SEJAM MUITO BEM VINDOS.

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sábado, dezembro 31, 2011


Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar o hino Te Deum (A vós, ó Deus) em ação de graças, e será plenária, quando recitado em público no último dia do ano. Hoje será Cantado nossa Matriz em Petrolina de Goiás! Participe.

A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, eterno Pai,
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo,
Santo, Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos.

Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos mártires.

A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade.

E adora juntamente
o vosso Filho Único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.

(A parte que segue pode ser omitida, se for oportuno.)

Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.

Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.

Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.

Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.

Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!



Feliz Ano Novo!

De repente, num instante fugaz, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás. De repente, num instante fugaz, as taças de champagne se cruzam e o vinho francês borbulhante anuncia que o ano velho se foi e ano novo chegou. De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e os seres humanos, num abraço caloroso, num so pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiração: PAZ E AMOR. De repente, não importa a nação, não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque todos são humanos e descendentes de um só Pai, os homens lembram-se apenas de um só verbo: amar. De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio, os homens cantam uma só canção, um só hino, o hino da liberdade. De repente, os homens esquecem o passado, lembram-se do futuro venturoso, de como é bom viver. De repente, os homens lembram-se da maior dádiva que têm: a vida. De repente, tudo se transforma e chega o ano radiante de esperança, porque só o homem pode alterar os rumos da vida. De repente, o grito de alegria, pelo novo ano que aparece. FELIZ ANO NOVO

Desejo a todos os amigos e amigas de Betânia um Novo Ano repleto do Amor Infinito de Deus 

                    Desenhos da Bíblia - A Criação 




sexta-feira, dezembro 30, 2011


Pensamento da noite do dia 


"Luta, isto é, não esqueças que, se 'a vida do homem é um combate', 
como diz a Escritura, a vida de uma jovem cristã deve ser
cheia de lutas também, e tanto mais numerosas quanto mais
profundamente apegada à sua fé e ao seu dever quiser ela ser. 
Lutas exteriores, lutas íntimas (as mais duras!). 
Seu coração será um verdadeiro campo de batalha, 
mas é isso que faz bem e que forja as almas!" 
(Padre J.Baeteman)

quinta-feira, dezembro 29, 2011

quarta-feira, dezembro 28, 2011



 Oração pelas vocações sacerdotais

 Ó Jesus, Divino Pastor das almas, que chamastes os apóstolos para fazer deles pescadores de homens. Atraí a Vós jovens ardentes e generosos, para torná-los Vossos seguidores e Vossos ministros. Fazei que eles participem de Vossa sede de redenção universal, pela qual renovais sobre os altares o Vosso sacrifício.
Vós, ó Senhor, " sempre vivo a interceder por nós"( Hb 7,25), abri para eles os horizontes do mundo inteiro, onde a silenciosa súplica de tantos irmãos pede luz de verdade e calor de amor, a fim de que, respondendo ao Vosso chamamento, continuem aqui na terra a Vossa missão, edifiquem o Vosso Corpo Místico que é a Igreja e sejam " sal da terra" e " luz do mundo". Amém.

Rezemos pelas vocações sacerdotais!

CONHECENDO OS SANTOS JOVENS -III


HISTÓRIA DA VIDA DE SÃO GERALDO MAJELA
Nasceu em Muro Lucano, povoado da Basilicata, no sul da Itália, no dia 6 de abril de 1726, filho de Domenico Majela e Benedecta Galella.

Seu pai era alfaiate em Muro, mas morre em 1738, quando Geraldo tinha apenas 12 anos. Suas irmãs, mais velhas do que ele, são: Ana, Brígida e Isabel.

SUA INFÂNCIA
Conforme o testemunho de suas próprias irmãs, ele era muito dedicado às devoções, e que também se confessava todos os dias e se disciplinava diariamente.

Aos sete anos, em vista da pobreza da família, dirigia-se à ermida Capodigiano, brincava com o Menino Jesus e dele recebia um pãozinho branco. Somente mais tarde, quando já na congregação, Geraldo compreende quem era aquele menino.

Entregava-se à oração. Sua mãe encarregava-se de educá-lo na fé.

