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terça-feira, dezembro 28, 2010

Poema da Paz
0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais
0 mistério maior? A morte
0 pior defeito? 0 mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar
A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo
A maior satisfação? 0 dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? 0 amor

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Bento XVI: a Igreja deve fazer a fé resplandecer

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - A Igreja deve fazer resplandecer a fé no amor de Deus, disse Bento XVI, na tradicional audiência aos membros da Cúria Romana e do governo, por ocasião da troca de votos natalícios.


Em seu discurso, pronunciado na manhã de hoje, na Sala Régia do Palácio Apostólico, o Papa quis recordar alguns acontecimentos importantes do ano que já está terminando, incluindo o Sínodo das Igrejas do Oriente Médio.

"Com base no espírito da fé e na sua razoabilidade, o Sínodo desenvolveu um grande conceito do diálogo, do perdão, do acolhimento recíproco; conceito esse, que agora queremos gritar ao mundo", destacou.

E acrescentou: "Assim, as palavras e os pensamentos do Sínodo devem ser um forte brado, dirigido a todas as pessoas com responsabilidade política ou religiosa, para que detenham a cristianofobia; para que se levantem em defesa dos prófugos e dos atribulados e na revitalização do espírito da reconciliação".

Para Bento XVI, "a regeneração só pode vir de uma fé profunda no amor reconciliador de Deus. Fortalecer esta fé, alimentá-la e fazê-la resplandecer é a missão principal da Igreja nesta hora".

Com os ortodoxos

Neste contexto, o Papa recordou sua viagem a Chipre e a inesquecível "hospitalidade da Igreja Ortodoxa, que pudemos experimentar, imensamente agradecidos".

No que diz respeito às relações com os ortodoxos, indicou que, "embora ainda não nos tenha sido concedida a plena comunhão, todavia constatamos com alegria que a forma basilar da Igreja antiga nos une profundamente uns aos outros".

Neste sentido, referiu-se ao "ministério sacramental dos bispos enquanto portador da tradição apostólica, a leitura da Escritura segundo a hermenêutica da Regula fidei, a compreensão da Escritura na unidade multiforme centrada em Cristo, desenvolvida graças à inspiração de Deus e, por fim, a fé na centralidade da Eucaristia na vida da Igreja".

"Assim encontramos ao vivo a riqueza dos ritos da Igreja antiga mesmo dentro da Igreja Católica", destacou, recordando as liturgias com os maronitas e os melquitas, as celebrações em rito latino e os momentos de oração ecumênica com os ortodoxos.

Desejo de paz

No entanto, acrescentou, "vimos também o problema do país dividido". "Tornavam-se visíveis culpas do passado e feridas profundas, mas também o desejo de paz e de comunhão como existiram antes", disse.

Segundo o Papa, "só com o acordo e a compreensão mútua se pode restabelecer a unidade. Preparar a gente para esta atitude de paz é uma missão essencial da pastoral".

Com relação à situação no Oriente Médio, indicou que "nos tumultos dos últimos anos, foi abalada a história de partilha, as tensões e as divisões cresceram, de tal modo que somos testemunhas sempre de novo e com terror de atos de violência nos quais se deixou de respeitar aquilo que para o outro é sagrado, e, pior ainda, desmoronam-se as regras mais elementares da humanidade".

"Na situação atual, os cristãos são a minoria mais oprimida e atormentada", declarou.

Reino Unido

Em seu discurso, o Papa também se referiu à visita pastoral que fez ao Reino Unido de 16 a 19 de setembro.

Exortou a buscar uma contínua conversão à fé em Deus e recordou a beatificação do cardeal John Henry Newman, de quem destacou a conversão "à fé no Deus vivo".

Até o momento dessa conversão, explicou, "Newman pensava como a média dos homens do seu tempo e como a média dos homens também de hoje, que não excluem pura e simplesmente a existência de Deus, mas consideram-na em todo o caso como algo incerto, que não tem qualquer função essencial na própria vida".

"Como verdadeiramente real apresentava-se-lhe, a ele como aos homens do seu e do nosso tempo, o empírico, aquilo que se pode materialmente agarrar."

Em sua conversão, destacou, "Newman reconhece precisamente que as coisas estão ao contrário: Deus e a alma, o próprio ser do homem a nível espiritual constituem aquilo que é verdadeiramente real, aquilo que conta. São muito mais reais que os objetos palpáveis".

Nesse contexto, "aquilo que até então lhe apareceu irreal e secundário, revela-se agora como a realidade verdadeiramente decisiva".

"Onde se dá tal conversão, não é simplesmente um teoria que é mudada; muda a forma fundamental da vida. De tal conversão, todos nós temos incessante necessidade: então estaremos no reto caminho."

Consciência

O Papa recordou depois que "a forma motriz que impelia pelo caminho da conversão era a consciência", mas não em sua concepção moderna, para a qual, "em matéria de moral e de religião, a dimensão subjetiva, o indivíduo, constitui a última instância de decisão".

Segundo esta linha de pensamento, "ao objetivo pertencem as coisas que se podem calcular e verificar através da experiência".

"A religião e a moral se subtraem a estes métodos, são consideradas como âmbito do subjetivo", e neste campo poderia decidir "apenas o indivíduo, com as suas intuições e experiências".

Segundo o Pontífice, a concepção que Newman tinha da consciência era totalmente oposta.

Para ele, de fato, "‘consciência' significa a capacidade de verdade do homem: a capacidade de reconhecer, precisamente nos âmbitos decisivos da sua existência - religião e moral -, uma verdade, a verdade".

"A consciência, a capacidade do homem de reconhecer a verdade, impõe-lhe, ao mesmo tempo, o dever de se encaminhar para a verdade, procurá-la e submeter-se a ela onde quer que a encontre", continuou.

"Consciência é capacidade de verdade e obediência à verdade, que se mostra ao homem que procura de coração aberto."

O de Newman é, portanto, "um caminho da consciência: um caminho não da subjetividade que se afirma, mas, precisamente ao contrário, da obediência à verdade que pouco a pouco se abria para ele".

A conversão de Newman ao catolicismo, prosseguiu o Bispo de Roma, "exigia-lhe o abandono de quase tudo o que lhe era caro e precioso: os seus haveres e a sua profissão, o seu grau acadêmico, os laços familiares e muitos amigos".

"Newman sempre estivera consciente de ter uma missão para a Inglaterra. Mas, na teologia católica do seu tempo, dificilmente podia ser ouvida a sua voz", porque "era demasiado alheia à forma dominante do pensamento teológico e mesmo da devoção".

"Na humildade e na escuridão da obediência, ele teve de esperar até que a sua mensagem fosse utilizada e compreendida."

Responsabilidade comum

Em seu discurso, Bento XVI recordou o encontro que teve com o mundo da cultura no Westminster Hall, "no qual a consciência da responsabilidade comum neste momento histórico suscitou grande atenção, que em última análise se concentrou na questão acerca da verdade e da própria fé".

