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sexta-feira, junho 25, 2010

As Virtudes e os Dons do Espirito Santo

Virtude é o hábito do bem, isto é, disposição estável para agir bem.

Opõe-se ao vício - que é o hábito do mal.

Virtudes naturais são adquiridas pelo exercício e aperfeiçoamento de dons naturais. Desenvolvem-se pelo esforço da vontade, agindo sobre a aptidão específica. Por exemplo, a virtude de um bom pintor.

Virtudes sobrenaturais são as que, pela graça santificante, recebemos de Deus, tendo por fim nossa eterna salvação. Não dependem de nosso esforço - ao nos dar a graça, Deus as infunde em nossa alma. Devemos, porém, desenvolvê-las.

Virtudes teologais são infusas (ou sobrenaturais). Vêm de Deus e nele têm seu objeto imediato. São a Fé, a Esperança e a Caridade. Recebemo-las com a graça do Batismo, e, em maior abundância, com a da Confirmação.

Virtudes morais são diretamente ligadas aos costumes - ligam-se a Deus, de modo indireto. Podem ser naturais, isto é, que se alcançam por meios naturais, ou sobrenaturais, pelo efeito da graça.

Dentre essas virtudes, destacam-se a Prudência, Justiça, Força e Temperança. Todas as outras virtudes morais derivam-se dessas quatro. Sem a prática dessa virtudes ninguém pode entrar na vida de perfeição". Recebidas no Batismo, são infusas (ou sobrenaturais) - recebemo-las com a graça santificante.



"Ter fé numa coisa, é aderir a ela, por causa da afirmação de outrem, sem podermos conferir pessoalmente. Se a afirmação é de nossos semelhantes, nossa fé é humana. Se a afirmação é de Deus, trata-se de fé divina.

É praticamente impossível viver sem fé. Não existe quem só creia no que pode conferir. Acreditamos em bulas de remédios e em tabuletas de ônibus. Esta fé é humana - e dela precisamos para viver como homens.

Para vivermos como filhos de Deus, precisamos da fé divina, da Fé, virtude teologal que nos leva a crer na palavra de Deus, no que o Verbo revelou e a Igreja ensina. Como virtude teologal, seu objetivo imediato é Deus.

A Fé - Virtude teologal é infusa (é recebida no Batismo), sobrenatural em seu princípio e seu fim (Deus). "Não é uma busca, mas uma posse". "É um encontro da alma com a Verdade de Deus". "Deus nos capacita a crer em Deus - não círculo vicioso: é circulação de amor".

Esperança

No sentido amplo, é a expectativa de um bem que se deseja. Em sentido restrito, aqui empregado, é virtude sobrenatural que nos dá firme confiança para alcançarmos a felicidade eterna e obtermos os meios de consegui-la. Seu princípio é a graça e Deus é o seu fim. Faz-nos passar pelo mundo "como se não fôssemos do mundo" - sem nos prender a ele.

O demasiado apego a coisas mundanas, a sofreguidão na busca de prazeres, a busca de soluções unicamente materiais para todos os problemas - tudo isso são sinais de desespero. A Esperança - virtude cristã - leva-nos a "passar no mundo, sem nos prender a ele; a pisar de leve, para não se prender no lodo; a possuir como se não possuísse. Não se trata pois, de esperar nos homens, mas de esperar em Deus e com Deus.

Caridade

É a maior das virtudes. (Leia-se a 1º. Epístola de S. Paulo aos Coríntios, cap. 13). Romperá as portas da eternidade e para sempre viverá. No Céu, a Fé será substituída pela visão de Deus; a Esperança, pela sua posse - mas o Amor viverá eternamente.

É a virtude sobrenatural que nos faz amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, pelo amor de Deus. Tem em Deus seu objetivo e seu fim principal. Por causa desse amor a Deus, leva-nos a amar o próximo como a nós mesmos. Assim, aí, encontra-se uma ordem no amor: Deus, acima de tudo, em primeiro lugar; depois, nós mesmos e, em seguida, o próximo. Sim, antes de nos perguntar pelo que fizemos dos outros ou com os outros, Deus nos perguntará pelo que fizemos dos dons que Ele nos deu, o que fizemos de nós mesmos.

