aqueles que estão chamados a estar mais perto d’Ele, os sacerdotes. As “promessas sacerdotais” que pronunciamos no dia da nossa ordenação e que renovamos cada ano, na Quinta-Feira Santa, na Missa Crismal, voltam a nos recordar este constante compromisso. Inclusive nossas carências, nossos limites e fraquezas devem nos conduzir ao Coração de Jesus. Se é verdade que os pecadores, ao contemplá-lo, devem aprender a necessária “dor dos pecados” que volta a conduzi-los ao Pai, isso se aplica ainda mais aos ministros sagrados. “Como esquecer que nada faz a Igreja, Corpo de Cristo, sofrer mais que os pecados dos seus pastores, sobretudo daqueles que se convertem em “ladrões de ovelhas” (João 10, 1ss), seja porque as desviam com suas doutrinas privadas, seja porque as atam com os laços do pecado e da morte? Também para nós, queridos sacerdotes, aplica-se o chamado à conversão e a recorrer à Misericórdia Divina, e igualmente devemos dirigir com humildade incessante a súplica ao Coração de Jesus para que nos preserve do terrível risco de causar dano àqueles a quem devemos salvar.
Há pouco, pude venerar, na Capela do Coro, a relíquia do Santo Cura de Ars: seu coração. Um coração inflamado de amor divino, que se comovia frente ao pensamento da dignidade do sacerdote e falava aos fiéis com tons tocantes e sublimes, afirmando que “depois de Deus, o sacerdote é tudo!… Ele próprio não se entenderá bem a si mesmo, senão no céu” (cf. Carta para o Ano Sacerdotal). Cultivemos, queridos irmãos, esta mesma comoção, seja para cumprir nosso ministério com generosidade e dedicação, seja para custodiar na alma um verdadeiro “temor de Deus”: temor de poder privar de tanto bem, por nossa negligência ou culpa, as almas que nos foram confiadas, ou de poder causar-lhes dano. Que Deus não o permita! A Igreja tem necessidade de sacerdotes santos, de ministros que ajudem os fiéis a experimentar o amor misericordioso do Senhor e sejam suas testemunhas convictas. Na adoração eucarística, após a celebração das Vésperas, pediremos ao Senhor que inflame o coração de cada presbítero com essa caridade pastoral capaz de fundir seu “eu” no de Jesus sacerdote, para assim poder imitá-lo na mais completa entrega de si mesmo. Que nos obtenha esta graça a Virgem Mãe, de quem amanhã contemplaremos com viva fé o Coração Imaculado. O Santo Cura de Ars vivia uma filial devoção por ela, até o ponto de que, em 1836, antecipando-se à proclamação do dogma da Imaculada Conceição, já havia consagrado sua paróquia a Maria “concebida sem pecado”. E manteve o costume de renovar frequentemente esta oferenda da paróquia à Santa Virgem, ensinando aos fiéis que “basta dirigir-se a ela para ser escutados”, pela simples razão de que ela “deseja sobretudo ver-nos felizes”. Que Nossa Senhora, nossa Mãe, nos acompanhe no Ano Sacerdotal que iniciamos hoje, para que possamos ser guias firmes e iluminados para os fiéis que o Senhor confia aos nossos cuidados pastorais. Amém!


Seminarista Agnaldo Bueno / http://www.presbiteros.com.br/
Maternidade espiritual para os sacerdotes

É um apelo que parte da Santa Sé, a qual lançara uma campanha de adoração eucarística e de “maternidade” pela santidade dos sacerdotes do mundo, exatamente por ocasião da solenidade da Imaculada Conceição em 2007. O texto que ilustra a iniciativa explica que a campanha quer “iniciar um movimento espiritual que promova uma consciência cada vez maior do vínculo entre Eucaristia e Sacerdócio e da especial maternidade de Maria em relação a todos os sacerdotes, e que dê vida a uma cadeia de adoração perpétua pela reparação das faltas e santificação do clero.
São convidadas a participar, em especial, as “almas femininas consagradas” a adotar “espiritualmente, sacerdotes para ajudá-los com a oferta de si mesmo, oração e a penitência” imitando o exemplo de Maria. E é precisamente a Ela, a “Mãe do Sumo e Eterno Sacerdote, se deseja confiar todo Sacerdote, suscitando, na Igreja, um movimento de oração, que ponha no centro, a adoração eucarística contínua, ao longo das vinte e quatro horas”. Deste modo, de todas as partes do mundo, sempre se elevará a Deus, incessantemente, “uma oração de adoração, ação de graças, louvor, pedido e reparação, com a finalidade principal de suscitar um número suficiente de santas vocações para o estado
sacerdotal”.
Seminarista Agnaldo Bueno / www.clerus.org