SUA JUVENTUDE
Aos 14 anos, é crismado por Dom Albino na cidade de Muro. O sacramento da crisma tornou-se o sinal da fortaleza e do valor que nortearam toda sua vida. Dom Albino era natural de Muro.

Com o Bispo lá se foi Geraldo para ser seu empregado. Nesse ofício precisou praticar verdadeiro heroísmo.

Dom Albino julgava-se no direito de fazer o que bem entendesse com seu jovem empregado. Fazia-o trabalhar sem descanso e reprovando-o sempre de não fazer tudo o que devia e de fazê-lo mal. Geraldo, por sua parte, tinha para com ele grande respeito e dedicação. Seu espírito de mortificação e penitência encontrou ali um bom lugar de realização.

Aos 18 anos de idade voltou para sua casa. Já era um homem feito e havia crescido também em virtude.

Sua preocupação com os pobres e necessitados era grande, a ponto de se privar do necessário, quando via alguém sofrendo penúria.

SUA VOCAÇÃO
Geraldo sentia que o Senhor havia escolhido para ele um outro lugar. Assim, entra em contato com os capuchinhos, mas em vão solicita ser admitido, mesmo na condição de empregado.

Não é aceito, dada sua saúde precária e sua doentia aparência. Para Geraldo esse golpe foi terrível. Contudo, entrega-se à oração, pedindo a Deus que o encaminhasse para vida religiosa.

Continuou seu trabalho diário para ajudar no sustento da família. Depois de pouco tempo tem seu próprio atelier, no qual sempre sobrava trabalho e também caridade para quem necessitasse. Mas tendo chegado a Muro seu amigo Luca Valpiedi, antigo condiscípulo, parte com ele para ajudá-lo em seu colégio, no cuidado das crianças. Quando tinha 22 anos, chegaram a seu povoado alguns missionários. Eram os Redentoristas, dentre eles achava-se o Irmão Onofre que contou a Geraldo como era a sua vida. Mas percebendo que o jovem estava entusiasmado, mudou de assunto, dizendo-lhe que ele não resistiria àquele tipo de vida.

Pouco tempo depois voltaram os missionários. Entre eles estava o Padre Paulo Cáfaro, que depois de muito vaivém e oposições lhe permite que o acompanhe ao convento.

IRMÃO COADJUTOR
No dia 17 de maio de 1749, Geraldo partia radiante de alegria para a casa de noviciado de Deliceto. Em novembro desse mesmo ano, vestia a batina redentorista e começava sua interiorização na vida religiosa. O Padre Cáfaro seria o seu mestre de noviciado, e também seu diretor espiritual. E sendo esse sacerdote tão severo, contudo, teve de se esforçar por moderar para que Geraldo não se consumisse pelas penitências...

Desde o começo, passou a ser na comunidade um modelo de abnegação e serviço. Trabalhador como só ele; muito dedicado à oração, exemplo de virtudes, tudo isso fez com que ganhasse logo a simpatia e estima de seus confrades. No dia 16 de julho de 1752 fez sua profissão religiosa.

VIDA RELIGIOSA
Já religioso, sua vida desenvolvia-se no cuidado constante de seus deveres comunitários, de um modo especial, prestando serviços a seus irmãos, e na preocupação pelo seguimento de Cristo missionário, anunciando aos pobres a palavra divina.
Sua vida era a concretização das Regras. O respeito por seus coirmãos e em particular pelos superiores (nos quais encarnava a vontade de Deus) atingia os limites de heroicidade. Pensemos como soube calar-se diante de Santo Afonso quando foi caluniado...

SEU ZELO APOSTÓLICO
Sua vida missionária era encarnada, vibrava com todo o povo. Os sofrimentos do próximo fazia-os seus. Foi o irmão dos pobres, tanto em Caposele como nas outras casas nas quais morou. Visitava-os, protegia-os, curava-os, dava-lhes de comer, vestia-os etc.

Ao lado da assistência física, punha sempre a assistência espiritual. A catequese como preparação aos sacramentos ele assumia com carinho e dedicação.

Sua humildade granjeou-lhe a simpatia de leigos e religiosos, de sacerdotes e bispos que encontraram nele o mais douto conselheiro.

