SEJAM MUITO BEM VINDOS.

SOMOS TODOS FILHOS DE DEUS, NOSSO IDEAL MAIOR É A SANTIDADE, BUSCAMOS NA SIMPLICIDADE CORRESPONDER AO CHAMADO DE JESUS AMOR INFINITO, REZANDO E SANTIFICANDO PELOS SACERDOTES. FAÇA PARTE VOCÊ TAMBÉM DESTE MOVIMENTO, AO QUAL ESTAMOS SEMPRE DE BRAÇOS ABERTOS PARA VOS ACOLHER.

SINTA-SE EM CASA, DEIXE SEU RECADO, SUA OPINIÃO, E UNIDOS ESTAREMOS PELA ORAÇÃO.

SEJAMOS SEMPRE UM PELO OUTRO. PARA QUE SEJAMOS UM...PARA SEMPRE!
Veja, leia e comente...

Obrigado a todos os amigos e amigas de Portugal que a cada dia nos visita... deixe seu recado e suas sugestões. Deus é amor

Thanks to all the friends of the United States every day for the visit ... leave your messageand your suggestions. God is love

A bhuíochas leis na cairde na hÉireann a thugann cuairt orainn gach lá ... do theachtaireacht a fhágáil agus do mholtaí. Is grá é Dia

Gracias a todos los amigos de España que nos visitan cada día ... deje su mensaje y sus sugerencias. Dios es amor

Merci à tous les amis de la France pour nous rendre visite chaque jour ... laissez votre message et vos suggestions. Dieu est amour

Grazie a tutti gli amici di Italia che ci visitano ogni giorno ... lasciare il vostro messaggio evostri suggerimenti. Dio è amore

SEJA MEMBRO DESTE BLOG E AJUDE-NOS A DIVULGAR O AMOR INFINITO DE JESUS

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Papa Bento XVI: Uma lição sobre o Sacerdócio

Uma lição sobre o sacerdócio: foi o que Bento XVI deu, na manhã deste dia 18, na Sala das Bênçãos, no Vaticano, durante o encontro que manteve – neste Ano Sacerdotal – com o clero de sua diocese – Roma - acompanhados pelo cardeal vigário do papa, Agostino Vallini.

