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quinta-feira, novembro 25, 2010

Meditação de Bento XVI sobre Cristo Rei

Ao rezar o Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 21 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Publicamos as palavras que Bento XVI neste domingo, da janela de seu apartamento, ao rezar o Angelus com os peregrinos.

Queridos irmãos e irmãs:

Acaba de terminar na basílica vaticana a liturgia de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, concelebrada pelos 24 cardeais criados no consistório de ontem. A solenidade de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI, em 1925, e, mais tarde, depois do Vaticano II, colocou-se ao final do ano litúrgico. O Evangelho de São Lucas apresenta, como num grande quadro, a realiza de Jesus no momento da crucifixão. Os chefes do povo e os soldados se escarnecem do “primogênito de toda criatura” (Col 1, 15) e o colocam à prova para ver se tem o poder para se salvar da morte (cf. Lc 23, 35-37). No entanto, “precisamente na cruz, Jesus está à altura de Deus, que é Amor. Ali se lhe pode ‘conhecer’. [...] Jesus nos dá ‘vida’ porque nos dá Deus. Pode-nos dar porque ele mesmo é um com Deus” (Bento XVI, "Jesus de Nazaré", Milão 2007, 399 404). De fato, enquanto o Senhor parece passar desapercebido entre dois malfeitores, um deles, consciente de seus pecados, abre-se à verdade, alcança a fé e implora “ao rei dos judeus”: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23, 42). De quem “é antes de todas as coisas e nele todas subsistem (Col 1, 17), o chamado “bom ladrão” recebe imediatamente o perdão e a alegria de entrar no Reino dos Céus. “Eu te asseguro que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43). Com estas palavras, Jesus, desde o trono da cruz, dá boas.vindas a todos com misericórdia infinita. Santo Ambrósio comenta que “é um bom exemplo de conversão ao que devemos aspirar: muito rápido ao ladrão é concedido perdão, e a graça é mais abundante que o pedido; o Senhor, de fato, diz Santo Ambrósio, sempre concede o que lhe é pedido [...] A vida consiste em estar com Cristo, porque onde está Cristo, ali está o Reino” (Expositio Evangelii secundum Lucam X, 121:.. CCL 14, 379).

Queridos amigos, o caminho do amor, que o Senhor nos revela e nos convida a percorrer, pode-se contemplar inclusive na arte cristã. De fato, antigamente, “na configuração dos edifícios sagrados [...] se fez habitual representar no lado oriental o Senhor que regressa como rei – imagem da esperança –, enquanto que do lado ocidental estava o Juízo final, como imagem da responsabilidade a respeito de nossa vida” (encíclica Spe Salvi, 41): esperança no amor infinito de Deus e compromisso para ordenar nossa vida segundo o amor de Deus. Quando contemplamos as representações de Jesus inspiradas no Novo Testamento, como ensina um antigo Concílio, somos levados a “compreender [...] a sublimidade da humilhação do Verbo de Deus e [...] a recordar sua vida na carne, sua paixão e morte salvífica e a redenção que dela se deriva para o mundo” (Concílio de Trullo [ano 691 ou 692], canon 82). “Sim, necessitamos dela para ser capazes de reconhecer no coração traspassado do Crucificado o mistério de Deus (Joseph Ratzinger, Teologia della liturgia. La fondazione sacramentale dell'esistenza cristiana, LEV, 2010, 69).

Na celebração de sua Apresentação no Templo, encomendamos à Virgem Maria os novos purpurados do Colégio Cardinalício e nossa peregrinação terrena à eternidade.

[Após rezar o Angelus, o Papa dirigiu uma saudação em língua portuguesa:]

Dirijo uma cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente aos brasileiros que vieram participar do Consistório para a Criação de novos Cardeais. Peçamos à Nossa Senhora que interceda junto ao Seu Filho, Rei do Universo, para que esta seja uma ocasião de reafirmar a unidade e a catolicidade da Igreja.