"Que, neste debate, a Igreja deve prestar a própria contribuição, era evidente para todos", afirmou.

E concluiu esta questão citando Alexis de Tocqueville, quem "observou que, na América, a democracia se tornara possível e funcionara porque existia um consenso moral de base que, ultrapassando as diversas denominações, a todos unia".

"Só se houver tal consenso acerca do essencial é que podem funcionar as constituições e o direito. Este consenso de fundo proveniente do patrimônio cristão está em perigo sempre que no seu lugar, no lugar da razão moral, entra a mera racionalidade dos fins."

"Combater contra esta cegueira da razão e manter-lhe a capacidade de ver o essencial, de ver Deus e o homem, aquilo que é bom e o que é verdadeiro, é o interesse comum que deve unir todos os homens de boa vontade. Está em jogo o futuro do mundo."

terça-feira, dezembro 14, 2010

Catequese do Papa: Juliana de Norwich e o amor divino



Intervenção na audiência geral de hoje


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 1º de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Sala Paulo VI para a audiência geral.

***

Queridos irmãos e irmãs:

Ainda me lembro com muita alegria da viagem apostólica ao Reino Unido, feita em setembro passado. A Inglaterra é uma terra que deu origem a muitas figuras ilustres que, com seu testemunho e seu ensinamento, embelezam a história da Igreja. Uma delas, venerada tanto pela Igreja Católica como pela Comunhão Anglicana, é a mística Juliana de Norwich, de quem eu gostaria de vos falar nesta manhã.

As notícias que temos sobre sua vida - não muitas - são deduzidas principalmente a partir do livro em que esta mulher gentil e piedosa recolheu o conteúdo de suas visões, intitulado "Revelações do Amor Divino". Sabe-se que ela viveu aproximadamente entre 1342 e 1430, anos turbulentos, tanto para a Igreja - dividida pelo cisma após o retorno do Papa de Avinhão a Roma - como para a vida das pessoas, que sofriam as consequências de uma longa guerra entre o reino da Inglaterra e o da França. Deus, porém, mesmo em tempos de tribulação, não deixa de gerar figuras como Juliana de Norwich, para convidar as pessoas à paz, ao amor e à alegria.

Como ela mesma nos narra, em maio 1373, provavelmente no dia 13 daquele mês, foi atingida de repente por uma doença gravíssima que, em três dias, parecia levá-la à morte. Depois de que o sacerdote, que foi até o seu leito, mostrou-lhe o crucifixo, Juliana não só recuperou a saúde imediatamente, senão que depois recebeu dezesseis revelações que registrou por escrito e comentou em seu livro, as "Revelações do Amor Divino".

E foi o próprio Senhor quem, quinze anos depois destes acontecimentos extraordinários, revelou-lhe o sentido as visões. "Queres saber o que o teu Senhor pretendia e conhecer o significado desta revelação? Vê bem: amor é o que Ele pretendia. Quem te revela isso? O amor. Por que te revela isso? Por amor... Assim, aprenderás que o nosso Senhor significa amor" (Juliana de Norwich, "Revelações do Amor Divino", cap. 86, Milão, 1997, p. 320).

Inspirada pelo amor divino, Juliana tomou uma decisão radical. Como uma antiga anacoreta, escolheu viver dentro de uma cela, colocada perto da igreja dedicada a São Juliano, na cidade de Norwich, que naquela época era um grande centro urbano, perto de Londres. Talvez ela tenha adotado o nome de Juliana precisamente por causa do santo ao qual estava dedicada a igreja junto à qual ela viveu por muitos anos, até sua morte.

Poderia nos surpreender e até mesmo nos deixar perplexos esta decisão de viver "reclusa", como se dizia em sua época. Mas ela não foi a única em fazer esta escolha: naqueles séculos, um número considerável de mulheres escolheu esta vida, adotando regras elaboradas especificamente para elas, como a composta por São Elredo de Rievaulx. As eremitas ou "reclusas", em sua cela, dedicavam-se à oração, à meditação e ao estudo. Assim, amadureciam uma fina sensibilidade humana e religiosa, que as fazia ser veneradas pelo povo. Homens e mulheres de todas as idades e condições sociais, que necessitavam de conselho e consolo, procuravam-nas com devoção. Então, não era uma decisão individualista; precisamente esta proximidade com o Senhor, amadureceu nela a capacidade de ser conselheira para muitos, de ajudar os que viviam em dificuldade nesta vida.

Sabemos que Juliana também recebeu visitas frequentes, como testemunha a autobiografia de uma cristã fervorosa do seu tempo, Margery Kempe, que foi a Norwich, em 1413, para receber sugestões sobre a sua vida espiritual. É por isso que, quando Juliana estava viva, era chamada, como está escrito no túmulo que contém seus restos, "Madre Juliana". Ela tinha se tornado uma mãe para muitos.

Mulheres e homens que se retiram para viver em companhia de Deus, precisamente graças a essa decisão sua, adquirem um grande senso de compaixão diante dos sofrimentos e fraquezas dos outros. Amigas e amigos de Deus têm uma sabedoria que o mundo - do qual se afastam - não possui e, gentilmente, a compartilham com aqueles que batem à sua porta. Penso, portanto, com admiração e reconhecimento, nos mosteiros de clausura femininos e masculinos que, agora mais do que nunca, são oásis de paz e esperança, tesouro precioso para a Igreja inteira, em especial para lembrar a primazia de Deus e a importância da oração constante e intensa no caminho da fé.

Foi precisamente na solidão habitada por Deus que Juliana de Norwich escreveu as "Revelações do Amor Divino", que chegaram até nós em duas versões, uma mais curta, provavelmente a mais antiga, e outra mais longa. Este livro contém uma mensagem de otimismo, baseada na certeza de ser amados por Deus e protegidos pela sua Providência. Lemos no livro as seguintes palavras, belíssimas: "Vai com segurança absoluta... porque Deus, mesmo antes de nos criar, amou-nos com um amor que nunca diminuiu e que nunca vai desaparecer. E, nesse amor, Ele fez todas as suas obras; nesse amor, Ele fez que todas as coisas fossem úteis para nós; nesse amor, nossa vida dura para sempre... Nesse amor, temos nosso princípio e veremos tudo isso em Deus sem fim" ("Revelações do Amor Divino", cap. 86, p. 320).