Antes de sermos responsáveis pelos outros, cada um é responsável pela própria alma - e é nesse sentido que o amor a si mesmo vem antes do amor do próximo. Trata-se do bom amor de si mesmo, relacionado com nossa alma imortal e seu destino; amor de si mesmo, pelo que nós somos principalmente: filhos de Deus, ao Céu destinados.

Não se trata, pois, de egoísmo ou amor-próprio, que, no sentido mais empregado, é o mau amor de si mesmo, por motivos secundários, desprovidos de real importância (por causa de beleza, inteligência, cultura, etc.)

Em terceiro lugar, vem o amor ao próximo. Este deve ser amado por amor a Deus e em Deus - e, também, pelo que possui de mais importante: sua alma imortal, com imagem e semelhança divina. Este é o verdadeiro amor ao próximo que, acima de nacionalidade, posição social, cor da pele, etc, abrange todos os homens. É o amor verdadeiro, centelha do amor de Deus. É a verdadeira Caridade, a que levou S. João Gualberto a amar seu inimigo e S. Francisco de Assis a beijar um leproso. Leva-nos a imitar o Mestre que nos disse e nos mostrou que Deus é Amor.

Prudência

É a virtude que nos faz conhecer e praticar, oportunamente, o que é bem. A Prudência sabe escolher meios, ajeitá-los ao fim que pretende. Aproveita a hora propícia, o lugar acertado. Não dá passos errados. Nisso tudo, é virtude moral natural.

Tornar-se-á sobrenatural quando, ainda fazendo isso mesmo, estiver iluminada pelo brilho da fé, auxiliada pelo concurso da graça, e referir tudo à meta suprema da eterna salvação. No Batismo a recebemos como virtude infusa - é fruto da graça recebida. Prudência não tem, pois, o sentido vulgar e mesquinho que, às vezes, lhe emprestam. É a virtude do reto agir. É racional e honesta. Justamente, é considerada como a "rainha das virtudes morais".

Encontram-se, na Prudência, três elementos:

Reflexão - O homem prudente pensa antes de agir - e o cristão, além disso, reza. Calcula os prós e contras, considera ensinamentos da experiência (própria e alheia).

Determinação - O homem prudente, depois de pensar, toma uma decisão. (As virtudes são correlatas. Aqui, a força ajuda).

Realização - O homem ao examinar bem um assunto e decidir-se sobre ele. Só se torna um ato de Prudência quando realizado. (Também, aqui, entra o auxílio da força.)

Contra a Prudência, pode-se pecar por insuficiência ou por excesso. No primeiro caso, há irreflexão (quando não se pensa bem) ou descuido (quando não são empregados meios devidos para a realização - tornando-a imprudente).

No segundo caso, encontra-se a astúcia - "mascara da prudência", usada para fins repreensíveis e a prudência do século que, absorvida por interesses materiais, esquece os objetivos espirituais. Liga-se a um demasiado zelo pelo futuro (temporal) e conseqüente descuido pela vida eterna.

Em nossos dias, sob diversos aspectos, é a deturpação da Prudência que mais encontramos - apesar do aviso de Cristo: "Procurai, primeiro, o reino de Deus e sua justiça, que tudo o mais vos será dado de acréscimo" (Mt 6, 25-33).

Justiça

É a virtude que nos leva a dar, a cada um, o que lhe é devido. Abrange todas as nossas obrigações para com Deus e para com o próximo, isto é, a religião inteira. Por isso é que, no Antigo Testamento, os homens virtuosos são chamados de homens "justos". Não ignoravam os judeus que a justiça importa em fidelidade a todos os preceitos da Lei.