Fonte: ZENIT

terça-feira, novembro 23, 2010

"O grande segredo da felicidade é ser sempre feliz"
buenus

domingo, novembro 14, 2010

O caminho traçado pelo Papa para revalorizar a Palavra na Igreja


Indicações na exortação apostólica do Sínodo dos Bispos sobre o tema


Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 12 de novembro de 2010 – Bento XVI publicou nessa quinta-feira a exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, que recolhe as conclusões da assembleia do Sínodo dos Bispos celebrada no Vaticano em outubro de 2008 com o objetivo de “revalorizar a Palavra divina na vida da Igreja”.

É o que confessa o próprio pontífice neste documento de cerca de 200 páginas, em que se apresentam e explicam as 55 “propostas” que surgiram daquela reunião eclesial centrada na “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.

Na introdução, o Papa deixa muito claro seu objetivo: “Desejo assim indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a actividade eclesial.”

E esclarece os motivos: “Num mundo que frequentemente sente Deus como supérfluo ou alheio, confessamos como Pedro que só Ele tem «palavras de vida eterna». Não existe prioridade maior do que esta: reabrir ao homem actual o acesso a Deus, a Deus que fala e nos comunica o seu amor para que tenhamos vida em abundância” (n. 2).

Questões de fundo

A exortação apostólica constitui uma ajuda decisiva para superar muitos mal-entendidos entre termos como Bíblia, Escritura ou Palavra de Deus. Com clareza, como o fizeram os participantes no sínodo, sublinha que “apesar da fé cristã não ser uma «religião do Livro»: o cristianismo é a «religião da Palavra de Deus», não de «uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo»” (n. 7).

De fato – afirma – “é a Tradição viva da Igreja que nos faz compreender adequadamente a Sagrada Escritura como Palavra de Deus” (n. 17).

Os que buscam respostas sobre o valor da Bíblia para a Igreja descobrirão na leitura do documento que “a Sagrada Escritura é «Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito de Deus». Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor” (n. 19).

Um dos argumentos que mais interesse suscitou no sínodo foi a interpretação ou exegese da Bíblia entre os acadêmicos.

O documento recorda aos exegetas crentes que “jamais devem esquecer que interpretam a Palavra de Deus. A sua tarefa não termina depois que distinguiram as fontes, definiram as formas ou explicaram os processos literários. O objectivo do seu trabalho só está alcançado quando tiverem esclarecido o significado do texto bíblico como Palavra actual de Deus»” (n. 33).

Propostas

Esclarecidas as questões de fundo, que em ocasiões suscitaram debates acirrados entre teólogos e biblistas nas últimas décadas, o Papa passa a apresentar propostas concretas e sobretudo atuais, surgidas do Sínodo da Palavra.

Por exemplo, sublinha “a centralidade dos estudos bíblicos no diálogo ecuménico, que visa a plena expressão da unidade de todos os crentes em Cristo”. Assim, impulsiona “a promoção das traduções comuns da Bíblia faz parte do trabalho ecuménico” (n. 46).

Aborda também a debatida questão das homilias – o sínodo constatou a falta de qualidade de muitas delas –, e pede que “os pregadores tenham familiaridade e contacto assíduo com o texto sagrado; preparem-se para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregarem com convicção e paixão” (n. 59).

Estas propostas do Papa chegam a tocar inclusive questões como a acústica das igrejas, para poder escutar com “maior atenção” a Palavra, assim como o canto litúrgico, que deve ter “uma clara inspiração bíblica” e expressar “a beleza da palavra divina”, recomendando em particular “o canto gregoriano” (n. 70).

O pontífice insiste na necessidade de “uma atenção particular àqueles que, por causa da própria condição, sentem dificuldade em participar activamente na liturgia, como por exemplo os cegos e os surdos” (n. 71).

Considera que a animação bíblica não é um apêndice na vida da Igreja, mas que é necessário voltar a dar o “posto central da Palavra de Deus”, através de uma “animação bíblica de toda a pastoral” (n. 73), em particular, na catequese, para que se converta em um “abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas” (n. 74).

Como era de esperar, propõe em várias ocasiões a leitura orante da Bíblia, conhecida como “Lectio Divina”, pois o Sínodo insistiu repetidamente nesta prática, que “é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva” (n. 87).

