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segunda-feira, janeiro 25, 2010

Sacerdote sobrevivente relata dramática situação do seminário no Haiti

.- O Pe. Augustin Almy, sacerdote diocesano que se encontrava no Seminário de Porto Príncipe quando ocorreu o terremoto do dia 12 de janeiro passado, relatou para ACI Prensa a dramática situação na qual se encontram atualmente em Porto Príncipe.


Desde o mesmo lugar onde agora estão os restos do seminário de Porto Príncipe, o Pe. Almy contou para ACI Prensa que, ao momento do terremoto, se encontrava em se quarto “vendo televisão no segundo andar. De repente ouvi um ruído que não pude identificar como um terremoto. Logo, vi que as paredes caíam e que a casa também se desmoronava”.

“Depois de uns cinco ou sete minutos, houve um silêncio. Saí, e vi o seminário completamente destruído. Quis abrir então as janelas do meu escritório e não pude. Tratei de entrar e tampouco foi possível. Os seminaristas estavam assustados. E me dei conta de que eu me tinha salvado da morte”, disse o sacerdote.

Ao falar sobre a situação atual do seminário, o Pe. Almy explicou que “ainda podemos achar alguns seminaristas, mas podemos sentir o cheiro que nos indica que eles faleceram. Tampouco pudemos encontrar o professor de direito canônico, e não pudemos ter acesso ao seu quarto para ver se está vivo ou morto”.

“A capela –continuou– ficou totalmente destruída e não podemos celebrar a Missa lá. Temos que celebrar aqui, em campo aberto”.

Ao falar, em seguida, sobre as necessidades mais urgentes que eles têm, o sacerdote afirmou que é imperativo “assegurar os poucos bens que sobram. De todos os lados estão vindo para roubar e não percebem que o seminário não acabou, que temos que continuar apesar da catástrofe”.

“Necessitamos também recuperar os corpos dos falecidos pelo respeito devido, e para evitar as doenças. Alguns amigos nos estão ajudando com um pouco de comida e água”, mas também está o problema da “energia elétrica, que não temos”, concluiu.


Sem. Agnaldo Bueno

quinta-feira, janeiro 21, 2010

SOFRER SEM SE QUEIXAR

Por Thiamer Toth

A vida humana é uma série ininterrupta de aIegrias e tristezas que alternadamente se sucedem; e, para muitos de nós, os dias sombrios são mais numerosos que os de bom sol. Quem diz viver, diz sofrer.

Na vila de um jovem há já a dificuldade, provações mais ou menos duras, insucessos, mal-entendidos, doenças, sofrimentos fisicos e morais. E onde melhor se reveIa o carater é precisamente em suportar os golpes que o ferem: Sustine! Muitas vezes, os indigentes olham os ricos com inveja, e os estudantes pobres invejam os seus colegas mais afortunados. Parecem não acreditar que cada um de nós tem, sobre a terra, o seu quinhao de aflições - de uma maneira ou de outra.

Há homens que cerram furiosamente a mão e que bIasfemam contra a sua sorte no tempo de sofrimento: são aImas grosseiras. Outros há que, de cabeça baixa e morte na alma, choram o seu destino com impotente resignação: sao almas fracas. E há os ainda que, sofrendo embora nas horas de provação ou de doença, chorando a morte de um ente querido, sabem que o sofrimento viriImente suportado é o fogo que dá ao aço do carater a mais bela têmpera. Pode-se ser pobre e feliz, rico e infeliz ao mesmo tempo. Pode ser-se feliz com um corpo doente, e infeliz com uma saúde de ferro. Pode ser- se cego e feliz, ao mesmo tempo, como melancólico com oIhos de águia.

Tudo depende da maneira como nós deixamos o sofrimento operar em nossa aIma. Utiliza-o então, meu filho, na educação do teu carater. Lembra-te sempre de que uma dor suportada pacientemente aumenta o vaIor de um homem, que aquele que se faz pequeno cresce, que aquele que sabe humilhar-se se eleva, que a cólera dominada torna mais forte: numa palavra, que o sofrimento suportado com Deus torna a alma mais pura e o carater mais nobre.

Um quadro tem sempre Iuz e sombras. O talento do artista consiste precisamente em harmonizar estes dois contrastes e fazer sair deles a beIeza. Deus, que é o nosso Pai celeste, conhece as nossas dificuldades. Foi Ele que permitiu que tal infortúnio nos viesse. Tal infortúnio faz, portanto, parte dos seus designios a nosso respeito. Qual é este designio? Como o poderíamos nós conhecer com o nosso pobre cérebro humano? Punir-nos-á peIos nossos pecados passados? Quererá tornar-nos mais fortes em vista do futuro? Purificarmos? tornar-nos mais sérios? Quererá dar-nos ocasião de fazermos provisao de merecimentos? Não o sabemos. Mas uma coisa sabemos nós: é que a nossa alma deve sair mais pura, mais profunda, mais grave, melhor, numa palavra, do fogo do sofrimento.

A nossa oração, nesses dias sombrios, deve ser esta: Senhor, seja feita a vossa vontade, No bom tempo como na tempestadel Vossa Vontade se faca Senhor, Na alegria ou quando chega a dorl Senhor, vossa vontade seja feita: Vós sabeis o porque – Minha alma aceita-a!

0 sofrimento suportado sem se queixar é um exceIente meio de desenvolver o carater e fortalecer a vontade. É naturaI que o homem procure livrar- se do sofrimento. Mas, se não o consegue, mau e que procure aIiviar se, lamentando-se e chorando. Procura tu, com todas as tuas forças, resignar-te naquilo gue não puderes mudar, por em paz a tua alma, e terás feito muito para forticares a vontade. A alma de vontade fraca deixa-se reduzir a pó sob o camarteIo do sofrimento. Inversamente, o carater viril, lançará, taIvez, chispas, mas, tal como o aço, torna-se depois mais resistente. “Pode-se mostrar-se tanto heroismo no Ieito da dor, como no campo de batalha”- disse Sêneca.