Seu amor à igreja era imenso. Dele se desprendia a preocupação pelas vocações. Os conventos de sua época receberam inúmeras religiosas enviadas pelo santo. Do mesmo modo soube conduzir os jovens ao sacerdócio diocesano e regular. Sua vida foi uma entrega total pela redenção.

SEUS ÚLTIMOS DIAS

Geraldo tinha exigido de seu corpo mais do que ele podia dar. Sua saúde estava destruída. A anemia consumia-o e seus pulmões já não trabalhavam como deviam. Contudo, continuou esforçando-se em servir os outros e em enfraquecer sua pessoa.

No dia 16 de outubro de 1755, com apenas 29 anos de idade, e somente 7 na Congregação, entregou a Deus seu espírito.

Seus funerais foram grandiosos e soleníssimos. De Caposele e de todos os povoados vizinhos, a multidão acorreu atropelando-se para despedir-se do santo e solicitar graça por sua intercessão.

E como em vida realizou tantos prodígios, maiores foram os pós morte. Daí a justa piedade popular que por ele sente a Itália, e, outros povos.

A CAMINHO DOS ALTARES
Embora a fé no santo fosse muito grande, contudo, somente em abril de 1839 foi aberto em Muro o processo recolhendo os testemunhos daqueles que o haviam conhecido e daqueles que tinham recebido alguma graça por meio dele.

Em 1847, Sua Santidade Pio IX concedeu-lhe o título de Venerável e em 1893 o Papa Leão XIII o declarou Beato.

Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X canonizou Geraldo Majela em meio a uma magnífica cerimônia, como é de costume em tais ocasiões.

Os biógrafos de São Geraldo pouco se preocuparam em nos mostrar seus traços humanos. A representação que dele temos no-lo mostram como religioso redentorista e nela sua figura é a de um asceta, comumente acompanhada de um crucifixo e de uma caveira.

Fonte: Almanaque de São Geraldo, 2001, pp. 50-55


''Familiaridade com os jovens especialmente no recreio, sem familiaridade não se demonstra afeto, e sem essa demonstração não pode haver confiança. Quem quer ser amado deve demonstrar que ama. O mestre visto apenas na cátedra é mestre e nada mais, mas, se está no recreio com os jovens torna-se irmão...''

Dom Bosco

terça-feira, dezembro 27, 2011


O amor nasce do verdadeiro testemunho...

segunda-feira, dezembro 26, 2011


Pensamento do dia 

Olhar do divino Infante 


"Ó Jesus, preciso de que me anime, 
o sorriso dos Vossos lábios; a Vossa confiança será a minha força, 
o Vosso contentamento será a minha alegria. 
Nada custa quando se é amado e quando se ama... 
Dizei-mo por meio dum desses olhares que tão fundo penetram na alma. 
Ó minha alma prolonga a tua contemplação... 
O olhar do divino Infante será sempre muito vago 
para aqueles que O fitam apenas de passagem..." 

(Cônego Beaudenom)

sábado, dezembro 24, 2011

sexta-feira, dezembro 23, 2011


                Desenhos Bíblicos  - Nasce o Rei Jesus Cristo





quinta-feira, dezembro 22, 2011


                         
                               À Cruz

Gostosa quietação da minha vida,
sê bem-vinda, cruz querida.

Ó bandeira que amparaste
o fraco e o fizeste forte!
Ó vida da nossa morte,
quão bem a ressuscitaste!
O Leão de Judá domaste,
pois por ti perdeu a vida.
Sê bem-vinda, cruz querida.

Quem não te ama vive atado,
e da liberdade alheio;
quem te abraça sem receio
não toma caminho errado.
Oh! ditoso o teu reinado,
onde o mal não tem cabida!
Sê bem-vinda, cruz querida.

Do cativeiro do inferno,
ó cruz, foste a liberdade;
aos males da humanidade
deste o remédio mais terno.
Deu-nos, por ti, Deus Eterno
alegria sem medida.
Sê bem-vinda, cruz querida.