Uma sugestão do Papa é ir em peregrinação à Terra Santa, a qual qualifica, como o Sínodo, de “quinto Evangelho” e assinala que, para que os lugares santos não se tornem pedras mortas, “como é importante a existência de comunidades cristãs naqueles lugares, apesar das inúmeras dificuldades (n. 89).

Nova evangelização

O documento, portanto, situa-se na trilha da nova evangelização, prioridade deste pontificado, pois “há muitos irmãos que são batizados mas não suficientemente evangelizados. É frequente ver nações, outrora ricas de fé e de vocações, que vão perdendo a própria identidade, sob a influência de uma cultura secularizada” (n. 96).

Esta nova evangelização – afirma –, passa em boa parte pelo testemunho, pois a Palavra de Deus alcança os homens através do encontro com testemunhas que a tornam presente e viva" (n. 97).

Este testemunho deve tocar todas as dimensões da vida, incluindo o compromisso pela justiça (n. 100), a defesa dos direitos humanos (n. 101), a promoção da paz (n. 102), a salvaguarda da Criação – ecologia bíblica – (n. 108), a presença na internet para que na rede apareça “o rosto de Cristo” (n. 113) e o diálogo inter-religioso (n. 117).

Na internet: Verbum Domini

quarta-feira, novembro 10, 2010

Bento XVI: santidade é imprimir Cristo em si


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 2 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Apresentamos a intervenção que Bento XVI dirigiu nessa segunda-feira, solenidade de Todos os Santos, ao rezar ao meio-dia o Angelus junto aos peregrinos na praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs:

A solenidade de Todos os Santos, que hoje celebramos, convida-nos a elevar o olhar ao Céu e a meditar sobre a plenitude da vida divina que nos espera. “Somos filhos de Deus, e o que seremos ainda não se manifestou” (1 Jo 3, 2): com essas palavras, o apóstolo João nos assegura a realidade de nossa futura relação com Deus, assim como a certeza de nosso destino futuro. Como filhos amados, por esse motivo, recebemos também a graça para suportar as provas desta exigência terrena, a fome e a sede de justiça, as incompreensões, as perseguições (Cf. Mt 5, 3-13), e ao mesmo tempo herdamos já desde agora o que se promete nas bem-aventuranças evangélicas, “nas quais resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura” (Bento XVI, Gesù di Nazaret, Milão 2007, 95). A santidade, imprimir Cristo em si mesmo, é o objetivo da vida do cristão. O beato Antonio Rosmini escreve: "O Verbo se havia impresso nas almas de seus discípulos com seu aspecto sensível... e com suas palavras... tinha dados aos seus esta graça... com a que a alma percebe imediatamente o Verbo” (Antropologia soprannaturale, Roma 1983, 265-266. E nós experimentamos com antecedência o dom da beleza da santidade cada vez que participamos da Liturgia eucarística, em comunhão com a “multidão imensa” dos bem-aventurados, que no Céu aclamam eternamente a salvação de Deus e do Cordeiro (Cf. Apocalipse 7, 9-10). "À vida dos Santos, não pertence somente a sua biografia terrena, mas também o seu viver e agir em Deus depois da morte. Nos Santos, torna-se óbvio como quem caminha para Deus não se afasta dos homens, antes pelo contrário torna-se-lhes verdadeiramente vizinho (Deus caritas est, 42).

Consolados por esta comunhão da grande família dos santos, amanhã comemoraremos todos os fiéis defuntos. A liturgia de 2 de novembro e o piedoso exercício de visitar os cemitérios nos recordam que a morte cristã forma parte do caminho de assimilação a Deus e que desaparecerá quando Deus for tudo em todos. Se bem que a separação dos afetos terrenos é certamente dolorosa, não devemos ter medo dela, porque quando está acompanhada da oração de sufrágio da Igreja, não pode quebrar os profundos laços que nos unem em Cristo. Nesse sentido, São Gregório de Nisa afirmava: “Quem criou tudo com sabedoria, deu esta disposição dolorosa como instrumento de libertação do mal e possibilidade para participar nos bens esperados (De mortuis oratio, IX, 1, Leiden 1967, 68).