Isto significa que o sofrimento é a melhor escola do carater. Se te encontrares a braços com a contrariedade, lembra-te das paIavras do barão J. Eotvos: “As provações da vida não tem o poder de abater aquele que sabe, no meio de atrozes torturas, guardar a confianca na Providência”. Do fundo da tua alma roga como aqueIe grande cristão: Dai, Senhor, aos outros, caminhos planos nos quais se pode caminhar muito tempo sem fadiga. Dai Ihes os bens que eIes mais desejam. Para mim, peço-vos uma senda pedregosa e áspera, com bom aspecto todavia, que me conduza sempre mais resoluto, e que eu possa seguir com a convicção de que não me perderei”.

Se os Romanos diziam que “é uma virtude romana fazer grandes coisas” – “fortia agere romanun est” - acrescenta-lhe tu que “é uma virtude cristã sofrer muito”- “fortia pati christianun est”.

Pensa um pouco na tristeza sem nome, no negro pessimismo, na melancoIia indizível, que inundavam no tempo do paganismo, as aImas mais nobres. Hoje não encontro um único ser que não preferisse a morte a tal existência. 0s gosos desregrados dos sentidos davam-lhes o desgosto do mundo e, no entanto, não tinham outros anseios senão esses. Somente um ou dois tiveram como que um pressentimento do Cristianismo, o que os eIevou as mais puras regiões. Quando estão na adversidade, o pagão e o descrente não sabem senão ranger os dentes, ao passo que o cristão suporta a dor pacientemente, e não com o cego fatalismo daqueles. Sem dúvida, o Cristianismo não pode fazer desaparecer do mundo a miséria, o sofrimento e as multiplas tentações que conduzem ao pecado, mas sabe, ao menos, dar lhes explicação, justificar os designios de Deus.

Acaso, sofres tu muito, meu fiIho? És pobre e doente? Teus pais estão na miséria? Suportas duras provações? Pergunta-te onde quererá Deus chegar. Talvez te esteja punindo dos teus pecados passadosl TaIvez EIe queira amadurecer a tua alma para uma vida mais fervorosa, temperar a tua alma como o fogo tempera o aço. Talvez ainda Ele queira aumentar os teus merecimentos para a vida eternal Talvez te conduza através da Existência como o guia da montanha conduz o viandante! – “Porque escolhes estas veredas escarpadas, pedregosas e incômodas”? - pergunta este.— “É preciso assim”- responde aquele – “porque só por estas veredas podemos chegar ao sitio maravilhoso que vamos ver. Pelos caminhos largos e fáceis, em breve estaríamos na planicie”.

“Porque motivo devo eu sofrer tanto”? - exclamas tu tambem. Mas como podes tu sabe-lo? Só Deus o sabe! Examina bem um belo tapete da Persia: que magnifica harmonia de linhas e de cores! VoIta-o: no avesso não verás senão uma intrincada confusão de fios. É assim a vida. Nós só vemos o avesso. O direito, isto é, o grande pensamento unificante, está na mão de Deus. É o proprio Deus eterno que tece o tapete da nossa existência, e a nossa limitada inteIigencia não pode descobrir as suas intenções. Os seus pensamentos não são os nossos caminhos.

Um dia, Santa Catarina de Sena teve de lutar contra uma tentação extremamente violenta. Tendo-a vencido com dificuldade, lamentava-se ela tristemente : “Onde estáveis, meu Jesus, enquanto a obscuridade invadia o meu coração”? – “Estava na tua alma”- respondeu o Redentor. “ Se eu lá não estivesse, os pensamentos que assediavam o teu espírito teriam penetrado na tua vontade e teriam causado a morte a tua alma”. Quando sofreres, não te assustes então, meu filho. Toda a força do oceano embravecido pode quebrar-se contra um só rochedo! ~

Nao imites as pIantas que estão direitas enquanto o sol as acaricia, mas que se fecham e se deixam esmorecer, logo que chegou o crepúsculo. O sofrimento é uma obra de arte divina talhada no mármore da tua alma. O que Deus quereria encontrar em tua aIma é o ouro. E o ouro - sabe-lo bem -, não está à superficie; é preciso procura-lo nas profundezas. O mármore deve abafar mais de um soluço sob as marteIadas do escuItor. Mas não vês que, se o artista ligasse importancia a isso, não poderia nunca fazer dele uma linda estátua,... uma obra-prima?...

Por isso, meu filho, não busques o sofrimento; mas se eIe vier, oIha-o bem de frente.

TOTH, Thiamer – O Jovem de carater – Quadrante – Pags 202- 208.

Sem. Agnaldo Bueno

terça-feira, janeiro 19, 2010

Profilo biografico da Veneràvel Serva de Deus Chiara Badano






Profilo biografico da Veneràvel Serva de Deus Chiara Badano

Em Sassello, gracioso e legre vilagem do Apenino Ligure que pertence à diòcese de Acqui Terme nasce, o 29 de outubro 1971, Chiara Badano que os pais a atendiam faziam jà onze anos.


A sua chegada è considerada como uma graça da Madonna delle Rocche, à qual o pai recorréu com rezas humildes e confiantes.

Chiara (Clara) de nome e de fato, com grandes olhos lìmpidos, com um sorriso doce e comunicativo, inteligente e voluntariosa, vivaz, alegre e desportiva, é educada pela mãe –atravéz as paràbolas do Evangelio– a falar com Jesus e a dizer-Lhe «sempre sim».

È uma moça sãque ama a natureza e brincar, mas distingue–se desde pequena no amor para com os «ùltimos», que cobre de mil atenções e serviços, renunciando às vezes a momentos de distração. Desde o perìodo da escola materna ela deposita suas pequenas poupanças em uma caixinha pelos seus «negrinhos»; ela irà sonhar depois de partir para a Africa como médico para curar aqueles meninos.

Chiara é uma garotinha normal, mas com algo mais: ama apaixonadamente; è dòcil à graça e ao desenho que Deus pensou por ela, que irà se desvendar pouco por vez.

Nos seus cadernos dos primeiros anos das escolas primàrias aparece a alegrìa e o pasmo em descubrir a vida: é uma menina feliz.

No dia da sua primeira Comunhão ela recebe como presente o livro dos Evangélios. Este serà para um «magnifico livro» e «uma mensagem extraordinària»; ela irà afirmar: «Como para mim è facil aprender o alfabeto, assim deve de sere facil viver também o Evangélio».

Aos 9 anos entra como Gen no Movimento dos Focolares e pouco a pouco envolve também os pais. Desde antão a sua vidaé toda em subida, à procura de «colocar Deus ao primeiro lugar».