O tema do amor divino volta com frequência nas visões de Juliana de Norwich, quem, com certa ousadia, não hesitou em compará-lo ao amor materno. Esta é uma das mensagens mais características da sua teologia mística. A ternura, a solicitude e a doçura da bondade de Deus para conosco são tão grandes, que nos remetem ao amor de uma mãe pelos seus próprios filhos. Na verdade, os profetas bíblicos às vezes também usaram a linguagem que lembra a ternura, a intensidade e a totalidade do amor de Deus, que se manifesta na criação e em toda a história da salvação e que tem seu ápice na Encarnação do Filho. Deus, no entanto, sempre supera todo o amor humano, como diz o profeta Isaías: "Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!" (Is 49, 15). Juliana de Norwich entendeu a mensagem central para a vida espiritual: Deus é amor e só quando a pessoa se abre a Ele, completamente e com total confiança, e permite que Ele se torne o único guia da existência, tudo se transfigura, encontra-se a verdadeira paz e verdadeira alegria; e a pessoa se torna capaz de difundi esse amor ao seu redor.

Eu gostaria de salientar um outro ponto. O Catecismo da Igreja Católica retoma as palavras de Juliana de Norwich ao expor o ponto de vista da fé católica sobre um tema que continua sendo um desafio para todos os crentes (cf. n. 304-314). Se Deus é sumamente bom e sábio, por que existe o mal e o sofrimento dos inocentes? Também os santos, precisamente os santos, levantaram esta questão. À luz da fé, eles nos dão uma resposta que abre nossos corações à confiança e à esperança: nos misteriosos desígnios da Providência, Deus sabe extrair do mal um bem maior, como escreveu Juliana de Norwich: "Eu aprendi da graça de Deus que devia permanecer firme na fé e, portanto, devia crer firme e plenamente que tudo ia terminar bem..." ("Revelações do Amor Divino", cap. 32, p. 173).

Sim, queridos irmãos e irmãs, as promessas de Deus são sempre maiores do que as nossas esperanças. Se entregarmos a Deus, ao seu imenso amor, os desejos mais puros e mais profundos do nosso coração, nunca seremos decepcionados. "E tudo terminará bem", "tudo será para o bem": esta é a mensagem final que Juliana de Norwich transmite e que também eu vos proponho hoje. Obrigado.

[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]

Queridos irmãos e irmãs:

No ano de 1342, nasceu Juliana de Norwich, santa que é venerada tanto pela Igreja Católica como pela Comunhão Anglicana. Inspirada pelo amor divino, que a ela se manifestou em dezesseis visões, escolheu a vida de anacoreta, totalmente dedicada à oração, à meditação e ao estudo. Vivendo assim na companhia e amizade de Deus, cresceu nela um grande sentido de compaixão pelas tribulações e fraquezas dos outros. Homens e mulheres de todas as idades e condições procuravam devotamente o conselho e o conforto de Juliana; e ela, de viva voz e por escrito, em todos sabia acender o otimismo fundado na certeza de sermos amados por Deus e protegidos pela sua Providência. Se entregarmos a Deus os desejos mais puros e profundos do nosso coração, nunca ficaremos desiludidos; no seu amor, tudo resulta para o nosso maior bem.

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos vós. Da infinidade de coisas - tantas vezes duras - da vida, aprendei a elevar o coração até ao Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade, e vereis que as dores e aflições da vida vos farão menos mal. Com estes votos, desça sobre vós e vossas famílias a minha bênção apostólica.

[Tradução: Aline Banchieri.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Papa pede compreensão para pessoas sozinhas, idosas e doentes


Intenções de oração para o mês de dezembro


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 30 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - Bento XVI pede orações para que se compreendam melhor as situações difíceis dos idosos e doentes, assim como das pessoas que estão sozinhas.

A proposta é feita nas intenções de oração para o mês de dezembro, contida na carta pontifícia confiada ao Apostolado da Oração, iniciativa seguida por cerca de 50 milhões de pessoas nos cinco continentes.

O Bispo de Roma apresenta duas intenções, uma geral e outra missionária.

A intenção geral do Apostolado da Oração do Papa para o mês de dezembro é: "Para que a experiência do sofrimento seja ocasião para compreender as situações difíceis e de dor em que vivem as pessoas sozinhas, os doentes e os idosos, e estimule todos a ir ao encontro deles com generosidade".

A intenção missionária é: "Para que os povos da Terra abram as portas a Cristo e ao seu Evangelho de paz, fraternidade e justiça".

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Intençóes do Santo Padre para o Mês de Dezembro

Nas intenções de oração do Papa Bento XVI para dezembro, o Santo Padre reza por todos que sofrem e para que os povos abram o coração a Cristo

Intenção Geral:

O Papa pede que "a experiência do sofrimento seja ocasião para compreender as situações difíceis e de dor em que vivem as pessoas sozinhas, os doentes e os idosos, e estimule todos a ir ao encontro deles com generosidade".


Intenção Missionária:

Bento XVI reza para "que os povos da Terra abram as portas a Cristo e ao seu Evangelho de paz, fraternidade e justiça".


Advento

O advento é o tempo litúrgico que antecede o Natal.

São quatro semanas nas quais somos convidados a esperar Jesus que vem.

Por isso é um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor.

Nas duas primeiras semanas do advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador.

Nas duas últimas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém.

COROA DO ADVENTO


A Guirlanda ou Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. A
guirlanda é sinal de esperança e vida, simboliza o amor de Deus que nos
envolve, e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o
nascimento do Filho de Deus.

A coroa comporta 4 velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas.

Não há nenhuma norma para a cor das velas.

Podem ser todas brancas ou de diversas cores. Em alguns lugares se usam as cores branca, verde, roxa e rosa.

As velas querem representar as várias etapas da salvação.

Abaixo apresentamos o significado de cada vela do advento.

lº Domingo: o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra mas viverão em Deus.
2º domingo: a fé dos patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida.
3º domingo: a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade.

4º domingo: o ensinamento dos profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias.

As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Todas devem estar acesas pelo Deus que vem.

Deus, a grande luz!

O Filho de Deus está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

quinta-feira, novembro 25, 2010

Meditação de Bento XVI sobre Cristo Rei

Ao rezar o Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 21 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Publicamos as palavras que Bento XVI neste domingo, da janela de seu apartamento, ao rezar o Angelus com os peregrinos.