Queridos amigos, a eternidade não é “uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade” (Spe Salvi, 12) do ser, da verdade, do amor. Encomendemos à Virgem Maria, guia segura para a santidade, nossa peregrinação para a pátria celestial, enquanto invocamos sua maternal intercessão pelo descanso eterno de todos os nossos irmãos e irmãs que dormiram na esperança da ressurreição.

Traduzido por ZENIT

domingo, novembro 07, 2010

Bento XVI à Europa: “Deus não é inimigo do homem”


“É necessário que Deus volte a ressoar alegremente sob o céu da Europa”


SANTIAGO DE COMPOSTELA, domingo, 7 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - "A Europa deve abrir-se a Deus, ir ao seu encontro sem medo": esta é a grande mensagem lançada pelo Papa Bento XVI na viagem a Santiago de Compostela, evocando novamente o "Europa, seja você mesma", de João Paulo II, neste mesmo lugar, há 18 anos.

Diante das 7 mil pessoas que puderam estar na Plaza del Obradoiro e das milhares que puderam acompanhar a celebração através dos telões espalhados em vários pontos da cidade, o Papa quis recordar que Deus "não é o inimigo do homem".

"É uma tragédia que, na Europa, sobretudo no século XIX, se afirmasse e divulgasse a convicção de que Deus é o antagonista do homem e o inimigo da sua liberdade."

"Deus é a origem do nosso ser, alicerce e cume da nossa liberdade, não seu opoente - sublinhou o Papa. Como é possível que se tenha feito silêncio público sobre a realidade primeira e essencial da vida humana?"

"Os homens não podem viver na escuridão, sem ver a luz do sol. E, então, como é possível que se negue a Deus, sol das inteligências, força das vontades e ímã dos nossos corações, o direito de propor essa luz que dissipa todas as trevas?", perguntou-se o Papa.

Frente a um paganismo que propugna uma visão de um Deus invejoso e contrário ao homem, afirmou, "é necessário que Deus volte a ressoar alegremente sob o céu da Europa".

É necessário também que o nome de Deus, "essa palavra santa, não seja jamais pronunciada em vão; que não se perverta, fazendo-a servir a fins que lhe são impróprios".

"É preciso que seja proferida santamente. É necessário que a percebamos assim na vida de cada dia, no silêncio do trabalho, no amor fraterno e nas dificuldades que os anos trazem consigo."

Nova evangelização

Por isso, o Papa sublinhou que "a contribuição específica e fundamental da Igreja para essa Europa, que percorreu no último meio século um caminho rumo a novas configurações e projetos", é "que Deus existe e que é Ele quem nos deu a vida".

"Somente Ele é absoluto, amor fiel e indeclinável, meta infinita que se transluz detrás de todos os bens, verdades e belezas admiráveis deste mundo; admiráveis, mas insuficientes para o coração do homem."

A Europa, acrescentou o Papa, "deve abrir-se a Deus, ir ao seu encontro sem medo, trabalhar com sua graça por aquela dignidade do homem que haviam descoberto as melhores tradições: além da bíblica, fundamental nesta ordem, também as de época clássica, medieval e moderna, das quais nasceram as grandes criações filosóficas e literárias, culturais e sociais da Europa".

A cruz dos caminhos de Santiago, afirmou, "supremo sinal do amor levado até o extremo, e por isso dom e perdão ao mesmo tempo, deve ser nossa estrela orientadora na noite do tempo".

"Não deixeis de aprender as lições desse Cristo das encruzilhadas dos caminhos e da vida, nas quais Deus vem ao nosso encontro como amigo, pai e guia."

"Ó cruz bendita, brilhai sempre nas terras da Europa!", exclamou Bento XVI.

A seguir, o Papa quis advertir a Europa sobre o perigo de viver de costas para Deus.

"Permiti que eu proclame daqui a glória do homem; que advirta sobre as ameaças à sua dignidade pela espoliação dos seus valores e riquezas originais, pela marginalização ou a morte infligidas aos mais fracos e pobres - afirmou. Não se pode dar culto a Deus sem velar pelo homem, seu filho, e não se serve o homem sem perguntar-se quem é seu Pai e responder à pergunta por ele."