Continua estudando até o Licéu clàssico, quando aos 17 anos, repentinamente uma tremenda dor no ombro esquerdo revela entre anàlises e inùteis operações um ostéosarcoma, dando assim inìcio a um calvario que irà durar cerca três anos. Logo sapido o diagnostico, Chiar não chora, não se revolta: logo queda–se absorta em silêncio, mas depois de 25 minutos sò, de seus làbios sae o sim à vontade de Deus. Ela sempre irà repetir: «Se você o quer Jesus, eu também o quero».

Não perde seu sorriso luminoso: mão na mão com seus pais, enfrenta as curas muito dolorosas e leva no mesmo Amor todos aqueles que chegam junto dela.

Ela recusa a morfina porque lhe tira a penetração e clareza de inteligência, dà tudo para a Igreja, os jovens, os não crentes, o Movimento, as missões..., ficando sempre serena e forte, convencida que «a dôr abraçada rende livre». Ela repete: «Não tenho mais nada, mas tenho ainda o coração e com ele posso sempre amar».

O quarto do hospital em Turin e na casa, è um lugar de encontros, de apostulado, de unidade: è a sua igreja. Também os médicos, alguns não praticantes, ficam transtornados pela paz que lhe adeija ao redor, e alguns regressam à Deus. Eles se sentìam “atraìdos como se tivesse uma imã”e ainda hoje se lembram dela, falam dela e invocam ela.

À mãe que lhe pergunta se sofre muito ela responde: «Jesus tira minhas manchas com barrala, também os pontinhos pretos e a lixivia queima. Assim quando chegarei no Paraìso eu estarei branca como a neve».». Ela està convencida do amor de Deus para com ela e afirma, de fato: «Deus me ama imensamente», e reafirma com força mesmo quando è torturada com as dôres: «Todavia è verdade: Deus me quer bem!». Depois de uma noite muito atormentada chegarà a dizer: «Eu sufrìa muito, mas minha alma cantava...».

Os amigos que vão visità–la para consolà-la, voltam para casa consolados eles mesmos. Pouco antes de partir para o Céu ela confiar: «... Vocês não podem imaginar qual è agora a minha relação com Jesus... Percebo que Deus me pede algo mais, de mais grande. Talvez poderìa ficar nesta cama por anos inteiros, eu não sei. A mim interessa sòmente a vontade de Deus, fazer bem aquela no àtimo presente: estar ao jogo de Deus». E mais: «Eu estava demasiado absorvida por demasiadas ambições, projetos e quem sabe o que mais. Agora elas aparecem–me coisas insignificantes, fùtis e passageiras... Agora eu sinto – me envolvida em um esplendido desenho que pouco à pouco me se desenrôla. Se agora alguém me pedisse se quero caminhar (a operação provocou nela a paràlise), dirìa que não, porque assim estou mais perto de Jesus».

Ela não espera mais no milagre da cura, apesar que em um pequeno bilhete tinha escrito à Nossa Senhora: «Oh minha Mãe Celeste, eu peço-lhe o milagre da minha cura; porém se este não vai entrar na vontade de Deus, peço-lhe com todo o meu coração a força para nunca largar!», e manteve sempre esta promessa.

Desde quando ela era uma menininha tinha-se proposto de não «Dar Jesus aos amigos somente com palavras, mas com o comportamento».

Tudo isto não é sempre facil; de fato ela irà repetir algumas vezes: «Como é dificil caminhar contra corrente!», e para conseguir a superar qualquer impedimento, repete: «Isto é para Você, Jesus!».

Chiara ajuda–se a viver bem o Cristianismo com a participação até cotidiana à S. Missa, onde recebe o Jesus que tanto ama, coma leitura da palavra de Deus e com a meditação.
Amiùde ela reflete sobre as palavras de Chiara Lubich: «Sou santa, se jà sou santa».

À mãe, que està preocupada na presciência de ficar sem ela, continua a repetir–lhe: «Tenha confiança em Deus, depois não necessita fazer mais nada, pois você jà fez tudo» e «Quando eu não estarei mais aqui, siga Deus e acharàs a força para ir adiante».

A quem vai visità–la ela exprime os seus ideais, colocando os outros sempre ao primeiro lugar. Ao “seu” Bispo, Mons. Livio Maritano, ela mostra um afeto muito especial; nos seus ùltimos, breves mas intensos encontros, uma atmosfera sobrenatural evolve os dois; no Amor tornan–se uma coisa sò: eles são Igreja! Mas o mal avança e as dores aumentan. Nem um lamento; sobre seus labios: «Se você o quer Jesus, eu também o quero».

Chiara prepara–se ao encontro: «È o Esposoque vem visitar- me», e escolhe o vestido de esposa, os cantos e as rezas pela “sua” Missa; o rito deverà ser uma «festa», onde «niguém deverà chorar».

Recebendo pela ùltima vez Jesus Eucaristia aparece imergida Nele e pedi que seja recitada para ela: «aquela oração: Vem, o Espìrito Santo, manda para nos dos Céus um raio da Tua luz».

Apelidada “LUZ” pela Lubich, com a qual mantém uma intensa e filial relação epistolar desde criança, agora è realmente luz para todos e logo estarà na Luz. Um particular pensamento vai para com os jovens: «... Os jovens são o futuro. Eu não posso mais correr, porém desejarìa passar a tocha como nas Olimpìadas. Os jovens têem uma vida sò e vale a pena gastà–la bem!».

Ela não tem medo de morrer. Tinha dito à sua mãe: «Não peço mais a Jesus de vir tomar – me para levar – me ao Paraiso, pois quero ainda oferecer – Lhe a minha dor, para dividir com Ele ainda um pouco da Sua cruz».

E o “Esposo” vem buscà–la na madrugada dos 7 de outubro 1990, depois de uma noite de grande sufrimento. È o dia da Virgem do Rosàrio. Estas são suas ùltimas palavras: «Mamã seja feliz porque eu sou tanto feliz. Ciao». Mais uma donação: as còrneas.