Queridos irmãos e irmãs:

Acaba de terminar na basílica vaticana a liturgia de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, concelebrada pelos 24 cardeais criados no consistório de ontem. A solenidade de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI, em 1925, e, mais tarde, depois do Vaticano II, colocou-se ao final do ano litúrgico. O Evangelho de São Lucas apresenta, como num grande quadro, a realiza de Jesus no momento da crucifixão. Os chefes do povo e os soldados se escarnecem do “primogênito de toda criatura” (Col 1, 15) e o colocam à prova para ver se tem o poder para se salvar da morte (cf. Lc 23, 35-37). No entanto, “precisamente na cruz, Jesus está à altura de Deus, que é Amor. Ali se lhe pode ‘conhecer’. [...] Jesus nos dá ‘vida’ porque nos dá Deus. Pode-nos dar porque ele mesmo é um com Deus” (Bento XVI, "Jesus de Nazaré", Milão 2007, 399 404). De fato, enquanto o Senhor parece passar desapercebido entre dois malfeitores, um deles, consciente de seus pecados, abre-se à verdade, alcança a fé e implora “ao rei dos judeus”: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23, 42). De quem “é antes de todas as coisas e nele todas subsistem (Col 1, 17), o chamado “bom ladrão” recebe imediatamente o perdão e a alegria de entrar no Reino dos Céus. “Eu te asseguro que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43). Com estas palavras, Jesus, desde o trono da cruz, dá boas.vindas a todos com misericórdia infinita. Santo Ambrósio comenta que “é um bom exemplo de conversão ao que devemos aspirar: muito rápido ao ladrão é concedido perdão, e a graça é mais abundante que o pedido; o Senhor, de fato, diz Santo Ambrósio, sempre concede o que lhe é pedido [...] A vida consiste em estar com Cristo, porque onde está Cristo, ali está o Reino” (Expositio Evangelii secundum Lucam X, 121:.. CCL 14, 379).

Queridos amigos, o caminho do amor, que o Senhor nos revela e nos convida a percorrer, pode-se contemplar inclusive na arte cristã. De fato, antigamente, “na configuração dos edifícios sagrados [...] se fez habitual representar no lado oriental o Senhor que regressa como rei – imagem da esperança –, enquanto que do lado ocidental estava o Juízo final, como imagem da responsabilidade a respeito de nossa vida” (encíclica Spe Salvi, 41): esperança no amor infinito de Deus e compromisso para ordenar nossa vida segundo o amor de Deus. Quando contemplamos as representações de Jesus inspiradas no Novo Testamento, como ensina um antigo Concílio, somos levados a “compreender [...] a sublimidade da humilhação do Verbo de Deus e [...] a recordar sua vida na carne, sua paixão e morte salvífica e a redenção que dela se deriva para o mundo” (Concílio de Trullo [ano 691 ou 692], canon 82). “Sim, necessitamos dela para ser capazes de reconhecer no coração traspassado do Crucificado o mistério de Deus (Joseph Ratzinger, Teologia della liturgia. La fondazione sacramentale dell'esistenza cristiana, LEV, 2010, 69).

Na celebração de sua Apresentação no Templo, encomendamos à Virgem Maria os novos purpurados do Colégio Cardinalício e nossa peregrinação terrena à eternidade.

[Após rezar o Angelus, o Papa dirigiu uma saudação em língua portuguesa:]

Dirijo uma cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente aos brasileiros que vieram participar do Consistório para a Criação de novos Cardeais. Peçamos à Nossa Senhora que interceda junto ao Seu Filho, Rei do Universo, para que esta seja uma ocasião de reafirmar a unidade e a catolicidade da Igreja.

Fonte: ZENIT

terça-feira, novembro 23, 2010

"O grande segredo da felicidade é ser sempre feliz"
buenus

domingo, novembro 14, 2010

O caminho traçado pelo Papa para revalorizar a Palavra na Igreja


Indicações na exortação apostólica do Sínodo dos Bispos sobre o tema


Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 12 de novembro de 2010 – Bento XVI publicou nessa quinta-feira a exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, que recolhe as conclusões da assembleia do Sínodo dos Bispos celebrada no Vaticano em outubro de 2008 com o objetivo de “revalorizar a Palavra divina na vida da Igreja”.

É o que confessa o próprio pontífice neste documento de cerca de 200 páginas, em que se apresentam e explicam as 55 “propostas” que surgiram daquela reunião eclesial centrada na “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.

Na introdução, o Papa deixa muito claro seu objetivo: “Desejo assim indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a actividade eclesial.”

E esclarece os motivos: “Num mundo que frequentemente sente Deus como supérfluo ou alheio, confessamos como Pedro que só Ele tem «palavras de vida eterna». Não existe prioridade maior do que esta: reabrir ao homem actual o acesso a Deus, a Deus que fala e nos comunica o seu amor para que tenhamos vida em abundância” (n. 2).

Questões de fundo

A exortação apostólica constitui uma ajuda decisiva para superar muitos mal-entendidos entre termos como Bíblia, Escritura ou Palavra de Deus. Com clareza, como o fizeram os participantes no sínodo, sublinha que “apesar da fé cristã não ser uma «religião do Livro»: o cristianismo é a «religião da Palavra de Deus», não de «uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo»” (n. 7).

De fato – afirma – “é a Tradição viva da Igreja que nos faz compreender adequadamente a Sagrada Escritura como Palavra de Deus” (n. 17).

Os que buscam respostas sobre o valor da Bíblia para a Igreja descobrirão na leitura do documento que “a Sagrada Escritura é «Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito de Deus». Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor” (n. 19).

Um dos argumentos que mais interesse suscitou no sínodo foi a interpretação ou exegese da Bíblia entre os acadêmicos.

O documento recorda aos exegetas crentes que “jamais devem esquecer que interpretam a Palavra de Deus. A sua tarefa não termina depois que distinguiram as fontes, definiram as formas ou explicaram os processos literários. O objectivo do seu trabalho só está alcançado quando tiverem esclarecido o significado do texto bíblico como Palavra actual de Deus»” (n. 33).

Propostas

Esclarecidas as questões de fundo, que em ocasiões suscitaram debates acirrados entre teólogos e biblistas nas últimas décadas, o Papa passa a apresentar propostas concretas e sobretudo atuais, surgidas do Sínodo da Palavra.

Por exemplo, sublinha “a centralidade dos estudos bíblicos no diálogo ecuménico, que visa a plena expressão da unidade de todos os crentes em Cristo”. Assim, impulsiona “a promoção das traduções comuns da Bíblia faz parte do trabalho ecuménico” (n. 46).

Aborda também a debatida questão das homilias – o sínodo constatou a falta de qualidade de muitas delas –, e pede que “os pregadores tenham familiaridade e contacto assíduo com o texto sagrado; preparem-se para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregarem com convicção e paixão” (n. 59).

Estas propostas do Papa chegam a tocar inclusive questões como a acústica das igrejas, para poder escutar com “maior atenção” a Palavra, assim como o canto litúrgico, que deve ter “uma clara inspiração bíblica” e expressar “a beleza da palavra divina”, recomendando em particular “o canto gregoriano” (n. 70).

O pontífice insiste na necessidade de “uma atenção particular àqueles que, por causa da própria condição, sentem dificuldade em participar activamente na liturgia, como por exemplo os cegos e os surdos” (n. 71).

Considera que a animação bíblica não é um apêndice na vida da Igreja, mas que é necessário voltar a dar o “posto central da Palavra de Deus”, através de uma “animação bíblica de toda a pastoral” (n. 73), em particular, na catequese, para que se converta em um “abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas” (n. 74).