terça-feira, junho 16, 2009

HISTORIA GERAL DA OBRA DO AMOR INFINITO

1890
NO DIA 20 NOVEMBRE 1890 MADRE LUISA
MARGARIDA ENTRA NO MOSTEIRO DA
VISITAÇÃO DE ROMANS (FRANÇA).
1896
NO DIA O6 JUNHO DO ANO DE 1896,
MADRE LUISA MARGARIDA ENCONTRA
O PADRE ALFREDO CHARRIER S.J.
1906 - 1909
A COMUNIDADE VAI EM
EXILIO DE ROMANS A
REVIGLIASCO (ITALIA).
1909 - 1912
ELA TRANSFERIU – SE PARA
MAZZÉ EM CASTELLO
"LA TORRETTA".
1912 - 1913
EM MARÇO PASSA DE
MAZZÉ AO CASTELLO
DE PARELLA.
1914
FUNDAÇÃO DO PRIMEIRO
MOSTEIRO DE VISCO:
"VISITAZIONE DE SANTA MARIA.
1914
TOMA POSSE DA
VILA "O MASTAREÉUS"
(a pequena casa)
1914
EM 25 DE MARÇO COMEMORA – SE
A PRIMEIRA MISSA NA CAPELA
ONDE ESTA O ORIGINAL QUADRO
JESUS AMOR INFINITO.
(pintado pela Madre)
1909 - 1915
MONSENHOR FILIPELLO,
BISPO DE IVREA SEU DIRETOR
ESPIRITUAL É A ALMA DA NOVA OBRA.
1915
NO DIA 14 DE MAIO DE 1915,
MORRE A MADRE LUISA
MARGARIDA AOS 47 ANOS.
1915
MADRE MARGARIDA DO SAGRADO
CORAÇÃO REYNAUD, TOMA A DIREÇÃO
DO NOVO INSTITUTO.
1928
A POSSE DA PRIMEIRA PEDRA
DO SANTUARIO DE JESUS AMOR INFINITO,
QUE SERÁ REALIZADA (CONSTRUIDO)
NO ANO 1928.
1932
NO DIA 25 MARÇO DE 1932,OS RESTOS
MORTAIS DA MADRE LUISA MARGARIDA
SÃO TRASPORTADOS PARA UM NOVO
RECINTO NOS JARDINS DE BETÂNIA.
1933
NO DIA 31 DE OUTUBRO
DAR-SE INICIO A ABERTURA
DO PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO
DE MADRE LUISA.
1935
A PARTIR DE 1935 A 1958,
MADRE MARIA PAULA MARGHERITA
AGNELLET É A SUPERIORA GERAL
DAS IRMÃS BETÂNIA DO SAGRADO CORÇÃO.
2006
NO DIA 26 DE JUNHO DE 2006,
O PAPA BENTO XVI, RECONHECE
AS VIRTUDES HERÓICAS DA SERVA
DE DEUS, LUISA MARGHERIDA CLARET
DE LA TOUCHE (no mundo: Maria Luisa),
FUNDADOURA DAS IRMÃS DE BETÂNIA
DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS.
Seminarista Agnaldo Bueno