Daquele dia o seu tùmulo è meta de peregrinações: flores, bonequinhos, ofertas pelos meninos da Africa, cartinhas, pedidas de graças ... E cada dia, no domingo perto do 7 de outubro, os jovens e as pessoas presentes na Missa em seu sufràgio aumentam cada vez mais. Eles vêem com espontaneidade e convidam–se um com o outro para participar ao rito que, como ela desejava, è um momento de grande alegria. O rito è precedido, jà fazem anos, pelo inteiro dia de «festa» com cantos, testemunhos, rezas...

A sua “fama de santidade” se extendeu em vàrias partes do mundo, muitos são os “frutos”. A estera luminosa que Chiara “Luz” deixou atràz dela leva atè Deus na simplicidade e na felicidade de abandonar–se ao Amor, è uma exigência aguda da sociedade de hoje e, mormente, da joventude: o significado verdadeiro da vida, a resposta à dor e a espera em um “depois”, que não termine nunca mais e seja certeza da “vitòria” sobre a morte.

Seminarista Agnaldo Bueno

Em breve será beatificada uma jovem de 18 anos falecida em 1990


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 8 de janeiro de 2010 - Jesús Colina

Logo a Igreja proclamará beata uma jovem falecida em 1990, aos 18 anos: trata-se de Chiara “Luz” Badano.

Bento XVI aprovou a publicação do decreto que reconhece um milagre realizado por Deus graças à intercessão desta jovem italiana, bela esportista, no dia 19 de dezembro.

É o primeiro membro do Movimento dos Folcolares, fundado por Chiara Lubich, que alcança este objetivo.

Maria Voce, presidente dos Folcolares, comenta que o reconhecimento “nos anima a acreditar na lógica do Evangelho, do grão de trigo que cai na terra, morre e produz frutos”.

“Seu exemplo luminoso nos ajudará a divulgar a luz do carisma e anunciar ao mundo que Deus é Amor”, completa a sucessora de Chiara Lubich.

Uma descoberta: Deus é Amor

Chiara nasceu em Sassello, no norte da Itália, no dia 29 de outubro de 1971.

Aos nove anos tomou conhecimento do Movimento dos Focolares, ao participar com seus pais, em Roma, da Family Fest, um encontro mundial organizado por esta realidade eclesial que teria futuramente um impacto decisivo para os três membros da família.

A jovem era extremamente ativa no Movimento Gen (Geração Nova), dos Focolares, onde descobriu que Deus é Amor.

“Surpresa” dolorosa

Ela tinha 17 anos quando sentiu uma forte dor nas costas durante uma partida de tênis. Logo nos primeiros exames os médicos se deram conta que se tratava de câncer nos ossos.

Com o passar do tempo, as hospitalizações tornaram-se mais frequentes e os tratamentos cada vez mais dolorosos. Depois de cada “surpresa” dolorosa, Chiara repetia: “Por ti, Jesus, se Tu queres, também quero!”.

Logo uma das provas mais duras chegaria: Chiara não conseguia mais movimentar as pernas. Uma dolorosa operação não ajudou em nada. A dor era imensa. Disse a uma de suas amigas: “Se tivesse que escolher entre caminhar e ir ao Paraíso, não teria dúvidas, escolheria o Paraíso. Agora, somente isso me interessa”.

Chiara "Luz"

Sua relação com Chiara Lubich, que a chamava de “Luz” (Chiara Luce), foi-se tornando cada vez mais intensa.

Quando no verão de 1990 os médicos decidiram interromper os tratamentos, devido a irreparável enfermidade, no dia 19 de julho, a jovem informou Chiara Lubich com as seguintes palavras: “A medicina depôs as armas. Ao interromper os tratamentos, as dores na coluna aumentaram, quase não posso me mover. Sinto-me tão pequena e o caminho que devo percorrer é tão duro... Frequentemente tenho a impressão de que sou sufocada pela dor. É o esposo que sai ao meu encontro, verdade? Sim, eu também repito com você ‘se Tu queres, também quero’... Contigo estou segura de que junto a Ele conquistaremos o mundo!”.

Chiara Libich respondeu: “Não tenha medo, Chiara, de dizer-lhe ‘sim’, repetidamente. Ele lhe dará forças, tenha certeza disso. Eu também rezo por isso e sempre estou contigo. Deus te ama intensamente e quer penetrar na intimidade de sua alma. Fazer com que experimente gotas do céu. ‘Chiara Luz’ é o nome que pensei para você. Gosta? É a luz do Ideal conquistado pelo mundo”.

Chiara faleceu no dia 7 de outubro de 1990. Havia preparado tudo: as canções de seu funeral, as flores, o penteado, o vestido – branco, de bodas. As últimas palavras que dirigiu para sua mãe foram: “Seja feliz, eu sou!”.

Quando seu pai perguntou-lhe se queria doar as córneas dos olhos, respondeu com um sorriso de aprovação.

A causa da beatificação foi aberta em 1990 e o milagre reconhecido deu-se na cidade italiana de Trieste.

No momento do fechamento desta edição, seu perfil no Facebook (Chiara Luce Badano) contava com 2.900 membros.

Seminarista Agnaldo Bueno Fonte: Zenit

sábado, janeiro 16, 2010

Os Sacramentos

Batismo: O Sacramento Chave

Podemos caracterizar o Batismo desta forma, pois, sem ele nenhum outro Sacramento pode ser recebido. O Batismo é a porta para a vida cristã.

Quando recebemos o Sacramento do Batismo, transformamo-nos de criaturas para Filhos Amados de Deus.

Muitos pensam que os sacramentos em geral são obras eclesiásticas, ou seja, os sacramentos são "invenções" da Igreja. Isso não é verdade, os sacramentos são sem sombra de dúvidas criados por Jesus Cristo, o próprio Deus Encarnado.

O sacramento é definido como um sinal do Amor de Deus, que nos é oferecido para a nossa santificação durante nossa caminhada terrena.

Leonardo Boff, criador da Teologia da Libertação, em um de seus livros definiu sacramento de um modo bem simples: Na sua juventude de estudo teológico em Roma, Leonardo recebeu a notícia do falecimento de seu pai. Sua irmã enviou-lhe uma carta contando bem explicado os últimos momentos da vida de seu pai, e no final da carta, lá estava a guimba do último cigarro que seu pai tragou antes de morrer. Leonardo então, definiu que aquela pequena guimba de cigarro significava um sacramento, ou seja, um gesto, um sinal do amor de seu pai.