Como era de esperar, propõe em várias ocasiões a leitura orante da Bíblia, conhecida como “Lectio Divina”, pois o Sínodo insistiu repetidamente nesta prática, que “é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva” (n. 87).

Uma sugestão do Papa é ir em peregrinação à Terra Santa, a qual qualifica, como o Sínodo, de “quinto Evangelho” e assinala que, para que os lugares santos não se tornem pedras mortas, “como é importante a existência de comunidades cristãs naqueles lugares, apesar das inúmeras dificuldades (n. 89).

Nova evangelização

O documento, portanto, situa-se na trilha da nova evangelização, prioridade deste pontificado, pois “há muitos irmãos que são batizados mas não suficientemente evangelizados. É frequente ver nações, outrora ricas de fé e de vocações, que vão perdendo a própria identidade, sob a influência de uma cultura secularizada” (n. 96).

Esta nova evangelização – afirma –, passa em boa parte pelo testemunho, pois a Palavra de Deus alcança os homens através do encontro com testemunhas que a tornam presente e viva" (n. 97).

Este testemunho deve tocar todas as dimensões da vida, incluindo o compromisso pela justiça (n. 100), a defesa dos direitos humanos (n. 101), a promoção da paz (n. 102), a salvaguarda da Criação – ecologia bíblica – (n. 108), a presença na internet para que na rede apareça “o rosto de Cristo” (n. 113) e o diálogo inter-religioso (n. 117).

Na internet: Verbum Domini

quarta-feira, novembro 10, 2010

Bento XVI: santidade é imprimir Cristo em si


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 2 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Apresentamos a intervenção que Bento XVI dirigiu nessa segunda-feira, solenidade de Todos os Santos, ao rezar ao meio-dia o Angelus junto aos peregrinos na praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs:

A solenidade de Todos os Santos, que hoje celebramos, convida-nos a elevar o olhar ao Céu e a meditar sobre a plenitude da vida divina que nos espera. “Somos filhos de Deus, e o que seremos ainda não se manifestou” (1 Jo 3, 2): com essas palavras, o apóstolo João nos assegura a realidade de nossa futura relação com Deus, assim como a certeza de nosso destino futuro. Como filhos amados, por esse motivo, recebemos também a graça para suportar as provas desta exigência terrena, a fome e a sede de justiça, as incompreensões, as perseguições (Cf. Mt 5, 3-13), e ao mesmo tempo herdamos já desde agora o que se promete nas bem-aventuranças evangélicas, “nas quais resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura” (Bento XVI, Gesù di Nazaret, Milão 2007, 95). A santidade, imprimir Cristo em si mesmo, é o objetivo da vida do cristão. O beato Antonio Rosmini escreve: "O Verbo se havia impresso nas almas de seus discípulos com seu aspecto sensível... e com suas palavras... tinha dados aos seus esta graça... com a que a alma percebe imediatamente o Verbo” (Antropologia soprannaturale, Roma 1983, 265-266. E nós experimentamos com antecedência o dom da beleza da santidade cada vez que participamos da Liturgia eucarística, em comunhão com a “multidão imensa” dos bem-aventurados, que no Céu aclamam eternamente a salvação de Deus e do Cordeiro (Cf. Apocalipse 7, 9-10). "À vida dos Santos, não pertence somente a sua biografia terrena, mas também o seu viver e agir em Deus depois da morte. Nos Santos, torna-se óbvio como quem caminha para Deus não se afasta dos homens, antes pelo contrário torna-se-lhes verdadeiramente vizinho (Deus caritas est, 42).

Consolados por esta comunhão da grande família dos santos, amanhã comemoraremos todos os fiéis defuntos. A liturgia de 2 de novembro e o piedoso exercício de visitar os cemitérios nos recordam que a morte cristã forma parte do caminho de assimilação a Deus e que desaparecerá quando Deus for tudo em todos. Se bem que a separação dos afetos terrenos é certamente dolorosa, não devemos ter medo dela, porque quando está acompanhada da oração de sufrágio da Igreja, não pode quebrar os profundos laços que nos unem em Cristo. Nesse sentido, São Gregório de Nisa afirmava: “Quem criou tudo com sabedoria, deu esta disposição dolorosa como instrumento de libertação do mal e possibilidade para participar nos bens esperados (De mortuis oratio, IX, 1, Leiden 1967, 68).


Queridos amigos, a eternidade não é “uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade” (Spe Salvi, 12) do ser, da verdade, do amor. Encomendemos à Virgem Maria, guia segura para a santidade, nossa peregrinação para a pátria celestial, enquanto invocamos sua maternal intercessão pelo descanso eterno de todos os nossos irmãos e irmãs que dormiram na esperança da ressurreição.

Traduzido por ZENIT

domingo, novembro 07, 2010

Bento XVI à Europa: “Deus não é inimigo do homem”


“É necessário que Deus volte a ressoar alegremente sob o céu da Europa”


SANTIAGO DE COMPOSTELA, domingo, 7 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - "A Europa deve abrir-se a Deus, ir ao seu encontro sem medo": esta é a grande mensagem lançada pelo Papa Bento XVI na viagem a Santiago de Compostela, evocando novamente o "Europa, seja você mesma", de João Paulo II, neste mesmo lugar, há 18 anos.

Diante das 7 mil pessoas que puderam estar na Plaza del Obradoiro e das milhares que puderam acompanhar a celebração através dos telões espalhados em vários pontos da cidade, o Papa quis recordar que Deus "não é o inimigo do homem".

"É uma tragédia que, na Europa, sobretudo no século XIX, se afirmasse e divulgasse a convicção de que Deus é o antagonista do homem e o inimigo da sua liberdade."

"Deus é a origem do nosso ser, alicerce e cume da nossa liberdade, não seu opoente - sublinhou o Papa. Como é possível que se tenha feito silêncio público sobre a realidade primeira e essencial da vida humana?"

"Os homens não podem viver na escuridão, sem ver a luz do sol. E, então, como é possível que se negue a Deus, sol das inteligências, força das vontades e ímã dos nossos corações, o direito de propor essa luz que dissipa todas as trevas?", perguntou-se o Papa.

Frente a um paganismo que propugna uma visão de um Deus invejoso e contrário ao homem, afirmou, "é necessário que Deus volte a ressoar alegremente sob o céu da Europa".

É necessário também que o nome de Deus, "essa palavra santa, não seja jamais pronunciada em vão; que não se perverta, fazendo-a servir a fins que lhe são impróprios".

"É preciso que seja proferida santamente. É necessário que a percebamos assim na vida de cada dia, no silêncio do trabalho, no amor fraterno e nas dificuldades que os anos trazem consigo."

Nova evangelização

Por isso, o Papa sublinhou que "a contribuição específica e fundamental da Igreja para essa Europa, que percorreu no último meio século um caminho rumo a novas configurações e projetos", é "que Deus existe e que é Ele quem nos deu a vida".