Também Nosso Senhor tinha em mira este mesmo sentido, quando proclamou "bem –aventurados os que têm fome e sede de justiça, e por causa dela sofrem perseguições" (Mt 5, 6-10), e quando insta, junto dos discípulos, para que se preocupem, antes de tudo, com o "reino de Deus e sua justiça" (Mt 6, 33).

Força

É a virtude que nos dá energia diante dos obstáculos da vida e dos que se encontram dentro de nós mesmos. Aliás, para enfrentar bem aqueles é preciso, primeiro, dominar estes. O orgulho, a cobiça, a sensualidade e outras inclinações congêneres devem ser enfrentados com fortaleza – isso nos tornará mais aptos, mais fortes diante das dificuldades externas da vida.


Temperança

É a virtude que refreia o desejo dos gozos sensíveis, especialmente do gosto e tato. Leva-nos a usar os bens temporais na medida em que servem de meio para atingir os bens eternos. O prazer sensível não é mal, em si – o mal está na sua procura desordenada e desvinculada do nosso verdadeiro fim.

Opõem-se à Temperança a gula e a impureza – que embrutecem, degradam, atingido o homem na alma e no corpo. A virtude da Temperança nos faz sóbrios e castos. Pelo exercício do autocontrole, leva-nos à contenção do orgulho – princípio de todo pecado – e, portanto, à prática da humildade – virtude fundamental, que a ele se opõe.

As virtudes teologais nos levam diretamente a Deus, As morais, indiretamente, também nos levam a Ele. Por Seus Dons, o Espírito Santo nos ajuda neste caminho – caminho que conduz ao Céu.

Estes 7 dons são mencionados por Isaías (Is 11, 3), referindo-se a Cristo – que os tem em plenitude. É pelos méritos de Cristo que os recebemos do Espírito Santo.

Conheça o sentido de cada Dom:

Sabedoria

É o que nos dá o gosto das coisas divinas. Sábio é o que bem hierarquiza valores. O que coloca em primeiro lugar o que realmente está em primeiro lugar. Liga-se à maior de todas as virtudes – a Caridade – pois que a grande Sabedoria está no Amor.

Conselho

É o Dom do discernimento. Em situações difíceis. Faz-nos reconhecer e encontrar a vontade de Deus. Lembra juízo e bom senso. Liga-se à Prudência.

Inteligência

É o que nos leva a perceber a Verdade onde ela se encarta. Embora sem desvendá-los, ajuda-nos a aceitar os mistérios da Religião. É como que o instinto da Verdade. É o Dom que nos faz convictos. Liga-se à Fé.

Força

Dá-nos energia para superar obstáculos a fim de cumprir a vontade de Deus. É o Dom que Maria teve no mais alto grau quando, de pé, no Calvário, assistiu à morte de seu Filho. Foi o Dom de S. João Nepomuceno, preso e torturado com ferro em brasa, por não revelar um segredo de confissão. É ligado à virtude do mesmo nome.

Ciência

Leva-nos a compreender a Religião, sem estudos especiais. O santo Cura D’ars a possuiu em alto grau. S. Tomás de Aquino afirmava Ter aprendido mias aos pés do altar, que nos livros. Não se trata de ciência humana. Trata-se, ao contrário, da noção da indigência do ser criado. Liga-se ao dom das Lágrimas (porque nos vemos como somos) e a virtude da Esperança (porque conhecemos os efeitos da graça de Deus em nós, capaz de nos aperfeiçoar e nos fazer conquistar o Céu).

Piedade

Dá-nos uma atitude filial diante de Deus. Leva-nos a desejar sempre o que for mais perfeito, como o mais justo diante do Pai. Liga-se à Justiça.

Temor de Deus

É o temor de desagradar ao Bem Supremo. Teme-se por amor, e este amor nos faz cautelosos, e nos dá equilíbrio. Liga-se a Temperança e, portanto, à Humildade – virtude básica para a Vida cristã, justificando, assim, a sua definição na Sagrada Escritura: "O temor de Deus é o princípio da Sabedoria".