"A Europa da ciência e das tecnologias, a Europa da civilização e da cultura, tem que ser, ao mesmo tempo, a Europa aberta à transcendência e à fraternidade com outros continentes, ao Deus vivo e verdadeiro, a partir do homem vivo e verdadeiro."

"Isso é o que a Igreja deseja oferecer à Europa: velar por Deus e velar pelo homem, a partir da compreensão que de ambos nos é oferecida em Jesus Cristo", disse o Papa.

Por isso, convidou os cristãos a "seguir o exemplo dos apóstolos, conhecendo o Senhor cada dia mais e dando um testemunho claro e valente do seu Evangelho".

"Não existe maior tesouro que possamos oferecer aos nossos contemporâneos", sublinhou Bento XVI aos presentes.

Espírito de serviço

Para os discípulos que querem seguir e imitar Cristo, afirmou, "servir os irmãos já não é uma mera opção, mas parte essencial do seu ser".

O serviço que os cristãos estão chamados a dar "não se mede pelos critérios mundanos do imediato, do material e do vistoso, mas porque se faz presente o amor de Deus a todos os homens e em todas as suas dimensões, e dá testemunho d'Ele, inclusive com os gestos mais simples".

O Pontífice se dirigiu especialmente aos jovens, convidando-os a seguir este caminho, "para que, renunciando a um modo de pensar egoísta, de curto alcance, como tantas vezes vos propõem, e assumindo o de Jesus, possais realizar-vos plenamente e ser semente de esperança".

Também se dirigiu aos "chefes dos povos", recordando que, "onde não há entrega aos demais, surgem formas de prepotência e exploração que não dão espaço para uma autêntica promoção humana integral".

"Isso é o que nos recorda também a celebração deste Ano Santo Compostelano. E isso é o que, no segredo do coração, sabendo-o explicitamente ou sentindo-o sem saber expressá-lo com palavras, vivem tantos peregrinos que caminham a Santiago de Compostela para abraçar o Apóstolo."

(Inma Álvarez)

Fonte: Zenit

segunda-feira, novembro 01, 2010

Finados é dia de reflexão, de saudade e esperança

O dia de finados, é dia de reflexão, de saudade e de esperança.

A morte é ainda assunto-tabu, recalcado, silenciado. Preferimos viver como se a morte não existisse. Mas, na sociedade atual a morte é também trivializada com as guerras, calamidades, eutanásia, aborto, acidentes com auxílio da mídia. Há os que preferem fazer da morte uma experiência soft, é a “morte-soft”, relegada aos hospitais, funerárias e religiões. Aí a morte é maquiada, relativizada pelas instituições, chamada também de “morte digna”. Muitos de nós vivemos uma “vida inautêntica”, uma existência falsa porque não nos permitimos refletir e aceitar a morte.

A dura realidade é que a morte faz parte da vida, é o fim do curso vital, é uma invenção da própria vida em sua evolução. Morrer é uma experiência profundamente humana. Aliás, é a morte que confere um certo gosto e encanto à vida, pois se tudo fosse indefinidamente repetível, a vida se tornaria indiferente, insossa e até desesperadora. E então, a morte é um bem, uma manifestação da sabedoria do Criador. “Nada mais horrível que um eterno-retorno” (Sto Agostinho). Vemos assim que a morte não se opõe à vida, mas ao nascimento. A vida humana será sempre uma “vida mortal”, só na eternidade teremos uma “vida vital”.

Para os que crêem na eternidade, a morte é porta de entrada da vida, o acesso a uma realidade superior, a posse da plenitude. Assim a morte é um ganho, verdadeira libertação, uma bênção que livra a vida do tédio. Porém, do ponto de vista racional ou filosófico, a morte repugna. Budha escreveu: “O homem comum pensa com indiferença na morte de um estranho, com tristeza na morte de um parente e com horror na própria morte”. Outro pensador, Epiteto, disse: “Quando morre o filho ou a mulher do próximo, todos dizem: é a lei da humanidade. Mas, quando morre o próprio filho ou a própria mulher, o que se ouve são gemidos, gritos e lágrimas”.