"Somente Ele é absoluto, amor fiel e indeclinável, meta infinita que se transluz detrás de todos os bens, verdades e belezas admiráveis deste mundo; admiráveis, mas insuficientes para o coração do homem."

A Europa, acrescentou o Papa, "deve abrir-se a Deus, ir ao seu encontro sem medo, trabalhar com sua graça por aquela dignidade do homem que haviam descoberto as melhores tradições: além da bíblica, fundamental nesta ordem, também as de época clássica, medieval e moderna, das quais nasceram as grandes criações filosóficas e literárias, culturais e sociais da Europa".

A cruz dos caminhos de Santiago, afirmou, "supremo sinal do amor levado até o extremo, e por isso dom e perdão ao mesmo tempo, deve ser nossa estrela orientadora na noite do tempo".

"Não deixeis de aprender as lições desse Cristo das encruzilhadas dos caminhos e da vida, nas quais Deus vem ao nosso encontro como amigo, pai e guia."

"Ó cruz bendita, brilhai sempre nas terras da Europa!", exclamou Bento XVI.

A seguir, o Papa quis advertir a Europa sobre o perigo de viver de costas para Deus.

"Permiti que eu proclame daqui a glória do homem; que advirta sobre as ameaças à sua dignidade pela espoliação dos seus valores e riquezas originais, pela marginalização ou a morte infligidas aos mais fracos e pobres - afirmou. Não se pode dar culto a Deus sem velar pelo homem, seu filho, e não se serve o homem sem perguntar-se quem é seu Pai e responder à pergunta por ele."

"A Europa da ciência e das tecnologias, a Europa da civilização e da cultura, tem que ser, ao mesmo tempo, a Europa aberta à transcendência e à fraternidade com outros continentes, ao Deus vivo e verdadeiro, a partir do homem vivo e verdadeiro."

"Isso é o que a Igreja deseja oferecer à Europa: velar por Deus e velar pelo homem, a partir da compreensão que de ambos nos é oferecida em Jesus Cristo", disse o Papa.

Por isso, convidou os cristãos a "seguir o exemplo dos apóstolos, conhecendo o Senhor cada dia mais e dando um testemunho claro e valente do seu Evangelho".

"Não existe maior tesouro que possamos oferecer aos nossos contemporâneos", sublinhou Bento XVI aos presentes.

Espírito de serviço

Para os discípulos que querem seguir e imitar Cristo, afirmou, "servir os irmãos já não é uma mera opção, mas parte essencial do seu ser".

O serviço que os cristãos estão chamados a dar "não se mede pelos critérios mundanos do imediato, do material e do vistoso, mas porque se faz presente o amor de Deus a todos os homens e em todas as suas dimensões, e dá testemunho d'Ele, inclusive com os gestos mais simples".

O Pontífice se dirigiu especialmente aos jovens, convidando-os a seguir este caminho, "para que, renunciando a um modo de pensar egoísta, de curto alcance, como tantas vezes vos propõem, e assumindo o de Jesus, possais realizar-vos plenamente e ser semente de esperança".

Também se dirigiu aos "chefes dos povos", recordando que, "onde não há entrega aos demais, surgem formas de prepotência e exploração que não dão espaço para uma autêntica promoção humana integral".

"Isso é o que nos recorda também a celebração deste Ano Santo Compostelano. E isso é o que, no segredo do coração, sabendo-o explicitamente ou sentindo-o sem saber expressá-lo com palavras, vivem tantos peregrinos que caminham a Santiago de Compostela para abraçar o Apóstolo."

(Inma Álvarez)

Fonte: Zenit

segunda-feira, novembro 01, 2010

Finados é dia de reflexão, de saudade e esperança

O dia de finados, é dia de reflexão, de saudade e de esperança.

A morte é ainda assunto-tabu, recalcado, silenciado. Preferimos viver como se a morte não existisse. Mas, na sociedade atual a morte é também trivializada com as guerras, calamidades, eutanásia, aborto, acidentes com auxílio da mídia. Há os que preferem fazer da morte uma experiência soft, é a “morte-soft”, relegada aos hospitais, funerárias e religiões. Aí a morte é maquiada, relativizada pelas instituições, chamada também de “morte digna”. Muitos de nós vivemos uma “vida inautêntica”, uma existência falsa porque não nos permitimos refletir e aceitar a morte.

A dura realidade é que a morte faz parte da vida, é o fim do curso vital, é uma invenção da própria vida em sua evolução. Morrer é uma experiência profundamente humana. Aliás, é a morte que confere um certo gosto e encanto à vida, pois se tudo fosse indefinidamente repetível, a vida se tornaria indiferente, insossa e até desesperadora. E então, a morte é um bem, uma manifestação da sabedoria do Criador. “Nada mais horrível que um eterno-retorno” (Sto Agostinho). Vemos assim que a morte não se opõe à vida, mas ao nascimento. A vida humana será sempre uma “vida mortal”, só na eternidade teremos uma “vida vital”.

Para os que crêem na eternidade, a morte é porta de entrada da vida, o acesso a uma realidade superior, a posse da plenitude. Assim a morte é um ganho, verdadeira libertação, uma bênção que livra a vida do tédio. Porém, do ponto de vista racional ou filosófico, a morte repugna. Budha escreveu: “O homem comum pensa com indiferença na morte de um estranho, com tristeza na morte de um parente e com horror na própria morte”. Outro pensador, Epiteto, disse: “Quando morre o filho ou a mulher do próximo, todos dizem: é a lei da humanidade. Mas, quando morre o próprio filho ou a própria mulher, o que se ouve são gemidos, gritos e lágrimas”.

A ressurreição de Jesus trouxe uma revolução em relação à morte, transformou o “poente em nascente”, Cristo “matou a morte”. Bem escreveu o poeta Turoldo: “morrer é sentir quanto é forte o abraço de Deus”. O fim transforma-se em começo e acontece um segundo nascimento, a ressurreição. “Então, descansaremos e veremos. Veremos e amaremos. Amaremos e louvaremos. Eis o que haverá no Fim que não terá fim” (Sto Agostinho). A fé nos garante que a morte não é uma aniquilação da vida, mas uma transformação. O homem vive para além da morte. Não precisa reencarnar. Creio na ressurreição da carne e no mundo que há de vir. A morte será então a maior festa da vida porque com ela dá-se o início da plena realização da pessoa humana. Habitaremos com Deus com um corpo incorruptível, espiritual e glorioso.