Sacramento é exatamente isso, a demonstração do amor divino. Esse amor divino também é demonstrado no Batismo.

O Batismo faz parte de um sacramento de Iniciação Cristã (junto com a Crisma e a Eucaristia). Nos evangelhos, é explicado sem sombra de dúvidas a sua existência.

O profeta João Batista, primo de Jesus, que veio ao mundo para preparar os caminhos para a vinda do Messias, foi quem batizava as pessoas para a vinda de Cristo (Mc 1,2s). Ele sabia que o seu Batismo era temporário, pois logo depois dele viria o seu primo Jesus que batizaria no Espírito Santo, ou seja, o profeta batizava com água e Jesus batizava com o Espírito Santo.

O papel de batizar foi passando de João para Jesus, e de Jesus para os Apóstolos (que por sinal são os leigos, diáconos, padres e bispos de hoje).

Saindo da parte bíblica, vamos passar para a parte doutrinal. O ato de batizar significa renascer para uma nova vida.

O batizando, quando pequeno, não possui a consciência da importância do sacramento, pois ainda não chegou a idade da razão (em que pode raciocinar e saber o que é certo e errado). Então essa consciência e responsabilidade cabe não ao batizando, mas sim aos pais e padrinhos, pois são eles que decidem se os filhos serão ou não batizados.

Muitos são aqueles que vão para a pia batismal com valores errados, pensando que o dia do Batismo é dia de festivo, como um aniversário (isso ocorre muito no sacramento do Matrimônio). Esse pensamento é extremamente errado, pois o dia do Batismo representa um dia de transformação para a criança, ou seja, ela deixa de ser criatura de Deus, para ser Filho de Deus.

As responsabilidades dos pais são também importantes. Desde o momento em que o filho recebe o Espírito Santo no Batismo, os pais têm o compromisso de levar aquele batizado no caminho da Fé Cristã (buscando a Santidade). Só assim podemos considerar o sacramento do Batismo consciente e válido.Topo

Sem. Agnaldo Bueno

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Vamos recordar os 7 Sacramentos

Os sete Sacramentos
A graça é um dom sobrenatural que Deus concede para alcançar a vida eterna. A graça santificante nos faz filhos de Deus e herdeiros do céu.
Os Sacramentos são sete:

1. Batismo;
2. Confirmação ou Crisma;
3. Eucaristia;
4. Penitência ou Confissão;
5. Unção dos enfermos;
6. Ordem;
7. Matrimônio.

Como resposta a graça dos Sacramentos que Deus nos concede , devemos corresponder da nossa parte com a ação própria, praticando o bem e evitando o mal e sempre procurando nos aperfeiçoar como cristãos.
Segue a cada dia os sete sacramentos comentados, tenha uma boa recordação dos meios aos quais nos leva a perfeição.
Sem. Agnaldo Bueno

Bento XVI convida jovens a buscarem Cristo

Apresenta-lhes o exemplo heroico de Santo Hilário

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI convidou hoje os jovens a buscarem Cristo, no final da primeira audiência geral de 2010.

Ao cumprimentar os milhares de jovens, assim como enfermos e recém-casados presentes na Sala Paulo VI do Vaticano, o pontífice lhes propôs o exemplo de Santo Hilário, bispo de Poitiers, que viveu na França do século IV e foi desterrado durante quatro anos para a Frígia, por defender a divindade de Cristo.

“Que seu exemplo vos apoie, queridos jovens, na constante e valente busca de Cristo”, disse o pontífice.

Entre os presentes, encontravam-se 3.500 estudantes da diocese de Caserta, no sul da Itália.

“Obrigado por vossa presença e pelo vosso compromisso na fé. Vejo e sinto a força da vossa fé”, reconheceu o Papa.

Depois, dirigiu-se aos enfermos, alguns em cadeiras de rodas, para convidá-los a “oferecer vossos sofrimentos para que o Reino de Deus se difunda no mundo inteiro”.

Por último, cumprimentou os recém-casados, alguns presentes com sua roupa de casamento, para pedir-lhes que sejam “testemunhas do amor de Cristo na vida familiar”.

Sem Agnaldo Bueno

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Os 10 melhores filmes atuais do ponto de vista espiritual

Segundo o diretor do Departamento de Cinema do arcebispado de Barcelona

BARCELONA, quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Como todos os anos, o Prof. Peio Sánchez, diretor do Departamento de Cinema do arcebispado de Barcelona (Espanha), oferece sua avaliação sobre os 10 melhores filmes do ponto de vista espiritual.

Sánchez afirma que, ao fazer este elenco, ele o apresenta “como um material válido para a recuperação educativa e pastoral através do DVD. (...) Parece-nos hoje imprescindível escolher bem o que vemos para sermos pessoas melhores. E acreditamos que esse tipo de cinema convida a aprofundar nos grandes interrogantes, propõe um olhar aberto ao mistério de Deus”.

1. Gran Torino (2008), Clint Eastwood

“Em Gran Torino, Clint Eastwood soube contar uma história simples com uma enorme força dramática, apresentando temas espirituais de fundo, como o sentido do perdão, a redenção como sacrifício e o caminho da conversão. E do ponto de vista cristão, não somente apresenta uma imagem positiva da Igreja, representada no Pe. Janovich, mas também oferece uma poderosa imagem crítica nas decisões finais do protagonista.”

2. Jornada pela liberdade (2006), Michael Apted

“Esta homenagem a William Wiberforce – um parlamentar da Câmara dos Comuns, que dedicou, desde a sua juventude, sua atividade política à luta contra a escravidão e as injustiças sociais – apresenta-se com uma magnífica produção e uma série de atuações excepcionais. Marcada profundamente pela perspectiva social cristã, é um filme imprescindível para conhecer a força ética do Evangelho e sua herança em nossa cultura.”

3. Katyn (2007), Andrzej Wajda

“Surpreendente filme do mestre polonês Andrezej Wajda. Este testamento fílmico do genocídio de Katyn, perpetrado pelo comunismo soviético em 1940, afetou pessoalmente o diretor, já que seu pai era um dos 20 mil oficiais e cidadãos poloneses assassinados. Narrada a partir da perspectiva dos sobreviventes, especialmente mulheres, é um hino à reconciliação, da memória que busca a verdade. A fé católica é mostrada com intensidade em diversos momentos, mas de forma mais contundente nos últimos minutos.”