(Santa Teresa de Ávila)

CONHECENDO OS SANTOS JOVENS 



Uma das glórias da Companhia de Jesus, Santo Estanislau Kostka, é um dos santos não-mártires mais jovens da Igreja, pois faleceu aos 18 anos incompletos, tendo entretanto vivido, para a virtude, como um ancião

Por Plinio Maria Solimeo

"Ajoelha-te, ajoelha-te; vê que Santa Bárbara, acompanhada de dois Anjos, traz-me a Comunhão", exclamou Estanislau moribundo no leito, dirigindo-se a seu preceptor, quando estudante no colégio jesuíta de Viena.

E o preceptor completa sua narração com as seguintes palavras: "E levantando-se, pôs-se de joelhos na cama. Depois disse três vezes: 'Senhor, eu não sou digno...' Abriu a boca... e estendeu a língua com profundíssima humildade". Mas não foi ainda desta vez que Estanislau morreria.

Esse episódio é emblemático da vida inteiramente excepcional deste Santo, cuja festa comemora-se a 13 de novembro, dia em que seu corpo foi exumado e encontrado sem nenhuma forma de corrupção.

Das mais nobres famílias da Polônia

Estanislau nasceu em 1550 no castelo de Rostkow, de uma família das mais nobres da Polônia, que se "distinguia pela invariável fidelidade à antiga fé católica, diante das tempestades luteranas e renascentistas". Seus pais foram João Kostka, Senador do Reino, e Margarida Kriska, de estirpe não menos ilustre que o marido.

Estanislau foi dessas almas que parecem ter, desde o berço, correspondido a todas as graças especialíssimas com que Deus as cumula, percorrendo em pouco tempo, na santidade, uma carreira que muitos levam a vida inteira para atingir.

De uma pureza extrema, qualquer palavra mais livre fazia o menino enrubescer e até mesmo perder os sentidos. Quão diferente da perversão infantil que grassa em nossos dias! "Falemos doutra coisa, costumava dizer o velho pai, senão o nosso Estanislauzinho levantará os olhos ao céu, para dar em seguida com a cabeça no chão". A par dessa extrema delicadeza de consciência, o menino foi, desde cedo, também modelo de sabedoria e honestidade.

Na capital do Império Austro-Húngaro
Foi-lhe dado como preceptor um jovem cavaleiro, João Bilinski, para ensinar-lhe as primeiras letras. Aos 14 anos seu pai enviou-o com este, e com o irmão mais velho, Paulo, para Viena, onde o Imperador Fernando tinha fundado um colégio jesuíta para a educação da juventude de língua alemã. Foram recebidos na qualidade de internos; e quando Maximiliano I fechou o internato, foram viver na casa de um luterano, o Senador Kimberker. Para a consciência reta de Estanislau, o viver sob o teto de um herege era um contínuo tormento.

Entre seus condiscípulos, Estanislau logo se fez notar "por seu belo espírito, assiduidade ao estudo e raras virtudes. .... Ele fugia cuidadosamente da conversação dos escolares libertinos e de tudo que não o incitasse à devoção e ao amor de Jesus Cristo .... O recolhimento e o silêncio faziam suas delícias; e, quando falava, era sempre com tanta modéstia e discrição, que, era perceptível, não dizia nada precipitada ou irrefletidamente".

Ora, nunca dois irmãos foram tão diferentes como Paulo e Estanislau. O primogênito era amante da boa-vida, mundano, dado aos prazeres que a grande capital podia oferecer. O caçula não vivia senão para as coisas celestes. E com isso era, mesmo sem o querer, uma censura muda e constante ao modo de ser do irmão. Evidentemente tinham que surgir atritos, que Paulo resolvia segundo a "lei do mais forte", chegando muitas vezes a agredir Estanislau. Este entretanto tinha uma fortaleza de alma que se sobrepunha à moleza produzida pelos vícios no irmão.

Nossa Senhora lhe entrega o Menino Jesus

Certo dia Estanislau adoeceu tão gravemente, que os médicos declararam nada mais ser possível fazer, e que a medicina já não podia salvá-lo. O doente suplicou então ao irmão e ao preceptor que chamassem um sacerdote para ministrar-lhe os Sacramentos, ao menos a Sagrada Comunhão. No entanto, os dois, temendo desgostar o luterano que jamais permitira a entrada de um sacerdote católico em sua casa, optaram por fazer ouvidos moucos. Estanislau resolveu então apelar para o Céu; lembrou-se de ter lido certa vez que os que se recomendavam a Santa Bárbara não morriam sem receber os Sacramentos. Com fervor, pediu então a intercessão dessa Santa em seu favor. O que ocorreu a seguir, narrado por seu preceptor, depois ordenado Sacerdote, vem descrito no início deste artigo.