Diác. Agnaldo Bueno / http://www.catequisar.com.br

sábado, junho 19, 2010

Bento XVI aos sacerdotes (IV): não ao clericalismo

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 18 de junho de 2010 – Viver de modo autêntico a Eucaristia é o melhor antídoto contra uma tentação que acomete a Igreja desde sempre: o clericalismo, o viver alienado da realidade do mundo numa “urna protegida” no seio da Igreja.

Assim respondeu Bento XVI à pergunta colocada pelo sacerdote japonês Atsushi Yamashita, em nome dos presbíteros da Ásia, durante a vigília de encerramento do Ano Sacerdotal realizada em 10 de junho passado em Roma.

“Sabemos que o clericalismo tem sido uma tentação para os sacerdotes ao longo dos séculos, e permanece hoje; por isso é tão importante encontrar a forma verdadeira de viver a Eucaristia, que não é fechar-se para o mundo, mas é precisamente uma abertura para as necessidades do mundo”, afirmou o Papa.

A questão, explicou, é “como viver a centralidade da Eucaristia sem se perder numa vida puramente cultual, alheia ao cotidiano das demais pessoas”.

Para viver adequadamente a Eucaristia, explicou Bento XVI, “devemos ter em mente que na Eucaristia se realiza o grande drama de Deus que sai de si mesmo”.

Neste sentido, a Eucaristia “deve ser considerada como entrar neste caminho de Deus”: o sacrifício consiste precisamente em sair de nós mesmos, em nos deixar atrair para a comunhão do único pão, do único Corpo, e assim ingressar na grande aventura do amor de Deus”.

“Viver a Eucaristia em seu sentido original, em sua verdadeira profundidade, é uma escola de vida, é a proteção mais segura contra toda forma de clericalismo”.

“A Eucaristia é, em si, um ato de amor, e nos obriga a esta realidade do amor pelos demais: que o sacrifício de Cristo é a comunhão de todos em seu Corpo. E, portanto, devemos aprender a Eucaristia, que é precisamente o contrário do clericalismo, do fechar-se em si mesmo”, acrescentou.

O Papa mencionou ou exemplo de Madre Teresa, de “um amor que abandona a si mesmo, que abandona todo tipo de clericalismo e de alienação em relação ao mundo, que vai até os mais marginalizados, os mais pobres, até as pessoas à beira da morte, e que se entrega totalmente ao amor pelos pobres, pelos marginalizados”.

“Sem a presença do amor de Deus que se doa, não seria possível realizar este apostolado, e não seria possível viver neste abandono de nós mesmos; apenas inserindo-se neste abandono de si em Deus, nesta aventura de Deus, nesta humildade de Deus, é que se poderia e se pode levar a cabo este grande ato de amor, esta abertura para todos”, concluiu o pontífice.

Diác. Agnaldo Bueno / Zenit

segunda-feira, junho 14, 2010

Sacerdócio, dom de Deus oculto em “vasos de barro”
Pe. Federico Lombardi, no editoral de "Octava Dies"


Os casos de abuso de menores por membros do clero serviram para mostrar que o sacerdócio é um dom de Deus "escondido em vasos de barro", segundo o ensinamento de Bento XVI. Foi o que explicou o Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, no editorial do último número do Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano.

"A conclusão do Ano Sacerdotal - comentou o sacerdote jesuíta - constitui uma verdadeira festa dos sacerdotes de todo o mundo com o Papa. Os 10 mil que compareceram a Roma representaram muitíssimos outros que com eles partilham dos mesmos sentimentos. Uma festa na fé e na oração."

"O Papa - continuou - foi muito claro ao nos conclamar com vigor a reconhecer no sacerdócio não uma profissão, mas um dom de Deus, de um Deus que confia a si mesmo ‘com audácia' aos seres humanos, para que profiram suas palavras de perdão e o façam presente no mundo com seu Corpo e seu Sangue."