A reflexão do pontífice teve a forma de uma lectio divina, centrada em alguns trechos da Carta aos Hebreus.
Sacerdotes plenamente homens e completamente de Deus, com o coração animado por um sentimento em especial – a compaixão pelo mundo e suas misérias, e animados pela obediência a Deus, que não significa renúncia, mas sim um ato de livre adesão a Ele.
Com base nessas premissas, Bento XVI desenvolveu sua lectio divina com os sacerdotes romanos, partindo do que era a visão do Messias no Antigo Testamento e comparando-a com aquilo que Cristo realmente representou na história da salvação. Na convicção antiga, o Messias deveria revestir, sobretudo, um aspecto de realeza. O autor da Carta aos Hebreus – afirma ao invés, o papa – descobre o versículo do Salmo 110... "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque"... e o insere em seu texto, lançando uma nova luz sobre toda a Bíblia.
"Jesus não apenas cumpre a promessa de Davi, a expectativa do verdadeiro rei de Israel e do mundo, mas realiza também a promessa do verdadeiro sacerdote (…) Descobrindo esse versículo dos Salmos, o autor da Carta aos Hebreus compreende que em Cristo estão unidas as duas promessas: Cristo é o verdadeiro rei, o Filho de Deus (...) mas também o verdadeiro sacerdote, e assim, todo o mundo do culto, toda a realidade dos sacrifícios, do sacerdócio que busca o verdadeiro sacerdote e o verdadeiro sacrifício, encontra em Cristo a sua chave e o seu cumprimento."
O sacerdócio, portanto, "aparece na sua pureza e na sua verdade mais profunda" –acrescentou o pontífice, sublinhando outra característica do sacerdócio de Cristo, que dá sentido à vocação de todo e cada um de sues ministros consagrados... Um sacerdote para ser realmente mediador entre Deus e o homem, deve ser homem (...) e o Filho de Deus se fez homem justamente para ser sacerdote, para poder realizar a missão do sacerdote (...)
"Esta é a missão do sacerdote (...) - disse Bento XVI - ser mediador, ser ponte que une e, assim, conduz o homem a Deus, à sua redenção, à sua verdadeira luz e à sua verdadeira vida." Se um sacerdote é uma "ponte" que coloca em comunhão a humanidade com a divindade, a sua alma, primeiramente, deve nutrir-se – reafirmou Santo Padre – com a oração cotidiana e constante, e com a Eucaristia.
"Somente Deus pode atrair-me a mim mesmo, pode autorizar-me, pode introduzir-me na participação do mistério de Cristo; somente Deus pode entrar na minha vida e tomar as minhas mãos (...) Sempre e de novo, devemos retornar ao sacramento, retornar a esse dom no qual Deus me dá aquilo que eu jamais poderia dar (...) um sacerdote deve ser realmente um homem de Deus, deve conhecer Deus de perto, e O conhecer em comunhão com Cristo. Devemos viver essa comunhão."
Essa opção de vida – insistiu Bento XVI – exige que um sacerdote seja um homem que desenvolve sentimentos e afetos segundo a vontade de Deus. Uma conversão que não é simples, sobretudo se se considera aquela indulgência que existe na mentalidade corrente.
"Assim se diz: "Mentiu, é humano; roubou, é humano." Mas esse não é o verdadeiro ser humano. Humano é ser generoso, humano é ser bom, humano é ser um homem de justiça (...) e portanto, saindo – com a ajuda de Cristo – desse obscurecimento da nossa natureza (...) é um processo de vida que deve começar na educação ao sacerdócio, mas deve realizar-se e prosseguir durante toda a nossa vida."
Um sacerdote que é, antes de tudo, um homem plenamente realizado, tem o coração voltado para a compaixão. Não é o pecado – observou o papa – o sinal da "solidariedade" para com a fraqueza humana, mas sim a força de compartilhar o peso, para redimi-lo e purificá-lo, com a mesma capacidade de se comover que Jesus teve em sua vida, e que lhe permitiu fazer chegar o seu grito de compaixão "até os ouvidos de Deus".
"Nós, sacerdotes, não podemos nos retirar em exílio, mas estamos em meio à paixão deste mundo e devemos – com a ajuda de Cristo e em comunhão com Cristo – buscar transformar este mundo e conduzi-lo a Deus." Por fim, a obediência... assim explicada pelo pontífice..."Obediência - explicou o pontífice - é uma palavra que não nos agrada nos dias de hoje. Obediência se parece com alienação, com uma atitude de servilismo (...) No lugar da palavra "obediência", queremos como palavra-chave antropológica a "liberdade". Mas, considerando essa questão de perto, vemos que essas duas palavras caminham lado a lado (...) Porque a vontade de Deus não é uma vontade tirânica (...) mas é justamente o lugar onde encontramos a nossa verdadeira identidade (...) Peçamos realmente ao Senhor, para que nos ajude a ver intimamente, que esta é a liberdade, e para que possamos, assim, entrar com alegria nessa obediência e tomar pela mão o ser humano e levá-lo, com o nosso exemplo, com a nossa humildade, com a nossa oração e com a nossa ação pastoral – à comunhão com Deus." (AF)
Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2010

Sem. Agnaldo Bueno

sábado, fevereiro 13, 2010



Santidade é segredo de sucesso na vida sacerdotal, diz Papa



"O segredo do autêntico sucesso do ministério sacerdotal é a santidade", exclamou o Papa Bento XVI, aos seminaristas do Seminário Maior de Roma.