Pouco depois ele recebia também a visita de Nossa Senhora com o Menino Jesus nos braços e colocando-O nos de Estanislau. Ao despedir-se, a Mãe de Deus recomendou-lhe que entrasse para a Companhia de Jesus. No mesmo momento, Estanislau sentiu-se inteiramente curado.

Dois Santos o auxiliam a realizar sua vocação

O adolescente quis obedecer imediatamente o conselho de Nossa Senhora. Foi procurar o Pe. Provincial dos jesuítas na Áustria, mas este negou-lhe admissão sem a autorização do pai; recorreu ao Legado Papal, que também não quis comprometer-se. Aconselhado então pelo Pe. Francisco Antônio, confessor português da Imperatriz, fez o voto de peregrinar de casa em casa da Companhia pelo mundo, até encontrar uma que o admitisse sem condições.

Para isso teve que sair escondido de casa e tomar a estrada para Augsburgo. Doou seus trajes de seda a mendigos, e vestiu-se com uma grosseira túnica adrede preparada. Entrementes seu irmão e o preceptor, dando-se conta da fuga, partiram de carruagem atrás do fugitivo. Quando dele se aproximaram, Estanislau, como um pobre peregrino, pediu uma esmola. Sem se darem conta, jogaram-lhe uma moeda e continuaram o caminho...

Como o Provincial de Augsburgo encontrava-se em Dilingen, para lá se dirigiu o jovem polonês. Ora, este não era senão o grande São Pedro Canísio, que reconquistaria para a verdadeira fé quase metade da Alemanha, pervertida pelo ímpio Lutero. Como os Santos se entendem, foi sem dificuldade nenhuma e com grande alegria que ele recebeu o jovem postulante. E, para livrá-lo da possível perseguição do pai, enviou-o com outros dois pretendentes à casa mãe, em Roma.

Outro grande Santo, São Francisco de Borgia, então terceiro Geral dos jesuítas, recebeu Estanislau na Cidade Eterna com os braços abertos dizendo-lhe: "Estanislau, eu te recebo, e não te posso negar este gosto, porque tenho muitas provas de que Deus te quer em nossa Companhia".

Assim via Estanislau atendidos seus votos, entrando para o noviciado de Santo André do Quirinal a 28 de outubro de 1567.

O Anjo do Noviciado

Em pouco tempo o jovem polonês mereceu de seus condiscípulos o cognome de o Anjo do Noviciado. "Apoiado no conhecimento de si mesmo, quer dizer, de seu nada [sem a graça divina], de suas fraquezas, de sua incapacidade para todo bem e de sua corrupção original, ele tinha uma humildade que os louvores não podiam alterar, e que as reprimendas mais humilhantes não podiam exasperar". Seu amor a Deus era tão veemente, que abrasava-lhe o peito. Um dia, o Padre-ministro encontrou-o muito cedo no pátio, perto da fonte, refrescando-se. - "Que fazes aqui numa hora tão matinal?" perguntou-lhe. Respondeu o noviço: - "Padre, meu peito ardia muito e vim buscar um pouco de alívio".

Devoção especialíssima à Mãe de Deus

Estanislau tinha a mais profunda devoção a Maria Santíssima. Estudava e compilava os textos mais belos em seu louvor, e as passagens mais próprias a demonstrar sua grandeza. Em sua honra rezava, desde pequeno, o Rosário. A quem lhe perguntava por que amava tanto a Maria, respondia: "Como não A hei de amar, se é minha Mãe?"

Foi por insistência sua que se instituiu o costume de os noviços todas as manhãs, logo ao acordarem, porem-se de joelhos voltados em direção da Basílica de Santa Maria Maior, e pedir a Nossa Senhora sua bênção. O mesmo fariam à tarde, logo depois do exame de consciência. Esse costume manteve-se depois no Noviciado.

O desejo de Estanislau era o de morrer na véspera do dia de gloriosa Assunção de Maria ao Céu, e ele teve uma revelação de que seu voto seria atendido.