"O Papa - prossegue o Pe. Lombardi - observou que os escândalos dos abusos sexuais perpetrados por sacerdotes tornaram ainda mais evidente que o dom de Deus do sacerdócio se esconde em ‘vasos de barro' - como disse São Paulo - e que deve, portando, ser reconhecido como um dom e não uma glória humana, e deve ser acolhido com humildade e coragem, custodiado com empenho, pedindo pela proteção de Deus para que não seja distorcido pelo pecado e que abusos semelhantes jamais voltem a ocorrer. Gratidão, humildade, confiança, numa perspectiva de fé."

"A Igreja não pode viver sem o dom do sacerdócio. É preciso pedi-lo a Deus com intensidade e insistência. A imagem da adoração noturna na Praça de São Pedro deve continuar nos acompanhando", concluiu o porta-voz.

Diác. Agnaldo Bueno \ zenit

quarta-feira, junho 09, 2010

Caminho de São João Eudes para penetrar no abismo de amor
Intervenção do Papa durante a audiência geral
CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 19 de agosto de 2009.


Publicamos a intervenção de Bento XVI pronunciada diante dos peregrinos reunidos nesta quarta-feira no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo sobre “São João Eudes e a formação do clero”.

Queridos irmãos e irmãs:
Celebra-se hoje a memória litúrgica de São João Eudes, apóstolo incansável da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que viveu na França no século XVII, época marcada por fenômenos religiosos contrapostos e também por grandes problemas políticos. É o tempo da Guerra dos Trinta Anos, que devastou não somente grande parte da Europa Central, mas que também devastou as almas.
Enquanto se difundia o desprezo pela fé cristã por parte de algumas correntes de pensamento que então eram dominantes, o Espírito Santo suscitava uma renovação espiritual repleta de fervor, com personalidades de alto nível, como a de Bérulle, São Vicente de Paulo, São Luis Maria Grignion de Montfort e São João Eudes. Esta grande “escola francesa” de santidade também teve entre seus frutos São João Maria Vianney. Por um misterioso desígnio da Providência, meu venerado predecessor, Pio XI, proclamou santos ao mesmo tempo, no dia 31 de maio de 1925, João Eudes e o Cura de Ars, oferecendo à Igreja e ao mundo inteiro dois extraordinários exemplos de santidade sacerdotal.
No contexto do Ano Sacerdotal, quero deter-me a sublinhar o zelo apostólico de São João Eudes, em particular dirigido à formação do clero diocesano. Os santos são a verdadeira interpretação da Sagrada Escritura. Os santos verificaram, na experiência da vida, a verdade do Evangelho; deste modo, eles nos introduzem no conhecimento e na compreensão do Evangelho. O Concílio de Trento, em 1563, havia emanado normas para a ereção dos seminários diocesanos e para a formação dos sacerdotes, pois o Concílio era consciente de que toda a crise da reforma estava também condicionada por uma insuficiente formação dos sacerdotes, que não estavam preparados da maneira adequada para o sacerdócio, intelectual e espiritualmente, no coração e na alma. Isso acontecia em 1563, mas dado que a aplicação e a realização das normas demoravam algum tempo, tanto na Alemanha como na França, São João Eudes viu as consequências deste problema. Movido pela lúcida consciência da grande necessidade de ajuda espiritual que as almas experimentavam precisamente por causa da incapacidade da maioria do clero, o santo, que era pároco, instituiu uma congregação dedicada de maneira específica à formação dos sacerdotes.
Na cidade universitária de Caen, ele fundou o primeiro seminário, experiência sumamente valorizada, que rapidamente se ampliou a outras dioceses. O caminho de santidade, que ele percorreu e propôs aos seus discípulos, tinha como fundamento uma sólida confiança no amor que Deus revelou à humanidade no Coração sacerdotal de Cristo e no Coração maternal de Maria. Naquele tempo de crueldade, de perda de interioridade, dirigiu-se ao coração para deixar nele uma palavra dos salmos muito bem interpretada por Santo Agostinho. Eu gostaria de recordar às pessoas, aos homens e sobretudo aos futuros sacerdotes, o coração, mostrando o Coração sacerdotal de Cristo e o Coração maternal de Maria. O sacerdote deve ser testemunha e apóstolo deste amor do Coração de Cristo e de Maria.