A ressurreição de Jesus trouxe uma revolução em relação à morte, transformou o “poente em nascente”, Cristo “matou a morte”. Bem escreveu o poeta Turoldo: “morrer é sentir quanto é forte o abraço de Deus”. O fim transforma-se em começo e acontece um segundo nascimento, a ressurreição. “Então, descansaremos e veremos. Veremos e amaremos. Amaremos e louvaremos. Eis o que haverá no Fim que não terá fim” (Sto Agostinho). A fé nos garante que a morte não é uma aniquilação da vida, mas uma transformação. O homem vive para além da morte. Não precisa reencarnar. Creio na ressurreição da carne e no mundo que há de vir. A morte será então a maior festa da vida porque com ela dá-se o início da plena realização da pessoa humana. Habitaremos com Deus com um corpo incorruptível, espiritual e glorioso.

Com Santa Terezinha, todo cristão pode dizer: “Não morro, entro na vida”. A morte não é apenas um fim, ela é também e principalmente um começo. É o início do dia sem ocaso, da eternidade, da plenitude da vida. A vida é imortal espiritualmente falando. Na morte chegamos a ser plenamente “ Teu rosto Senhor é nossa pátria definitiva”. No céu veremos, amaremos, louvaremos, diz Santo Agostinho. A participação na vida divina faz brotar em nossos corações, assombro e gratidão. Sem fé, porém a morte é absurdo, inimigo, derrota, ameaça, humilhação, tragédia, vazio, nada. Na fé, a morte é irmã, é condição para mais vida, é coroamento e consumação; é revelação e glória do bem.

Por fim, a morte tem um valor educativo: ensina o desapego da propriedade privada, iguala e nivela todas as classes sociais, relativiza a ambição e ganância, ensina a fraternidade universal na fragilidade da vida, convida à procriação para eternizar a vida biológica, rompe o apego a circuito fechado entre as pessoas mesmo no matrimônio, leva ao supremo conhecimento de si e oportuniza a decisão máxima e a opção fundamental da pessoa.

Para morrer bem, é preciso viver fazendo o bem: “levaremos a vida que levamos”. O bem é o passaporte para a eternidade feliz e o irmão que ajudamos será o avalista de nossa glória no céu: “Vinde benditos”.

Dom Girônimo Zanandréa

Amanhã pode ser tarde...

Ontem?...Isso faz tempo!...
Amanhã?...Não nos cabe saber...
Amanhã pode ser muito tarde, para você dizer que ama,
Para você dizer que perdoa, para você dizer que desculpa,
Para você dizer que quer tentar de novo...
Amanhã pode ser muito tarde.
Para você pedir perdão,...
Para você dizer: Desculpe-me, o erro foi meu!...
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços;
Porque amanhã pode ser muito... Muito tarde!
Não deixe pra amanhã para dizer: Eu te amo!
Estou com saudades de você!
Perdoe-me! Desculpe-me!
Esta flor é pra você!
Você está tão bem!
Não deixe para amanhã o seu sorriso, o seu abraço, o seu carinho, o seu trabalho, o seu sonho, a sua ajuda...
Não deixe pra amanhã para perguntar: Por que você está triste?
O que há com você?
Hei... Venha cá, vamos conversar.
Cadê o seu sorriso? Ainda tenho chance?

Já percebeu que eu existo? Porque não começamos de novo?

Estou com você. Sabe que pode contar comigo? Cadê seus sonhos? Onde está a sua garra?

Lembre-se: Amanhã pode ser tarde... Muito tarde!

Amanhã, o seu amor pode não ser preciso; O seu sorriso pode não ser mais preciso; O seu amor pode ter encontrado outro amor; O seu presente pode chegar muito tarde; O seu reconhecimento pode não ser recebido com o mesmo entusiasmo!

Procure. Vá atrás! Insista! Tente mais uma vez!

(Desconheço Autoria)

“De fato, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo”

(Mat. 9, 25)

Igreja Católica Apostólica Romana

Rezemos pelas almas dos nossos entes queridos