Com Santa Terezinha, todo cristão pode dizer: “Não morro, entro na vida”. A morte não é apenas um fim, ela é também e principalmente um começo. É o início do dia sem ocaso, da eternidade, da plenitude da vida. A vida é imortal espiritualmente falando. Na morte chegamos a ser plenamente “ Teu rosto Senhor é nossa pátria definitiva”. No céu veremos, amaremos, louvaremos, diz Santo Agostinho. A participação na vida divina faz brotar em nossos corações, assombro e gratidão. Sem fé, porém a morte é absurdo, inimigo, derrota, ameaça, humilhação, tragédia, vazio, nada. Na fé, a morte é irmã, é condição para mais vida, é coroamento e consumação; é revelação e glória do bem.

Por fim, a morte tem um valor educativo: ensina o desapego da propriedade privada, iguala e nivela todas as classes sociais, relativiza a ambição e ganância, ensina a fraternidade universal na fragilidade da vida, convida à procriação para eternizar a vida biológica, rompe o apego a circuito fechado entre as pessoas mesmo no matrimônio, leva ao supremo conhecimento de si e oportuniza a decisão máxima e a opção fundamental da pessoa.

Para morrer bem, é preciso viver fazendo o bem: “levaremos a vida que levamos”. O bem é o passaporte para a eternidade feliz e o irmão que ajudamos será o avalista de nossa glória no céu: “Vinde benditos”.

Dom Girônimo Zanandréa

Amanhã pode ser tarde...

Ontem?...Isso faz tempo!...
Amanhã?...Não nos cabe saber...
Amanhã pode ser muito tarde, para você dizer que ama,
Para você dizer que perdoa, para você dizer que desculpa,
Para você dizer que quer tentar de novo...
Amanhã pode ser muito tarde.
Para você pedir perdão,...
Para você dizer: Desculpe-me, o erro foi meu!...
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços;
Porque amanhã pode ser muito... Muito tarde!
Não deixe pra amanhã para dizer: Eu te amo!
Estou com saudades de você!
Perdoe-me! Desculpe-me!
Esta flor é pra você!
Você está tão bem!
Não deixe para amanhã o seu sorriso, o seu abraço, o seu carinho, o seu trabalho, o seu sonho, a sua ajuda...
Não deixe pra amanhã para perguntar: Por que você está triste?
O que há com você?
Hei... Venha cá, vamos conversar.
Cadê o seu sorriso? Ainda tenho chance?

Já percebeu que eu existo? Porque não começamos de novo?

Estou com você. Sabe que pode contar comigo? Cadê seus sonhos? Onde está a sua garra?

Lembre-se: Amanhã pode ser tarde... Muito tarde!

Amanhã, o seu amor pode não ser preciso; O seu sorriso pode não ser mais preciso; O seu amor pode ter encontrado outro amor; O seu presente pode chegar muito tarde; O seu reconhecimento pode não ser recebido com o mesmo entusiasmo!

Procure. Vá atrás! Insista! Tente mais uma vez!

(Desconheço Autoria)

“De fato, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo”

(Mat. 9, 25)

Igreja Católica Apostólica Romana

Rezemos pelas almas dos nossos entes queridos

sábado, outubro 30, 2010

Atravessando a cidade

Uma das expressões que o Evangelho de hoje utiliza parece-me de um grande valor significativo: Jesus estava “atravessando a cidade” de Jericó. Anos, decênios, séculos, milênios atrás, outro Jesus atravessou Jericó. Refiro-me a Josué. Sabe-se que a palavra Jesus é a transcrição grega da palavra Yeschowah, que significa “O Senhor (Javé) é o Salvador”. Os nomes de Jesus e de Josué são, portanto, o mesmo nome.

A narração da conquista de Jericó é grandiloquente. A arca do Senhor presidia aquela imponente procissão, sete sacerdotes tocavam as trombetas diante da arca e, diante dos sacerdotes, um exército em ordem de batalha. Durante seis dias, o Povo de Deus dava uma volta ao redor de Jericó; no sétimo dia, porém, sete voltas, toque de trombetas, gritos do povo e muralha ao chão. Jericó já estava derrotada! A Sagrada Escritura no diz que eles “tomaram a cidade e votaram-na ao interdito, passando a fio de espada tudo o que nela se encontrava, homens, mulheres, crianças, velhos e até mesmo os bois, as ovelhas e os jumentos” (Js 6,21). Barbaridade!

No Novo Testamento, o Novo Josué não tinha como objetivo destruir os muros de Jericó, o que Jesus queria era derrubar os muros do coração de Zaqueu que, por contraste, “era de baixa estatura” (Lc 19,3). Ademais, Zaqueu não pôs resistência ao chamado de Jesus. Zaqueu era uma dessas pessoas que podemos chamar “um homem de boa vontade”: ele queria ver a Jesus; rico como era, fez o esforço de subir a um sicômoro para ver a um profeta; quando Jesus o chamou, esse bom homem não só aceita com toda alegria que Jesus entre na sua casa, mas é tão generoso que ao descobrir o tesouro da amizade de Jesus, relativiza totalmente aquilo que ele tanto desejou e conquistou durante a sua vida, dinheiro. Jesus votou o coração de Zaqueu ao interdito, passando a fio de espada os vícios que nele se encontrava.

Deixemos que Jesus passe pelas nossas vidas. Ele não quer entrar na nossa cidade interior como entrou Josué em Jericó, mas à semelhança do que aconteceu com Zaqueu. Tanto é assim que se nós não deixarmos cair as muralhas do nosso coração, ele não entrará. Talvez em algum momento também nós, os cristãos, desejamos que Jesus atue à maneira antiga de pensar: forçando aos pobres mortais a dobrarem os joelhos diante dele, a reconhecerem que só há um Deus e que devem abandonar a sua vida de pecado; obrigando a que todos o sirvam; obrigando a que o mundo seja mais justo, mais solidário, mais fraterno; que ele não permita jamais um terremoto, um furacão ou uma enchente destruidora das melhores colheitas; que ele não deixe, por nada do mundo, que tenhamos enfermidades, guerras, matanças, fome, bombas atômicas, drogas etc. Gostaríamos que Deus fosse mais autoritário, mais forte, mais rigoroso, que resolvesse de uma vez por todas os graves problemas da humanidade. Até parece que gostaríamos que Deus suprimisse para sempre a nossa liberdade, a nossa capacidade de fazer o bem e fazer o mal, de que nos transformasse em meros robôs e que o mundo fosse uma espécie de jogo de videogame onde Deus, como é inteligente, sempre ganha a batalha. Mas… como seria triste! Nós, criaturas inteligentes e com uma capacidade enorme de amar, transformados em máquinas! Não! Deus não quis que fosse assim, não quis que fôssemos como pedras ou madeiras. Ele nos amou e o seu amor foi a causa da nossa existência. Deus nos fez à sua imagem e semelhança para que – inteligentes, criativos, com vontade e memória, cheios da sua graça – pudéssemos embelezar esse mundo e a vida dos nossos irmãos.