quinta-feira, junho 11, 2009

As Duas Colunas; a Eucaristia e a Devoção à Santíssima Virgem —1862

Hoje apresentamos a nossos leitores a tradução de um sonho que tem todas as características de uma verdadeira profecia, será que o sonho já se cumpriu ou esta para sê-lo? Circulam pela Internet várias versões deste sonho com uma pintura alegórica, mas há detalhes que temos dele e que são resenhados nas Memórias Biográficas, eu os achei interessantíssimos, e portanto os acrescento aqui.
Em 26 de maio de 1862 (São) João Dom Bosco tinha prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável nos últimos dias do mês.
Em 30 de maio, pois, de noite contou-lhes uma parábola ou sonho segundo ele quis denominá-la.
Eis aqui suas palavras:
"Quero-lhes contar um sonho. É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa, este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.
Figurem-se que estão comigo junto à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não vêem mais terra que a que têm debaixo dos pés. Em toda aquela vasta superfície líquida via-se uma multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, cujas proas terminavam em um afiado esporão de ferro em forma de lança que fere e transpassa todo aquilo contra o qual arremete. Estas naves estão armadas de canhões, carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.
A esta majestosa nave, provida de tudo, fazem escolta numerosas navezinhas que dela recebiam as ordens, realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento lhes era adverso e a agitação do mar parece favorecer aos inimigos.
Em meio da imensidão do mar levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distantes a uma da outra. Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum.(Auxilio dos Cristãos)Sobre a outra coluna, que é muito mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e debaixo dela outro cartaz com estas palavras: Salus credentium.(Salvação dos crentes)
O comandante supremo da nave maior, que é o Romano Pontífice, ao perceber o furor dos inimigos e a situação difícil em que se encontram seus fieis, pensa em convocar a seu redor aos pilotos das naves ajudantes para celebrar conselho e decidir a conduta a seguir. Todos os pilotos sobem à nave capitaneada e congregam-se ao redor do Papa. Celebram conselho; mas ao ver que o vento aumenta cada vez mais e que a tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a tomar novamente o mando de suas respectivas naves.
Restabelecida por um momento a calma, O Papa reúne pela segunda vez aos pilotos, enquanto a nave capitã continua seu curso; mas a borrasca torna-se novamente espantosa.
O Pontífice empunha o leme e todos seus esforços vão encaminhados a dirigir a nave para o espaço existente entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior pendem numerosas âncoras e grosas argolas unidas a robustas cadeias.
As naves inimigas dispõem-se todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e por afundá-la. Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários dos que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo; outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada vez mais encarniçado. As proas inimigas chocam-se contra ela violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto resultam inúteis. Em vão reatam o ataque e gastam energias e munições: a gigantesca nave prossegue segura e serena seu caminho.
Às vezes acontece que por efeito dos ataques de que lhe são objeto, mostra em seus flancos uma larga e profunda fenda; mas logo que produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e as vias de água fecham-se e as fendas desaparecem.
Disparam enquanto isso os canhões dos assaltantes, e ao fazê-lo arrebentam, rompem-se os fuzis, o mesmo que as demais armas e esporões. Muitas naves destroem-se e afundam no mar. Então, os inimigos, acesos de furor começam a lutar empregando a armas curtas, as mãos, os punhos, as injúrias, as blasfêmias, maldições, e assim continua o combate.
Quando eis aqui que o Papa cai ferido gravemente. Imediatamente os que lhe acompanham vão a ajudar-lhe e o levantam. O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre as cobertas de suas naves reina um júbilo inexprimível. Mas apenas morto o Pontífice, outro ocupa o posto vacante. Os pilotos reunidos o escolheram imediatamente; de sorte que a notícia da morte do Papa chega com o da eleição de seu sucessor. Os inimigos começam a desanimar-se.
O novo Pontífice, vencendo e superando todos os obstáculos, guia a nave em volta das duas colunas, e ao chegar ao espaço compreendido entre ambas, a amarra com uma cadeia que pende da proa uma âncora da coluna que ostenta a Hóstia; e com outra cadeia que pende da popa a sujeita da parte oposta a outra âncora pendurada da coluna que serve de pedestal à Virgem Imaculada. Então produz-se uma grande confusão. Todas as naves que até aquele momento tinham lutado contra a embarcação capitaneada pelo Papa, dão-se à fuga, dispersam-se, chocam entre si e destroem-se mutuamente. Umas ao afundar-se procuram afundar às demais. Outras navezinhas que combateram valorosamente às ordens do Papa, são as primeiras em chegar às colunas onde ficam amarradas.
Outras naves, que por medo ao combate retiraram-se e que se encontram muito distantes, continuam observando prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os restos das naves destruídas, remam rapidamente em volta das duas colunas, e chegando às quais se amarram aos ganchos de ferro pendentes das mesmas e ali permanecem tranqüilas e seguras, em companhia da nave capitã ocupada pelo Papa. No mar reina uma calma absoluta."
Ao chegar a este ponto do relato, (São) João Dom Bosco perguntou ao (Beato) Miguel Dom Rúa:
— O que pensas desta narração?
O (Beato) Miguel Dom Rúa respondeu:
— Parece-me que a nave do Papa é a Igreja da qual ele é a Cabeça: as outras naves representam aos homens e o mar ao mundo. Os que defendem à embarcação do Pontífice são os fieis à Santa Se; os outros, seus inimigos, que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas salvadoras parece-me que são a devoção a María Santíssima e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
O (Beato) Miguel Dom Rúa não fez referência ao Papa cansado e morto e (São) João Dom Bosco nada disse tampouco sobre este particular. Somente acrescentou:
— Hás dito bem. Somente terei que corrigir uma expressão. As naves dos inimigos são as perseguições. Preparam-se dias difíceis para a Igreja. O que até agora aconteceu (na história da Igreja) é quase nada em comparação ao que tem de acontecer. Os inimigos da Igreja estão representados pelas naves que tentam afundar a nave principal e aniquilá-la se pudessem. Só ficam dois meios para salvar-se dentro de tanto desconcerto! Devoção a Maria. Freqüência dos Sacramentos: Comunhão freqüente, empregando todos os recursos para praticá-la nós e para fazê-la praticar a outros sempre e em todo momento. Boa noite!
As conjecturas que fizeram os jovens sobre este sonho foram muitíssimas, especialmente no referente ao Papa; mas (São) João Dom Bosco não acrescentou nenhuma outra explicação.
Quarenta e oito anos depois — em 1907 — um antigo aluno, cônego Dom João Ma. Bourlot recordava perfeitamente as palavras de (São) João Dom Bosco.
Temos que concluir dizendo que muitos consideraram este sonho como uma verdadeira visão ou profecia, embora (São) João Dom Bosco ao narrá-lo parece que não se propôs outra coisa que, induzir aos jovens a rezar pela Igreja e pelo Sumo Pontífice inculcando-lhes ao mesmo tempo a devoção ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima.