Também hoje se experimenta a necessidade de que os sacerdotes testemunhem a infinita misericórdia de Deus com uma vida totalmente “conquistada” por Cristo, e aprendam isso desde os anos de sua formação nos seminários. O Papa João Paulo II, depois do sínodo de 1990, emanou a exortação apostólica Pastores dabo vobis, na qual retoma e atualiza as normas do Concílio de Trento e sublinha sobretudo a necessária continuidade entre o momento inicial e o permanente da formação; para ele, para nós, é um verdadeiro ponto de partida para uma autêntica reforma da vida e do apostolado dos sacerdotes, e é também o ponto central para que a “nova evangelização” não seja simplesmente um slogan atraente, mas que se converta em realidade. Os alicerces da formação do seminário constituem esse insubstituível humus spirituale no qual é possível “aprender Cristo”, deixando-se configurar progressivamente por Ele, único Sumo Sacerdote e Bom Pastor. O tempo do seminário deve ser visto, portanto, como a atualização do momento em que o Senhor Jesus, depois de ter chamado os apóstolos e antes de enviá-los a pregar, pede-lhes que permaneçam com Ele (cf. Marcos 3, 14). Quando São Marcos narra a vocação dos 12 apóstolos, ele nos diz que Jesus tinha um duplo objetivo: o primeiro era que estivessem com Ele e o segundo, que fossem enviados a pregar. Mas ao ir sempre com Ele, realmente anunciam Cristo e levam a realidade do Evangelho ao mundo.
Neste Ano Sacerdotal, convido-vos a rezar, queridos irmãos e irmãs, pelos sacerdotes e por aqueles que se preparam para receber o dom extraordinário do sacerdócio ministerial. Concluo dirigindo a todos a exortação de São João Eudes, que diz assim aos sacerdotes: “Entregai-vos a Jesus para entrar na imensidade do seu grande Coração, que contém o coração de sua santa Mãe e de todos os santos, e para perder-vos nesse abismo de amor, de caridade, de misericórdia, de humildade, de pureza, de paciência, de submissão e de santidade” (Coeur admirable, III, 2).
Com este espírito, cantamos agora juntos o Pai Nosso em latim.
No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:
Amados peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os grupos de Mirandela e de São Paulo, agradeço a vossa presença com votos de que este encontro com o Sucessor de Pedro revigore, em todos vós, o fervor espiritual para assim testemunhardes, com as vossas vidas, a mensagem salvadora de Jesus Cristo. Sobre cada um de vós e vossas famílias desça a minha bênção.

Diác. Agnaldo Bueno

[Tradução: Aline Banchieri.
© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]

Um sacerdote não pode viver sem oração


Carta do prefeito da Congregação para o Clero aos presbíteros
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 9 de dezembro de 2009.
Sem a oração, o sacerdote não pode viver, reconhece o cardeal Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, em uma carta enviada este mês aos sacerdotes, por ocasião do Ano Sacerdotal.
“Não é difícil de entender, porque a oração cultiva a intimidade do discípulo com seu Mestre, Jesus Cristo. Todos sabemos que, ao esvaecer-se a oração, debilita-se a fé e o ministério perde conteúdo e sentido.”
“A consequência existencial para o presbítero exprime-se em menor alegria e felicidade no ministério quotidiano. É como se o presbítero, ao seguir os passos de Jesus, lado a lado com tantos outros, perdesse o passo no caminho, ficando sempre mais para trás e mais distante do Mestre, até perdê-lo de vista no horizonte. A partir de então, caminha sem rumo e vacilante.”
Mas a falta de oração não afetará somente o presbítero, e sim toda a sua comunidade eclesial, já que “sem pastores, nossas comunidades serão destruídas!”.
“A exemplo de Moisés, deve permanecer de braços erguidos ao céu, em oração, para que o povo não pereça”, assegura.
“Por esta razão, para continuar fiel a Cristo e à comunidade, o presbítero precisa ser homem de oração, homem que vive na intimidade do Senhor. Necessita, além disso, ser confortado pela oração da Igreja e de cada cristão”, afirma.
“As ovelhas devem rezar por seu pastor! Mas, quando este se dá conta que sua própria vida de oração enfraquece, é hora de dirigir-se ao Espírito Santo e implorá-lo com ânimo de pobre. O Espírito reacenderá o fogo em seu coração. Reacenderá a paixão e o encanto para com o Senhor.”