No dia de sua festa, Maria Santíssima vem buscá-lo e o leva ao Céu

Como era costume em diversas comunidades religiosas, no fim do mês de julho foi distribuído a esmo, no noviciado jesuíta, 
o nome de um Santo daquele mês que cada religioso deveria venerar e honrar de modo mais especial durante o mês entrante. Coube a Estanislau, para agosto, o do grande mártir São Lourenço. No dia 8, na vigília da festa do Santo, Estanislau quis honrá-lo de uma maneira particular, fazendo um ato de humilhação pública. Após ter dito suas faltas no refeitório, osculou os pés de cada religioso, disciplinou-se, e pediu a cada um de esmola um pequeno pedaço de pão para sua refeição. Depois foi ajudar na cozinha onde, à vista do fogo, começou a meditar nos sofrimentos de São Lourenço, assado vivo em uma grelha. Isso o impressionou tanto, que caiu desmaiado. Levado à sua cela, veio-lhe à boca um fluxo de sangue. Soube então que seu desejo de morrer no dia da Assunção seria satisfeito. E isso ele o dizia a todos.

Na vigília dessa gloriosa festa, pediu para lhe serem administrados os Sacramentos, que recebeu angelicamente. E às três horas da manhã do dia 15, Nossa Senhora, acompanhada por uma multidão de Anjos, veio receber a virginal alma de Estanislau Kostka. Ele morria aos 18 anos incompletos, tendo passado apenas 10 meses no noviciado jesuíta.
Acorreu tanta gente a seu enterro, que levou seu médico, Dr. Francisco Tolet, depois nomeado Cardeal, a exclamar: "Eis uma coisa verdadeiramente maravilhosa: um pequeno noviço polonês que morre; faz-se honrar pela cidade de Roma como um Santo!".

A glorificação post mortem

Enterrado na igreja Santo André monte Cavallo, em Roma, começaram a ocorrer milagres em seu túmulo. Sua fama difundiu-se, primeiro por sua pátria, e depois por toda a Europa. Na Polônia "não havia Prelado ou grande senhor que não quisesse ter [sua estampa], e o próprio Rei colocou-o em sua galeria junto às imagens dos santos".

Beatificado em 1604, Estanislau foi canonizado em 1726.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Cantar é uma forma de orar a Deus sempre... 



                           Pensamento do dia


Oh! quão grande e honroso é o ministério dos sacerdotes, aos quais é concedido consagrar o Deus de majestade com as palavras sagradas, bendizê-lO com seus lábios, tê-lO em suas mãos, recebê-lO em seu peito e distribui-lO aos outros homens.

Oh! quão limpas devem estar as mãos do sacerdote, quão pura sua boca, quão santo o seu corpo, quão imaculada sua alma para receber tantas vezes o Autor da pureza!

Da boca do sacerdote não deve sair palavra que não seja santa, honesta e útil, pois tão frequentemente participa do Sacramento de Cristo.

Sejam, pois, simples e castos os olhos que contemplam habitualmente o Corpo de Cristo. Sejam puras e levantadas ao céu as mãos que tocam amiúde o Criador do céu e da terra. Aos sacerdotes especialmente se diz na Lei: "Sede santos, porque Eu, o Senhor Vosso Deus, Sou Santo". (Lev. 19,2; 20, 7).

Ó Deus todo poderoso! Ajude-nos Vossa graça aos que somos revestidos do sacerdócio, para que possamos servi-Vos digna e devotamente com exemplar piedade e consciência pura.

E já que não podemos viver com tanta inocência como devemos, concedei-nos ao menos chorar, sinceramente nossas faltas e formar, em espírito de humildade, o firme propósito de Vos servir daqui em diante com mais fervor e devoção.