(M. B. Volume VII, págs. 169-171)

quarta-feira, junho 10, 2009

A FESTA DE CORPUS CHRISTI

"A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do verdadeiro Sangue de Cristo neste sacramento [Eucaristia] 'não se pode descobrir pelos sentidos, diz Santo Tomás, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus'. Por isso, comentando o texto de São Lucas 22,19 ("Isto é o meu Corpo que será entregue por vós"), São Cirilo declara: 'Não perguntes se é ou não verdade; aceita com fé as palavras do Senhor, porque ele, que é a verdade, não mente" (CIC §1381)

A Igreja celebra na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, a festa em honra ao “Corpo do Senhor”, conhecida pelo nome de “Corpus Christi” (Corpo de Cristo).
Essa grandiosa celebração tem sua origem em meados do século XIII, após o acontecimento do Milagre Eucarístico de “Orvieto – Bolsena” na Itália, em 1263.
Segundo a História da Igreja, a Beata Juliana de Cornillon (1258), em uma revelação particular teria recebido de Jesus o pedido para que fosse introduzida no Calendário Litúrgico da Igreja, a Festa de “Corpus Domini”.
Em uma Celebração Eucarística presidida pelo padre Pedro de Praga, na cripta de S. Cristina, na cidade italiana de Bolsena, ocorreu o Milagre Eucarístico: da hóstia consagrada caem gotas de sangue que mancham o corporal (toalhinha branca quadrada de linho e engomada. Chama-se corporal porque sobre ela se coloca o Corpo do Senhor que está na âmbula e no cálice).
O Papa Urbano IV (1262-1264) que morava na cidade italiana de Orvieto, determina que as relíquias do Milagre Eucarístico fossem transladadas da cidade de Bolsena a Orvieto, o que é feito em procissão.
Em 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV emitiu a Bula Transiturus de Mundo, onde instituiu a Festa de Corpus Christi, a ser celebrada no Calendário Litúrgico da Igreja, na quinta-feira após a oitava de Pentecostes. São Tomás de Aquino foi o encarregado de compor o Ofício Festivo próprio da Celebração.
Em síntese, é esta a origem da Festa de Corpus Christi, que celebramos em Procissão pelas ruas de nossa cidade, ornada com belos tapetes, em honra ao Santíssimo Corpo de Cristo, que passa a nos abençoar.

Leandro Martins de Jesus (http://www.veritatis.com.br/)

quarta-feira, junho 03, 2009

Intenções de Sua Santidade para o mês de JUNHO de 2009.

Intenção Geral:

A fim de que a atenção internacional aos países mais pobres suscite uma ajuda mais concreta, em particular para aliviar o sufocante peso da dívida externa.

Missionária:

A fim de que as Igrejas particulares atuantes nas regiões marcadas pela violência sejam amparadas pelo amor e pela solidariedade concreta de todos os católicos do mundo.