O Santo Padre convidou os futuros sacerdotes da sua diocese a percorrerem o seu caminho de formação "com o espírito aberto à verdade e à transparência", para responder de modo humilde ao chamado do Senhor, libertando-se "do risco de realizar um mero projeto pessoal". O encontro aconteceu na vigília da Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Confiança.

.: Encontro reúne centenas de seminaristas na Canção Nova
.: Dom Alberto Taveira trata da afetividade dos padres
.: Pureza é o que fiéis mais querem dos padres

"A missão a que sois chamados é ser apóstolos de Cristo, mensageiros do seu Evangelho", sublinhou.

"É o Espírito Santo que vos torna atentos a esta profonda realidade e vos faz amá-lo. Tudo isto não pode deixar de suscitar uma grande confiança, porque o dom recebido é surpreendente, enche de admiração e de íntima alegria".

O Santo Padre destacou os dois aspectos que caracterizam a formação para o sacerdócio: o silêncio e a comunhão.

"Antes de mais, os anos do Seminário comportam um certo distanciamento da vida comum, uma espécie de 'deserto', para que o Senhor possa falar ao vosso coração. De fato, a sua voz não é rumorosa, mas discreta. É voz do silêncio. Para ser escutada, exige um clima de silêncio".

Sobre o aspecto comunitário, o Papa recordou que os Apóstolos foram sendo formados em conjunto, seguindo Jesus. "A vossa comunhão não se limita ao presente, mas diz respeito também ao futuro: a acção pastoral que vos espera deverá ver-vos unidos como um corpo, num 'ordo' – o dos presbíteros, que juntamente com o Bispo cuidam da comunidade cristã. Amai esta 'vida de família', que para vós è antecipação daquela 'fraternidade sacramental' que deve caracterizar um presbitério diocesano".

Bento XVI convidou os seminaristas a confiarem o desejo de santidade e este empenho quotidiano a Maria, Mãe da Confiança.


Sábado, 02 de fevereiro de 2008, 10h09 http://www.cancaonova.com/,


Sem Agnaldo Bueno

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

terça-feira, fevereiro 09, 2010

SANTA GEMMA GALGANI

Mística da redenção.


Santa Gemma Galgani em sua breve peregrinação por esta terra deixou-nos um exemplo de sua intensa vida espiritual se oferecendo a Deus como vítima de expiação pelos pecados dos homens. No participar da paixão ela deseja ajudar Jesus nas suas dores. Se cria assim um pacto de amor em modo tal que Jesus a possa oferecer ao Pai como vítima de amor por todos os pecadores.


Foi assim favorecida por toda sorte de carismas, como os estigmas da Paixão, a coroa de espinhos, a flagelação e o suor de sangue. Teve freqüentes êxtases, espírito de profecia, discernimento dos espíritos e visões de Nosso Senhor, de sua Mãe Santíssima, de São Gabriel e da Virgem Dolorosa, e uma incrível familiaridade com o Anjo da Guarda.


Foi constantemente atacada pelo demônio, que lhe aparecia em forma humana ou de animais. Enfim, teve o matrimônio místico com Nosso Senhor Jesus Cristo e morreu como vítima expiatória pelos pecados do mundo.


“Toda a vida de Gema foi em síntese uma vida de união com Deus, de sofrimento com Jesus Cristo e de zelo ardente pela salvação das almas. No trabalho e no estudo, à mesa e nas conversas, no passeio e até no sono, Deus não se afasta um ponto de sua mente”.


A figura mística de Santa Gemma Galgani continua a fascinar pela sua única experiência espiritual que nos permitiu de conhecer a vontade de Deus. Uma experiência que ainda hoje pode aquecer o coração e iluminar a nossa mente.


De uma pureza angelical e enorme devoção a Nossa Senhora, essa jovem participou, de modo místico, de praticamente todos os atos da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. É por assim dizer, uma teóloga simples, imediata e rica de humanidade, sem o uso daquelas grandes palavras tanto queridas aos Teólogos.