                                                                               (Imitação de Cristo, páginas 455 e 456)

domingo, dezembro 18, 2011


    PENSAMENTO DO DIA


"Eu completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo"
(Col. 1,24)

sexta-feira, dezembro 16, 2011


CONHECENDO OS SANTOS JOVENS 


São João Berchmans


São João Berchmans nasceu em Diest, pequena vila de Flandes, Bélgica, em 1599. Nasceu em 13 de março e morreu em outro 13, o de agosto. Não importa. A superstição não tinha capacidade em sua vida. Todos os dias são presentes de Deus.
Seu pai João, curtidor de peles, e sua mãe Isabel eram bons cristãos. Tiveram cinco filhos, dos quais três se consagraram ao Senhor. Morreu logo a mãe, e ao final o pai foi ordenado sacerdote.
Nosso santo foi o anjo do lar, fiel ajudante de sua mãe. Iniciou seus estudos no Seminário de Malinas, em seguida entrou no Noviciado dos jesuítas da mesma cidade. Mais tarde passou a Roma. No Seminário e no Noviciado se distinguiu por sua candura, estudo e piedade.
Sua devoção à Virgem era proverbial. Sentia para com ela um carinho terno, profundo, crédulo e filial. «Se amo a Maria, dizia, tenho segura minha salvação, perseverarei na vocação, alcançarei quanto quiser, em uma palavra, serei todo-poderoso». A ela dedicou sua Coroinha das doze estrelas.
Abundavam por então os erros de Bayo, catedrático de Escritura na Lovaina, quem afirmava que Maria tinha sido concebida em pecado. Os teólogos Belarmino e Francisco de Toledo intervêm para esclarecer a verdade. É curioso notar que o grande teólogo espanhol Juan de Lugo atribui o movimento a favor da Imaculada às orações de Berchmans.
O próprio Lugo insiste que o decreto de 24 de maio de 1622 conseguiu pela influência sobrenatural de João Berchmans. Nele confirmam as constituições de Sixto VI, Alessandro VI, São Pio V e Paulo V. Manda severamente que ninguém, nem de palavra nem por escrito, atreva-se a afirmar que a Santíssima Virgem Maria foi concebida em pecado, e se soleniza a festa da Imaculada.
No último ano de sua vida João se comprometeu, assinando com seu próprio sangue, a «afirmar e defender em qualquer lugar que se encontrasse o dogma da Imaculada Concepção da Virgem Maria».
Os Santos praticaram em grau heróico todas as virtudes. Mas buscava distinguir-se em alguma delas. Qual é a virtude característica de Berchmans? Ele desejava praticá-las todas por igual. Sua obsessão, sua loucura de santo, era a fidelidade em observar perfeitamente suas obrigações, sem desculpas nem fugas. «A virtude mais eminente, é fazer simplesmente, o que temos que fazer», dizia Pemán no Divino Impaciente.
Aparentemente não tinha feito nada, nada chamativo. Mas viveu «apaixonado pela glória de Deus». «Quer trabalhar sem perder a menor parte de seu tempo». Aproveita as cruzes da vida diária: «Minha maior penitencia, a vida comum». «Quero ser santo sem espera alguma».
Fazia cada coisa em seu momento, e sobrenaturalizando a intenção. Quando há que orar, dizia, ora com todo amor. Quando há que estudar, estuda com toda ilusão. Quando há que praticar esporte, pratica-o com todo entusiasmo. E sempre com mais amor, em cada instante do programa diário, sob o doce olhar maternal da Virgem Maria. Estudava com o olhar posto no futuro apostolado, nas almas que lhe encomendariam.
Meu maior consolo, dizia ao morrer jovem, é não ter quebrado nunca, em minha vida religiosa, regra alguma nem ordem de meus superiores, sabendo, e advertidamente, e o não ter cometido nunca um pecado venial. Alta e robusta mensagem. É patrono dos que se preparam para o sacerdócio. Morreu em 13 de agosto de 1621. Suas últimas palavras foram: Jesus, Maria.
Diferente por completo era o mundo de João Berchmans. Diest é uma cidadezinha sonolenta e esquecida de Flanders, que já conheceu melhores dias….Em 11 de Agosto de 1603 quando João tinha apenas 4 anos a peste negra levou o avô, Adriaan….(p.35-36)….Quando completou 11 anos João fez sua primeira comunhão!
Vocação