4. Quem quer ser um milionário? (2008), Danny Boyle

“O diretor Danny Boyle, de formação e convicções cristãs, soube contar uma dura história sobre a superação da miséria à vitória. Narrado como um conto de fadas, acompanha a história de três garotos que nascem nas barracas de Calcutá e como, a partir do protagonista Jamal, verão o triunfo da bondade e do amor, muito além da injustiça e da violência. A história nos apresenta uma intriga que move o espectador à esperança e que convida a reconhecer a presença da Providência, que acompanha os acontecimentos respeitando a liberdade, mas estimulando a bondade.”

5. O visitante (2007), Thomas McCarthy

“É a história de uma visita gratuita na qual se vê envolvido um obscuro professor universitário, genialmente interpretado por Richard Jenkins, que, após ficar viúvo, vive sem sentido e cuja vida se transformará em seu encontro com Tarek. Este sírio, que carrega a perseguição em seu coração, representa a alegria e a vontade de viver que faltam ao protagonista. Neste itinerário de transformação, veremos como cresce nele a sensibilidade e o compromisso, a capacidade de amar e o exercício responsável da liberdade. Um filme que, além do mais, é um grito contra a injustiça das leis migratórias.”

6. A caixa de Pandora (2008), Yesim Ustaoglu.

“O mal de Alzheimer da avó abrirá a caixa de Pandora da uma família que vive às margens da infelicidade, como se uma maldição caísse sobre eles quando a anciã, uma genial Tsilla Chelton de 89 anos, desaparece de casa. Com esta fuga, começa uma viagem rumo à verdade que envolverá todos eles, quando vão a uma aldeia de montanha na costa do Mar Negro. A lucidez da demência não conseguirá dobrar o desvario dos instalados na comodidade ou no fracasso; mas conseguirá mover os que sentem que a vida vai muito além e que sempre estão dispostos a subir uma montanha, ainda que as forças já sejam escassas. Uma aliança na qual os mais velhos transmitem a esperança aos mais jovens.”

7. A partida (2008), Yojiro Takita

“Daigo, um violoncelista desempregado, descobre sua vocação quando abandona Tóquio com Mika, sua mulher, e vai à cidade e à casa em que viveu sua infância. Um processo lento e surpreendente o converterá em um especialista em nôkan, ritual mortuário japonês que supõe uma recordação do defunto desde o ato de embalsamento. Em sua aprendizagem, vão se cruzando várias histórias de reconciliação dos vivos com os mortos e ele irá, pouco a pouco, abrindo sua própria história a um caminho de pacificação. O filme nos permite contemplar a morte com uma perspectiva diferente.”

8. O curioso caso de Benjamin Button (2008), de David Fincher

“Baseada em uma novela de F. Scott Fitzgerald, conta a vida singular de Benjamin: um estranho bebê que nasce sendo idoso e que, com o passar do tempo, acabará transformando-se em um bebê. Este estranho personagem, que terá um corpo que cresce ao contrário do seu espírito, oferece-nos um personagem que amadurece de uma forma diferente e que também terá que amar Daisy – seu fiel e verdadeiro único amor – de uma forma diferente, ainda que não por isso impossível.”

9. Le Hérisson (2009), Mona Achache

“Adaptação do famoso livro de Muriel Barbery, ‘A elegância do ouriço’, e que supõe o primeiro longa-metragem da diretora francesa Mona Achache. Baseia-se no contraste de dois personagens: por um lado, uma menina com um rico a inteligente mundo interior; por outro, a porteira do número 7 da rua Grenelle, uma mulher descuidada e um pouco antipática. Mas ambas terão um segredo que virá à tona com a chegada de Kakuro Ozu, um elegante viúvo japonês. Esta revelação servirá de desculpa para compreender o segredo profundo das pessoas e como às vezes o essencial não está nas aparências.”

10. Rio congelado (2008), de Courtney Hunt

“História sobre a resistência e a amizade de duas mulheres que começam em conflito, mas que criarão um profundo laço de solidariedade que tem como origem comum uma maternidade transcendida e o desejo de amar inclusive acima de suas forças. Dirigido por Courtney Hunt, apresenta os personagens com grande veracidade. A dureza e a desolação nas imagens nos permitem encontrar na alma das protagonistas uma generosidade desmedida, que devolve a confiança no ser humano, inclusive nas situações de solidão e limite que enfrentam.”

Sem. Agnaldo Bueno www.zenit.com.br

quarta-feira, janeiro 06, 2010


Intenções do Santo Padre – Janeiro

Intenção Geral:

Os jovens e os meios de comunicação social.


Que os jovens saibam utilizar os meios modernos de comunicação social para seu crescimento pessoal e para se prepararem melhor para servir a sociedade.

Intenção Missionária:

A unidade dos cristãos.


Que os que acreditam em Cristo se consciencializem que a unidade de todos os cristãos constitui uma condição para tornar mais eficaz o anúncio do Evangelho.

Sem. Agnaldo Bueno

sexta-feira, janeiro 01, 2010

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - (Rafael Vitola Brodbeck)

Meditação por ocasião da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Evangelho de São Lucas, II, 16-21

"Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito desse menino. Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores. Maria conservava todas essas palavras no seu coração. Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com que lhes fora dito. Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno."
O ano civil se inicia com uma importantíssima solenidade na Igreja do Ocidente. A Santíssima Virgem Maria é honrada, neste dia, pela sua divina maternidade. Nossa Senhora é, verdadeiramente, a Mãe de Deus.
Antes da reforma litúrgica conduzida por Paulo VI nos anos 1969-70, e pedida pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, o Calendário Romana dava à festa em questão, na Oitava do Natal, o título de Circuncisão do Senhor. Dia de preceito, como o é ainda hoje, a base da lição evangélica continua a mesma desde o antigo Missal de 62, dito "de São Pio V" ? ou "Missal Tridentino", porque associado à sua codificação, querida pelo Concílio Ecumênico de Trento ?, ou seja, a passagem que descreve como, ao Menino Deus, foi dado o nome de Jesus, no oitavo da de nascido, data em que, pelos ditames da lei judaica, deveria ser circuncidado.
Apesar da troca do nome, o sentido da comemoração mantém-se, basicamente, o mesmo. A circuncisão de Nosso Senhor Jesus Cristo atesta, contra a heresia docetista, que Ele não é homem apenas na aparência. Jesus Cristo, o Filho do Deus Altíssimo, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, também é homem.
Por outro lado, Maria, genitora de Cristo segundo a carne, é apresentada nesta mesma festa, outrora "da Circuncisão", como Mãe de Deus, provando que seu Filho é divino e que Sua humanidade não se separa de Sua divindade, ainda que não se confunda com esta.
A essas duas realidades fundamentais da fé católica, tributa louvor a solenidade do primeiro dia do ano. Para que o ano se inicie a partir dos fundamentos dogmáticos de nossa sagrada religião, não poderia a Providência escolher melhor título do que "Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus". Nestes tempos em que a divindade de Cristo é tão atacada, quando reduzem-nO a mero pregador de mensagens amorosas, principiar dessa forma o ano civil é símbolo de triunfo para os crentes e de confusão para os que se perdem.
A negação de Sua natureza divina não é novidade. Se, no dizer de Chesterton, "a heresia é uma verdade que enlouqueceu", também é de fácil constatação que o diabo não é tão criativo quando quer sua soberba. As mesmas heresias, "verdades endoidecidas", reaparecem, após aparentemente extintas. Muda a roupagem, trocam-se, talvez certos termos, mas o fundo é idêntico. Não causa espanto, pois, que hoje, no auge do modernismo ? síntese e súmula de todas as heresias ?, reapareça tão antigo erro, qual seja o de desacreditar que Cristo é Deus.
O grande Papa do início do século passado, São Pio X, em sua encíclica contra os modernistas já advertia: "A missão, que nos foi divinamente confiada, de apascentar o rebanho do Senhor, entre os principais deveres impostos por Cristo, conta o de guardar com todo o desvelo o depósito da fé transmitida aos Santos, repudiando as profanas novidades de palavras e as oposições de uma ciência enganadora. E, na verdade, esta providência do Supremo Pastor foi em todo o tempo necessária à Igreja Católica; porquanto, devido ao inimigo do gênero humano nunca faltaram homens de perverso dizer (At 20,30), vaníloquos e sedutores (Tit 1,10), que caídos eles em erro arrastam os mais ao erro (2 Tim 3,13). Contudo, há mister confessar que nestes últimos tempos cresceu sobremaneira o número dos inimigos da Cruz de Cristo, os quais, com artifícios de todo ardilosos, se esforçam por baldar a virtude vivificante da Igreja e solapar pelos alicerces, se dado lhes fosse, o mesmo reino de Jesus Cristo. Por isto já não Nos é lícito calar para não parecer faltarmos ao Nosso santíssimo dever, e para que se Nos não acuse de descuido de nossa obrigação, a benignidade de que, na esperança de melhores disposições, até agora usamos.
E o que exige que sem demora falemos, é antes de tudo que os fautores do erro já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear, se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se destarte tanto mais nocivos quanto menos percebidos.
Aludimos, Veneráveis Irmãos, a muitos membros do laicato católico e também, coisa ainda mais para lastimar, a não poucos do clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, blasonam, postergando todo o comedimento, de reformadores da mesma Igreja; e cerrando ousadamente fileiras se atiram sobre tudo o que há de mais santo na obra de Cristo, sem pouparem sequer a mesma pessoa do divino Redentor que, com audácia sacrílega, rebaixam à craveira de um puro e simples homem." (Sua Santidade, o Papa São Pio X; Carta Encíclica "Pascendi Dominici Gregis" Sobre as Doutrinas dos Modernistas; Roma, 8 de Setembro de 1907)
Essa destruição dos pilares da fé católica ? que, entretanto, não logrará vencedora frente as promessas do Salvador (cf. Mt 16,18) ?, tentativa desesperada de Satanás de perder os homens, é reedição de uma das primeiras heresias enfrentadas pela Santa Igreja: o arianismo.
Deriva tal monstruosidade do diabólico engenho de Ario, teólogo líbio e sacerdote incardinado na Sé de Alexandria, no Egito. Cria Ario ? e assim o ensinava ? que o Filho de Deus, o Verbo, o Logos, era mera criatura do Pai, e não co-eterno com Ele e de Sua mesma substância. Embebida em um neoplatonismo, sua doutrina sustentava que só o Pai é eterno, imutável, incriado, divino. Para ele, o Filho é a primeira das criaturas, a mais excelente delas, e de uma substância diversa da do Pai. Não há Trindade, no pensamento ariano. O Filho é uma criatura excelsa apenas ? semelhante ao que crêem os "testemunhas de Jeová" e, em certa medida, os espíritas dos mais variados matizes e seitas ? um instrumento de Deus para que as outras fossem criadas, e que, pelo pecado, encarnou-se em Cristo, tomando o lugar da alma. A Encarnação, então, na visão ariana, não é um assumir por Deus da natureza humana, senão apenas da matéria, da carne humana, deixando de lado a alma ? que é, para eles, mera animação do corpo de Jesus, função esta do Filho, do Verbo. Aliás, nem é Deus quem assume a tal carne humana, uma vez que o Filho não é Deus para Ario e seus asseclas.
Tanto sucesso teve a errônea teoria do referido padre, que São Jerônimo, o gênio responsável pela tradução da Bíblia para o latim ? a Vulgata ?, e um dos gigantes da fé católica, chega a dizer, utilizando-se de um exagero retórico, que o mundo todo passou a ser ariano.