Dos escritos da mística se pode perceber uma linguagem simples, pobre, que permite, apesar da extrema simplicidade, de compreender e reviver a sua singular experiência com Jesus Cristo.


Pergunta Gemma.


- Quem te matou, Jesus?


Jesus, responde


- O amor. (II 82).


O amor a que se refere Gemma não é somente uma emoção, mas um Amor doado por Cristo através da Sua palavra, e ela se deixa tanto levar como discípula de colocar-se e sentir-se como ele.


Diversas vezes perguntei a Jesus que me ensine o verdadeiro modo de amá-lo, e então Jesus parece que me faça ver as suas Santíssimas chagas abertas. (I,15). Das suas “cartas” se entende todo o seu imenso amor por Cristo, amor que raramente se pode encontrar na mesma intensidade em outros Santos.


Esta é a sua missão, salvar os pecadores, não com a palavra ou com o ensinamento, mas com a vida, com a participação à Paixão de Jesus.
Através dessa graça mariana, descobre o significado místico da virgem aos pés da Cruz e doa a Maria a sua própria alma. Da sua parte, Maria prepara a Santa à graça da estigmatização.


Gemma com a oferta da sua vida concluiu a missão que Deus lhe havia confiado, amando-o com todo o seu ser. Porém, apesar de tudo, Gemma não pode revestir o hábito de consagrada a Deus e isto representou, sem dúvida, a maior desilusão da sua vida, mas consumiu a sua união de amor com Jesus Crucificado no mundo, na normalidade da vida laical. Um sinal evidente que esta estrada pode ser percorrida por todos nós.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010



A vocação do Sacerdote é ser outro Cristo: Bom Pastor!



Por que muitas paróquias em todo o mundo estão em tamanha decadência? Será pó falta d bons pastores? E se assim fosse; por que não temos bons pastores? Será que é porque falta quem reze e se sacrifique por eles? E não é por acaso essa a nossa missão na Obra do Amor Infinito?


Porque o Bom Pastor vai atrás da ovelha perdida, aquela ovelhinha ferida apanha-a e coloca-a nos ombros, cerca-a de cuidados, cura as suas feridas com amor e a reconduz ao rebanho. Esse é o bom pastor. Porque não é o sadio que precisa de médicos, mas o enfermo.


Se estão perdidas é porque falta-lhes um Bom Pastor que ainda não veio ao seu encontro e as resgatou. Mas esse resgate não é assim tão tranqüilo, como pudéramos pensar; às vezes o pastor tem que enfrentar a tempestade, ou até mesmo deparar-se face a face com lobos ferozes que abocanhando a pobre ovelhinha, disputa-a com o pastor para fazê-la parecer em suas garras e saciar sua fome.


E não poucas vozes, o pastor tem que procurar a ovelha, isto é, abandonar-se à providência caminhando errantes por caminhos desconhecidos até mesmo pelo pastor, só para ver onde se encontra a pequenina e indefesa ovelhinha. É assim o amor do Bom Pastor.


E muitas vezes a ovelha por si mesma não tem forças para apenas ouvir a voz do pastor e reconduzir com suas próprias pernas ao redil mas é necessário que o pastor a tome nos ombros e a reconduza , pois está ferida.


“O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas!”


Ah, como é desejável Bons Pastores entre tantas ovelhas desgarradas e tidas por perdidas nas garras do inimigo.


Rezemos pelo nossos padres para que sejam bons pastores, e disto depende muitíssimo o êxito da missão de salvação das almas.


Sem. Rafael Mendes Martins – Amigo de Betânia

O Sacramento da Confirmação

A Crisma é a força de Deus. Nós só conseguimos viver porque Deus nos dá essa força. Essa força de Deus é o Espírito Santo agindo em nós. Na Igreja, a experiência de nossa vida é celebrada no sacramento da Crisma. A Crisma é o sacramento do cristão que está amadurecendo na fé.


Juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos "sacramentos da iniciação cristã" cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, pelo sacramento da Confirmação "os fiéis" são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras.

Durante a primeira vinda de Cristo sobre a Terra, Ele prometeu aos seus apóstolos o Paráclito (advogado, defensor). Jesus também promete o Espírito Santo para nós, e nos é concedido através do Sacramento da Confirmação. A Crisma também é chamado Sacramento da Confirmação, pois através dele confirmamos o nosso Batismo que recebemos na maioria das vezes quando criança.

Confirmar o Batismo é muito importante, pois quando criança não temos a consciência do Sacramento, mais sim os nossos parentes mais próximos que resolveram levá-lo até a pia batismal. Já na Crisma, não são os seus parentes que escolhem se queres ou não receber o Crisma, mas sim você mesmo.

No sacramento da Crisma recebemos os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Piedade, Ciência e Temor de Deus. Eles são dons que nos aproximam de nossa vocação: a Santidade.

Quando recebemos o Espírito Santo e nos abrimos inteiramente à graça sacramental não agimos em nós, mas sim o próprio Deus nos usa de instrumento e agi em nós. Por isso podemos considerar o crismando uma pessoa com grandes responsabilidades. Veja: No Batismo recebemos o Espírito Santo e nos transformamos de criaturas de Deus para Filhos de Deus. Já na Crisma dizemos com consciência: Quero ser Filho de Deus e assumir a minha missão de evangelizar.

O mesmo Deus que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes é o mesmo que recebemos no Sacramento da Crisma, por isso a mesma autoridade que eles tinham ao anunciar a Palavra de Deus é a mesma que possuímos. O dia em que nos crismamos é sem dúvida o dia de nosso Pentecostes. Onde o Espírito Santo nos é enviado para transformar e santificar.

As transformações do Espírito Santo são nitidamente vistas na Bíblia. Observe: Vamos dar o exemplo do apóstolo Pedro. Antes do dia de Pentecostes era um pescador de pouca instrução, medroso, incrédulo e infiel. Quando se passou o dia de Pentecostes, melhor dizendo, logo ao sair do cenáculo onde o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e Maria, ele realizou um discurso que prova o poder do Espírito Santo (At 2, 14-41). Podemos até duvidar se realmente era o mesmo Pedro pescador e incrédulo.

Foi a partir daí que a Igreja se firmou, ou seja, foi através do Papa São Pedro que a Igreja de Jesus Cristo surgiu. Vejamos: se somos também Igreja, é através do Sacramento da Crisma que firmamos em nós o "tijolo" eclesial que somos.

Sem. Agnaldo Bueno

terça-feira, fevereiro 02, 2010

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Intenções do Santo Padre – Fevereiro

Intenção Geral

CIÊNCIA E FÉ UNIDAS

Por todos os cientistas e pessoas da cultura, para que, por meio da busca sincera da verdade, possam chegar ao conhecimento do único Deus verdadeiro.


Os avanços da ciência

A ciência alcançou metas que há bem pouco tempo eram inimagináveis e este progresso continua em demanda de aperfeiçoamento em todos os campos: medicina, astronomia, conhecimento da natureza…
A beleza e extensão que o saber científico alcançou na nossa época enche-nos de assombro, ao conhecer os confins do universo e esquadrinhar aquilo que era considerado um mistério.

Estamos, por isso, agradecidos pela generosa dedicação de muitos homens e mulheres da ciência que nos abriram os vastos campos do saber humano. A capacidade científica aplicada ao serviço do ser humano tornou possíveis grandes avanços técnicos que melhoraram a vida das pessoas.

Tudo isto nos leva a ter confiança na razão e nas suas capacidades. Com efeito, quem poderá negar a contribuição que os grandes sistemas filosóficos deram para o desenvolvimento da auto-consciência do homem e ao progresso das várias culturas?