sexta-feira, junho 04, 2010

"O amor é, em seu sentido íntimo, doação do próprio ser e união como amante. O espírito divino, a vida divina, o amor divino – tudo isso não significa nada mais do que: Deus mesmo – conhece-o quem faz a vontade de Deus. Pois, na medida em que ele faz, com a mais íntima doação, aquilo que Deus exige dele, a vida divina torna-se sua vida íntima: ele encontrará em si, quando entrar em si".


Santa Teresa benedita da Cruz

terça-feira, junho 01, 2010


Por isso durante todo este mês de junho, em comemoração, estaremos postando diversas matérias sobre "A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus."Nossa primeira matéria fala sobre o início dessa tão imporante e sagrada devoção.
O primeiro devoto desse Sagrado Cora­ção é o Apóstolo amado, São João Evange­lista, o qual se reclinau no peito do Divino Mestre.
Entre os Padres da Igreja que escreve­ram sobre essa devoção encontram-se Tertuliano, São Cipriano, Santo Ambrósio, São João Crisóstamo, São Basílio, São Gregório Nazianzeno, Santo Efrém e sobretudo Santo Agostinho, quem colocou nos lábios de Nos­so Senhor as seguintes palavras: “Considera, ó homem, quanto sofri por teu amor. A minha cabeça foi coroada de espinhos, meus pés e mãos transpassados, meu sangue derramado. E. por último, abri-te o meu coração, e dei-te a beber do precioso sangue que dele corre! Que mais queres? Cheguemo-nos portanto a esta fonte de água viva, cuja água salutar Ele nos dará gratuitamente a beber" (Tract. CXX in Joan.).

Na Idade Média, dessa devoção se ocuparam São Boaventura, Santo Tomás de Aquino, o Beato Henrique Susa, Tauler e o Doutor melífluo, São Bernardo: "Oh! que bom e agradável é habitar neste Coração! Oh! precioso tesouro, pedra rara, encontrada ao cavar-se no campo do vosso Corpo, bom Jesus! Quem poderia rejeitar pérola tão preciosa? Ó Jesus, atraí-me a esse sagrado Coração, e, para eu lá poder morar, lavai-me das minhas iniqüidades" (Tract. de Passione, cap III).

Diversas videntes e contemplativas dos tempos medieval e moderna receberam manifestações desse Sagrado Caração. Assim, as santas: Gertrudes, Mechtilde, Lutgarda, C.atarina de Siena, Magdalenade Pazzi, Catarina de Gênova, Margarida de Cortona, Ângela de. Faligna, Clara de Mantefalco, Margarida da Hungria, Francisca Romana, Joana de Valois, Joana de Chantal, etc.
Nosso Senhor, porém, reservou a Santa Margarida Maria Alacoque as grandiosas revelações sobre seu Sagrado Caração, entre os anos de 1673 a 1675.
O Salvador, nas citadas revelações, lamentou amargamente, a par do rancor, a indiferença com que tantas almas consideram seu adorável Coração.
Cristo ontem, hoje e sempre. Leitor, saiba que é nesse Sagrado Coração que o homem cambalido de nossos dias encontrará sempre os recursos mais inesperados para as situações mais desesperadoras.


Diác. Agnaldo Bueno