Certo dia, durante o verão de 1612, ele disse ao filho mais velho: João, você está com 14 anos: está na hora de se sustentar. Não somos ricos, você terá que desistir dos estudos. A mãe soluçou e João implorou: “Por favor, pai querido, deixe-me estudar. Viverei a pão e água, mas deixe-me ser padre. As duas tias de João vieram em seu socorro…O cônego Van Groenendock pleiteou a causa de João com seu amigo, o Cônego Jan de Froymont…da catedral de Malines, e o encontrou propenso a aceitar João entre seus hóspedes….João era apenas um modesto criado na casa do cônego, mas aceitava esse papel com serenidade.(p.38-39).
Um dia, em agosto de 1616 ele pegou a caneta e o papel e escreveu aos pais: “respeitado pai e querida mãe, faz três ou quatro meses que Nosso Senhor bate á porta do meu coração. Até agora não o abri, mas pouco a pouco percebi que mesmo que eu estudasse, caminhasse, brincasse ou fizesse outra coisa, um único pensamento me perseguia: escolher certo estado de vida. Por isso, decidi me oferecer inteiramente a Cristo e, lutar em seus combates na Companhia de Seus Nome. Só espero que vocês não oponham seus planos ao dEle.
Filho obediente de Cristo e de vocês, João Berchmans.(p.47).
Perseguição
O Sr Berchmans foi aplacado, mas não convencido. Como Dom Ferrante, ele chamou um sacerdote, o padre guardião dos Capuchinhos. Mas João tinha uma reposta adequada para todas as perguntas e dificuldades que ele apresentou. Longe de dissuadi-lo, o guardião incentivou-o: “Não exite garoto, Deus o chama, procure ser um bom Jesuíta.(p.47-48).
João não conseguiu o consentimento irrestrito do pai. O pobre homem disse que deixava o filho livre para fazer o que queria, mas que ele não esperasse nenhuma ajuda. João respondeu em seguida: “Pai, se a roupa que visto me impedisse, eu imediatamente a tiraria e entraria para a Companhia em mangas de camisa. (p.49).
Na Companhia de Jesus
Padre Camillo Gori, encarregado dos juniores, .. disse…Acreditem-me ele é buono, buono buono…muito muito bom. Ou porque gostava de João ou porque todos o consideravam uma nova versão de Luís Gonzaga, designou-lhe o quarto que este último ocupara trinta anos antes.(p.58).
“Este colégio abriga mais de 200 padres e irmãos, quase todos alunos. Eles são de muitas nacionalidades diferentes…contudo, todos estão unidos pelos laços do amor fraterno, como filhos de uma só mãe.(p.58).
A regras de vida de João Berchmans
O perfeito desempenho de seus deveres era sua preocupação predominante…
“Preste atenção ao que faz”… “Ponha todo seu coração e suas energias em tudo que fizer.”… “Minha penitência mais importante é a vida de comunidade”… “Prefiro ser arrasado do que infringir a menor regra.(p.58-59).
Enxergava as rosas e não os espinhos
A bondade e a cortesia do padre-geral; a erudição do padre provincial; a impassibilidade do padre reitor; a deferência a todos por parte do padre Buffalo; O amor e o interesse de padre Piccolomini pelos alunos; o amor a solidão que sente Padre Cornelius…a mansidão e docilidade do irmão Oliva.(p.59).
Doença
O esforço contínuo e a tensão minaram-lhe a saúde…sentia-se tão fraco no sábado, dia 7, que nem conseguiu escrever as suas costumeiras notas breves depois da meditação matinal. Ás 3 da tarde, ele se arrastou até a sala do Reitor e informou-o que estava doente. Cepari ordenou-lhe que fosse para a enfermaria e o enfermeiro mandou-o para a cama. Domingo dia 8, recebeu a comunhão e também a visita do médico, que o encontrou um pouco melhor…dia 9…apareceram sintomas de uma pneumonia incipiente….”Realmente não sei se estou cuidando de um homem ou de um anjo”…disse o enfermeiro….Ao alvorecer da sexta-feira, 13 de agosto de 1621, João apertou o crucifixo nas mãos, juntamente com o terço e o livro de regras…e pediu que recitassem a Litânia de Nossa Senhora.
Deu o último suspiro durante as invocações. “Santa Virgem das Virgens, Mãe Castíssima(p.59-61).

Paixão e Glória – História da Companhia de Jesus em Corpo e Alma. Edições Loyola  - Tomo II.200