A investigação que se orientou para a observação da natureza chegou a desvendar muitos dos seus segredos, o que tem contribuído, inegavelmente, ainda que não sempre, para a preservação da mesma natureza, em vários sectores.

A investigação científica tem, certamente, o seu valor positivo. O descobrimento e incremento das ciências matemáticas, físicas, químicas e das ciências aplicadas são fruto da razão e expressam a inteligência com que o homem consegue penetrar nas profundezas da criação.

Fé e ciência

A fé e a ciência possuem campos próprios e até certo ponto independentes, e têm a sua autonomia que deve ser respeitada, mas não se contradizem nem se anulam uma à outra, antes devem colaborar em ordem ao progresso e ao bem-estar do ser humano. De facto, não existe contradição entre ciência e fé, pois as duas apresentam perspectivas diferentes entre si.

Mas a ciência perde o seu papel específico quando se apresenta como único saber legítimo, desqualificando as outras formas de saber. Pelo contrário, a razão deve permanecer aberta e deixar-se guiar pela razão ética iluminada pela fé que orientará os seus avanços de acordo com os critérios da justiça e do bem comum.

A fé não teme o progresso da ciência e do desenvolvimento a que conduzem as suas conquistas, quando estas têm por fim o homem, o seu bem-estar e o progresso de toda a humanidade. Acontece, porém, que nem todos os cientistas orientam as suas investigações para estes fins. A ganância fácil ou, pior ainda, a arrogância de substituir o Criador desempenham, por vezes, um papel determinante.

Por outro lado, a ciência não é capaz, só por si, de elaborar princípios éticos; só pode acolhê-los e reconhecê-los como necessários.

Isto não significa, de modo nenhum, limitar a investigação científica ou impedir a técnica de produzir instrumentos de desenvolvimento; consiste, pelo contrário, em manter o sentido de responsabilidade que a razão e a fé possuem frente à ciência, para que esta permaneça ao serviço do homem.

A razão sente e descobre que, para além daquilo que já alcançou, existe uma verdade que nunca poderá descobrir partindo de si própria, mas que deve receber como um dom gratuito. A verdade da revelação não se sobrepõe à que é alcançada pela razão; pelo contrário, purifica a razão e enaltece-a, permitindo-lhe dilatar os seus próprios espaços.

A verdade conduz a Deus

Quando os cientistas e homens da cultura em geral realizam um caminho sincero e honesto de busca da verdade, não podem deixar de chegar ao conhecimento de Deus. S. Paulo afirma claramente esta verdade: «Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, tais como o seu poder eterno e a sua divindade, podem ser contempladas através da inteligência (…). Os homens, portanto, não têm desculpa» (Rm 1, 20).

Contudo, ao longo da história, esta verdade foi negada, e também no nosso tempo se escutam vozes, provenientes sobretudo do âmbito científico, que chegam a duvidar que se possa afirmar a existência de Deus sem as descobertas da ciência deixarem de ser rigorosas.

Esta afirmação significa que quando a ciência não conduz a Deus, ou o cientista se deixou orientar por preconceitos ou os caminhos que seguiu eram errados.

A Intenção Geral do Santo Padre para este mês convida todos os cientistas a transformarem o seu assombro em adoração, capaz de reconhecer a marca de Deus na vastidão e beleza de uma criação que os ultrapassa. Convida-os a continuarem na busca sincera da verdade que será sempre um caminho que conduz a Deus.

Intenção Missionária

A IGREJA É MISSIONÁRIA

Que a Igreja, consciente da sua identidade missionária, se esforce por seguir fielmente a Cristo e proclamar o seu Evangelho a todos os povos.

«A Igreja é missionária pela sua própria natureza – escreve João Paulo II na encíclica Redemptoris Missio – já que o mandato de Cristo não é algo contingente e externo, mas alcança o coração mesmo da Igreja. Por isso, toda a Igreja e cada Igreja é enviada aos vários povos» (n. 62).