Deus, todavia, levantou não poucos campeões para defender a ortodoxia. Dentre todos, destaca-se, sem sombra de dúvidas, o grande Santo Atanásio, também de Alexandria, por sinal, depois de sua luta inicial, elevado à condição de patriarca dessa importante sé do trono de São Marcos, o evangelista.
Na época em que iniciou seu apostolado em prol da fé na divindade do Filho, Santo Atanásio de Alexandria era diácono, secretário do Patriarca Alexandre. Por seu trabalho, teológica e filosoficamente coerente, um ponto importantíssimo de doutrina foi solenemente definido, em 325, no Concílio Ecumênico de Nicéia I, como pertencente ao depósito da fé católica ortodoxa, tal como nos foi passado por Cristo através dos apóstolos. O Filho e o Pai, diz o dogma, são consubstanciais, i.e., têm a mesma substância, são ambos divinos. Jesus Cristo, pois, não é um simples homem animado por um outro ser espiritual. Ele é o mesmo que esse. Mais do que isso, não apenas é uno com ele, como é uno com Deus. É o próprio Deus. Jesus é Deus! Não um modo de agir do Pai, como queriam os sabelianistas, negando a Trindade em sua pretensão de demonstrar a unidade; mas uma outra Pessoa, distinta, embora igualmente divina, e ainda que não seja um outro Deus. Nicéia é o primeiro sínodo geral, e nele já se proclama a Trindade e a Unidade em Deus, conforme seria explicitado pelos concílios de Constantinopla, Éfeso, Calcedônia e Florença.
Pela ação de Atanásio e dos "três Capadócios" ? São Gregório de Nissa, São Gregório Nazianzeno e São Basílo Magno de Cesaréia ?, no Oriente; e de Santo Hilário ? bispo de Poitiers, na Gália ? e de Santa Clotilde ? que principiou a conversão dos francos, tribo germânica que dominaria a política européia após a queda de Roma ?, no Ocidente; o arianismo foi desaparecendo.
Com o Credo de Nicéia, retomado por Constantinopla, o segundo concílio ecumênico, o Filho não é adotivo, ou criado do nada. Ele é "gerado, não criado, consubstancial ao Pai."
Decorrente do erro de Ario, irrompe, anos mais tarde, fruto da efervescência teológica daqueles séculos iniciais do cristianismo, a heresia de Nestório, patriarca de Constantinopla. Em plena celebração da Divina Liturgia ? nome que os orientais dão à Santa Missa ?, o heresiarca trocou propositalmente o título da Virgem Maria de Theotókos (Mãe de Deus, em grego), para Christotókos (Mãe de Cristo). Na verdade, o Patriarca Nestório queria, dentro de sua jurisdição na Sé de Constantinopla, capital do Império do Oriente, acabar com as ainda existentes fagulhas de arianismo. Pregando que Jesus era verdadeiro Deus, acabou adotando outro erro ? semelhante àquele quanto as concepções filosóficas, mesmo que, em sua formulação, seja o oposto ?, rejeitando que Maria fosse Theotókos. O nestorianismo aceitava apenas que Nossa Senhora fosse Mãe de Cristo, porque não poderia ser a mãe do Logos, do Verbo, este sim, Deus. Enfatizando a divindade do Filho, acabava separando as naturezas humana e divina de Jesus, a ponto de converterem-se em duas "pessoas" distintas.
São Cirilo de Alexandria, sucessor de Santo Atanásio no governo do patriarcado da Igreja Egípcia, passou a combater seu colega Nestório. Posteriormente, o Concílio Ecumênico de Éfeso, em 431, condenou as teses nestorianas, excomungando os partidários dessa doutrina, que não se coaduna com a fé católica revelada. As decisões desse concílio são de vital importância: Jesus é Deus, como já o afirmara Nicéia; é homem, como nunca fora contestado de maneira seriamente fundamentada; mas o homem Jesus não é distinto do Deus Jesus. Contra Nestório, a Pessoa de Cristo é uma só, e portanto a Santíssima Virgem Maria é, por ser Mãe de Jesus, Mãe de Deus. Se Jesus é Deus, e Maria sua Mãe, é, via de conseqüência, Mãe de Deus. Confessar Nossa Senhora como Mãe de Deus significa crer que Jesus Cristo, nosso Salvador, é Deus! Não gerou Maria Deus em Sua eternidade, como se fosse ela a criadora do Criador. Mas, quem se encarnou em seu ventre foi Deus, Jesus Cristo, o Verbo, o Logos, o Filho, homem, é verdade, mas também divino. Não houve separação em Cristo. Em Maria, estava o Cristo total! "Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Cl 2,9)
Não se trata de dar título divino à Virgem. Ela é criatura. Tampouco de atribuir a ela a geração eterna da divindade, porém de estabelecer seu papel ímpar no Corpo Místico de Cristo.
São Paulo, quando se dirige aos discípulos da cidade de Corinto, fala do Corpo Místico de Cristo, do qual somos membros. "Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. (...) Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros." (1 Co 12,12.27)
Cada um de nós temos um papel a desempenhar nesse Corpo, que é a Igreja, e do qual somos membros. Maria, por sua vez, também o tem. E dizem os autores místicos, sobretudo Santo Afonso de Ligório, São Bernardo, São Bernardino de Sena e São Luís Maria de Montfort, que Nossa Senhora, membro da Igreja, e portanto, também do Corpo Místico de Cristo, é o "colo", o "pescoço" desse Corpo. Isso porque, sendo a cabeça o próprio Cristo, é o colo que a liga a todos os outros membros. E foi justamente através de Maria que Cristo veio ao mundo. Por ser Mãe de Cristo, que é Deus ? portanto Mãe de Deus! ?, a Virgem Santíssima é a ligação entre a cabeça e os membros, entre Nosso Senhor e nós, Seus discípulos. Se dela nasceu, corporalmente Jesus, também é de forma espiritual, através de suas orações junto ao seu Filho, que Ele nasce para nós, cada vez que nos arrependemos de nossos pecados e vivemos a vida da graça.
Maria atesta o caráter real da Encarnação do Deus que se deixa circuncidar. É a prova de que Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não deixou de ser Deus ao se tornar homem.
Que esta reflexão nos leve a buscar o amparo da Virgem na alvorada desse ano de 2002, a fim de que façamos, guardadas as devidas proporções, o caminho inverso de Cristo na Encarnação. A Encarnação é o meio pelo qual, através do sacrifício vicário de Cristo na cruz, Deus possibilita a todos nós a divinização. Por Maria, imitando-a e recomendando-nos à sua intercessão maternal, não deixemos nossa humanidade, antes nela vivamos a santidade e a suplantemos com a graça, que nada mais é do que a divindade comunicada a nós pelo Espírito Santo.
Deus se fez semelhante a nós por Maria. Também por ela, deixemos que nos faça semelhante a Ele.

Sem. Agnaldo Bueno

BRODBECK, Rafael Vitola. Apostolado Veritatis Splendor: SANTA MARIA, MÃE DE DEUS. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/14. Desde 30/10/2002.