O mandato de Cristo é claro: «Ide por todo o mundo e fazei discípulos a todos os homens, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 18). Cristo é a fonte inesgotável da missão da Igreja. Ele, como dono da messe, guia-a sem cessar.

A acção missionária da Igreja é de todos os tempos e deve manifestar-se sempre num novo impulso, perante os múltiplos e graves problemas que se vão apresentando à sua missão evangelizadora. As condições em que vive a humanidade vão mudando, mas a essência missionária da Igreja continua.

Apesar de tudo o que já foi feito, ainda há muito por fazer a fim de responder ao chamamento missionário que o Senhor não deixa de dirigir a todos os baptizados.

Deve, de facto, haver um «intercâmbio de dons» que redunde em benefício de todo o Corpo Místico de Cristo, segundo os carismas de cada um. Com efeito, o chamamento de Cristo para propagar o seu Reino é universal.

A primeira e principal contribuição que devemos dar à Igreja é a oração. É na oração que temos de lembrar-nos das imensas necessidades espirituais de tantos povos ainda afastados da verdadeira fé. Todas as comunidades cristãs devem elevar a sua oração ao «Pai que está nos céus», para que venha o seu Reino à terra. É necessário estabelecer uma rede espiritual como apoio à evangelização.

A Intenção Missionária do Papa para este mês leva-nos a reforçar a iniciativa missionária permanente da Igreja. Oremos este mês para que cresça em nós e em todos os cristãos a consciência de ser responsáveis por comunicar a Boa Notícia do Evangelho a todos os povos.

António Coelho, s.j.

Conclusões do Congresso Internacional sobre o presbítero «À escuta da Palavra»

A. O primeiro Congresso sobre o Sacerdócio do século XX, em Portugal, foi realizado em Braga, em 25 de Outubro de 1905. O primeiro do século XXI, sendo de cariz internacional, também foi realizado em Braga, de 12 a 15 de Janeiro de 2010, comemorando 450 anos da fundação do Colégio de S. Paulo, actual edifício do Seminário Conciliar.

B. Os congressistas tiveram uma singular oportunidade de, em conjunto, rezar, cantar, reflectir, dialogar, tomar refeições em comum, conviver, presenciar e participar em manifestações artísticas, mormente de índole musical, poética e teatral.

C. Atentos ao acontecimento do terramoto ocorrido no Haiti, os congressistas manifestaram a sua profunda vizinhança e comunhão com os sobreviventes e imploraram a Deus o repouso eterno para os numerosos falecidos.

D. O número de participantes superou as três centenas de presbíteros, vindo alguns de outras dioceses. Inscreveram-se também umas três dezenas de leigos.

E. A cobertura dos meios de comunicação foi bastante ampla, tendo-se utilizado, com proveito e eficiência, as novas tecnologias de comunicação.

F. O texto de Heb 2,17 foi a fonte de enraizamento bíblico que inspirou a multiplicidade de comunicações e testemunhos:

«Deve em tudo aos seus irmãos ser semelhante, a fim de misericordioso se tornar e fidedigno Sumo Sacerdote nas coisas para com Deus para propiciar os pecados do povo».

Realçamos, pois, as seguintes conclusões:

1. O presbítero dos nossos dias encara as transformações do mundo e seus reflexos na Igreja como soberana oportunidade para se dar conta de que o seu ministério é fundado sacramentalmente: compete-lhe manifestar claramente aos olhos dos outros fiéis que só um é Senhor da Igreja, só um a orienta e apenas um possui nela a Palavra - Jesus Cristo.

2. No ministério eclesial, não se coloca uma autoridade humana no lugar de Cristo, mas é Ele mesmo tornado presente sacramentalmente, um sinal eficaz que para Ele aponta e no qual Ele próprio garante agir.

3. O presbítero encaminha, pela palavra, sacramentos e prática da sua vida, os outros fiéis para a única cabeça da Igreja, para Cristo.

4. Toda a acção eclesial é, no sentido mais vasto, sacramental, isto é, acção representativa. Nela se realiza, se exprime, se corporiza aquilo que o próprio Deus realiza com os humanos. Por isso, só é autêntica quando dá corpo à acção de Cristo, à acção de Deus, e a torna simbolicamente visível.

5. É Deus que age na Igreja. É errado organizarmos as actividades eclesiais em função do êxito, do número. O que realmente conta é a disponibilidade para o envio sacramental, nomeadamente no anúncio da Palavra e, em sinais eficazes, chamar seres humanos para o Povo de Deus e acompanhá-los no caminho do seguimento do Senhor, dando-lhes coragem para o envio no mundo. “Êxito não é nenhum dos nomes de Deus” (Martin Buber).

6. O cerne do ministério presbiteral está em ser indicação sacramental, nos pontos nevrálgicos da vida Igreja, da comunhão entre Deus e o ser humano; e dos homens entre si. Celebrar a comunhão eucarística, sem procurar viver, - pelo menos com o mesmo peso - a comunhão quotidiana, e sem realizar a missão no interior do mundo, é algo perverso.

7. As novas realidades do nosso mundo exigem novas formas de ser presbítero. O ministério eclesial tem que ser colegial. É-se bispo no colégio dos bispos; é-se presbítero no presbitério. Quem possui o ministério da unidade deve agir unido. Mais, deve, quanto possível, viver conjuntamente, como exigia Santo Agostinho aos seus padres.

8. O padre tem de ser um homem de Deus, um mistagogo que conhece o mistério de Deus, o vive em comunhão, o celebra e o comunica com entusiasmo e alegria.

9. Anuncia uma Palavra salvadora, eficaz, de futuro e de esperança. Fá-lo com paixão por Aquele que é a Palavra e comprova a verdade do seu testemunho na compaixão pelos irmãos, verdadeiro caminho de paz e unidade. Segundo o Novo Testamento, Cristo é Sacerdote por assemelhação com os seus irmãos e não por separação.

10. É um sacerdote que incorporou a absoluta necessidade de formação permanente para possuir uma formação superior à média e poder responder com propriedade aos desafios completamente novos dos nossos dias.

11. É um padre que dedica muito tempo à formação dos leigos, não só para que a sua fé seja cada vez mais esclarecida e luminosa, mas para que desempenhem, com verdadeiro espírito missionário, as múltiplas tarefas que lhes são próprias: na família, na sociedade e na Igreja.

12. A unção do Espírito Santo, que a imposição das mãos realiza, é para que, pela acção do presbítero, aquilo que o baptizado já é sacramentalmente, se realize existencialmente, também na promoção dos diversos ministérios – nomeadamente o diaconado permanente – e em estilos de vida comunitária cada vez mais colegiais.

13. Os seminários, numa atitude maternal, devem acolher com benevolência os candidatos e saber exigir, com docilidade e firmeza, uma formação humana, espiritual, pastoral e cultural muito sólida, ancorada ainda no compromisso da formação permanente.

14. As pessoas manifestam, em esmagadora maioria, o desejo de que os sacerdotes tenham grande disponibilidade para ouvir e atender, acompanhar e aconselhar, serem alguém em quem se confia plenamente.

15. Comunicar é serviço; não é protagonismo. Mas exige séria formação. Só assim poderá haver celebrações, sobretudo da eucaristia, que sejam espelho de uma comunidade salva e agradecida. Homilias curtas, incisivas e cobrindo os pontos essenciais.

A hora de mudança e de transformações rápidas na sociedade e na Igreja exige claramente novos modos de organização da vida eclesial e novos estilos diversificados de exercício do ministério presbiteral. Os caminhos a percorrer e as decisões a tomar hão-de ser procurados, em comunidade, na escuta atenta da Palavra que nos salva e do seu rumor nas plurais palavras humanas.

Braga, 15 de Janeiro de 2010

Sem. Agnaldo Bueno