Permitamos, portanto, que Jesus passe ao seu estilo, com a sua mansidão, bondade e generosidade, contando conosco para que lhe ofereçamos um banquete e sejamos amáveis com os nossos semelhantes. Ele também quer escutar aquilo que queremos – voluntariamente e movidos por sua graça – dizer-lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo” (Lc 19,8). A resposta de Jesus? É a mesma: “Hoje entrou a salvação nesta casa” (Lc 19,9). A partir desse momento, veremos de outra maneira a respiração da terra durante os seus imponentes vulcões; a confiança que Deus tem no ser humano ao fazê-lo livre; a grandeza da liberdade humana que pode dirigir-se tanto ao bem quanto ao mal. Ah, e não nos esqueçamos de que também é bom aceitar os limites da nossa inteligência humana à hora de tentar compreender os mistérios da natureza, da graça e da glória. Deus é sábio, entreguemo-nos a ele. Sem dúvida, quanto mais estivermos nas suas mãos, mais entenderemos quais são os seus planos para o mundo, para a humanidade e para a nossa própria vida. Somente quem está insertado na vida de Deus pode entender o que pode vir a ser a vida dos homens.

Pe. Françoá Costa

quarta-feira, outubro 27, 2010

OS DEZ MANDAMENTOS

Êxodo 20, 2-17

Deuteronómio 5, 6-21

Fórmula Catequética

Eu sou o Senhor teu Deus,
Que te tirei da terra do Egipto,
dessa casa da escravidão.

Não terás outros deuses perante Mim.
Não farás de ti nenhuma imagem esculpida,
nem figura que existe lá no alto do céu ou cá em baixo na terra
ou nas águas debaixo da terra.
Não te prostrarás diante delas
nem lhes prestarás culto porque eu,
o Senhor teu Deus, sou um Deus cios:
castigo a ofensa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração
daqueles que Me ofendem;
mas uso de misericórdia até à milésima geração
com aqueles que Me amam
e guardam os meus mandamentos.

Eu sou o Senhor teu Deus,
que te fiz tirei da terra do Egipto dessa da casa da escravidão.

Não terás outros deuses diante de Mim...

Primeiro: Adorar a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas.

Não invocarás em vão
o Nome do Senhor teu Deus,
porque o Senhor não deixa sem castigo
quem invocar o seu Nome em vão.

Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus...

Segundo: Não invocar o santo nome de Deus em vão.

Lembrar-te do dia do Sábado
para o santificar.
Durante seis dias trabalharás
e farás todos os trabalhos.
Mas o sétimo dia é sábado do Senhor teu Deus.
Não farás nele nenhum trabalho,
nem tu, nem teu filho ou tua filha,
nem o teu servo nem a tua serva,
nem o teu gado, nem o estrangeiro que vive em tua cidade.
Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra,
o mar e tudo o que eles contêm:
mas ao sétimo diz descansou.
Por isso o Senhor abençoou
o dia de sábado e o consagrou.

Guarda o dia do sábado para o santificar

Terceiro: Santificar os domingos e festas de guarda.

Honra pai mãe,
a fim de prolongares os teus dias
na terra que o Senhor teu Deus te vai dar.

Honra teu pai e tua mãe...

Quarto: Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).

Não matarás.

Não matarás.

Quinto: Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).

Não cometerás adultério.

Não cometerás adultério.

Sexto: Guardar castidade nas palavras e nas obras.

Não roubarás.

Não roubarás.

Sétimo: Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).

Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.

Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.

Oitavo: Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo).

Não cobiçarás a casa do teu próximo.

Nono: Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.

Não desejarás a mulher do próximo, nem o seu servo nem a sua serva,
o seu boi ou o seu jumento, nem nada que lhe pertença.

Não desejarás a mulher do teu próximo;

Não cobiçarás ... nada que pertença ao teu próximo.

Décimo: Não cobiçar as coisas alheias.

Estes dez mandamentos resumem-se em dois que são:

Amar a Deus sobre todas as coisas,
e ao próximo como a nós mesmos.

Fonte: vatican.va

Brasil: Irmã Dulce será beatificada


Cardeal Geraldo Agnelo fez o anúncio em Salvador


SALVADOR, quarta-feira, 27 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – O arcebispo de Salvador (nordeste do Brasil), cardeal Geraldo Majella Agnelo, anunciou na manhã desta quarta-feira que a Irmã Dulce será beatificada em breve.

Segundo informa a arquidiocese, o pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador. O cardeal informou que até o fim do ano encerra o processo e será conhecida a data da cerimônia de beatificação.

De acordo com o arcebispo, uma comissão científica da Santa Sé aprovou esta semana um milagre atribuído à religiosa, fato decisivo no processo de beatificação.

Segundo Dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização.

“Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela [Irmã Dulce]; aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores.”

A causa da beatificação da religiosa brasileira foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio Dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação das Causas dos Santos.

Irmã Dulce, natural de Salvador, faleceu em 1992, aos 78 anos. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, desenvolveu uma vasta obra assistencial em favor dos mais pobres, especialmente no campo da saúde. Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Em 1991, já no leito de morte, recebeu a visita do Papa João Paulo II, em sua segunda viagem ao Brasil.

segunda-feira, outubro 25, 2010

A OBRA DO AMOR INFINITO, CONVIDA A TODOS OS AMIGOS E AMIGAS DE BATÂNIA A VISITA NA PARÓQUIA SANTISSIMA TRINDADE, NO BAIRRO JANDAIA, NO DIA O6 DE NOVEMBRO DO CORRENTE ANO, APARTIR DAS 14:30 HS.
CONTAMOS COM SUA PRESENÇA...
PARA QUE SEJAMOS UM!
PARA SEMPRE...

Diác. Agnaldo Bueno

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANA GALVÃO

Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. Foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007.

Biografia

O pai, Antônio Galvão de França, nascido em Portugal, era o capitão-mor da vila. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas".
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José.
Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro.
Estátua do frade em sua cidade natal, GuaratinguetáA 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes.
Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de março de 1766.
Terminados os estudos foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Em 1769-70 foi designado confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo.

Fundação de Novo Recolhimento

Neste Recolhimento encontrou Irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento. Frei Galvão, ouvindo também o parecer de outras pessoas, considerou válidas essas visões. No dia 2 de fevereiro de 1774 foi oficialmente fundado o novo Recolhimento e Frei Galvão era o seu fundador.
Em 23 de fevereiro de 1775, um ano após a fundação, Madre Helena morreu repentinamente. Frei Galvão tornou-se o único sustentáculo das Recolhidas. Enquanto isso, o novo capitão-general da capitania de São Paulo retirou a permissão e ordenou o fechamento do Recolhimento. Fazia isso para opor-se ao seu predecessor, que havia promovido a fundação. Frei Galvão foi obrigado a aceitar e também as recolhidas obedeceram, mas não deixaram a casa e resistiram. Depois de um mês, graças a pressão do povo e do Bispo, o recolhimento foi aberto.
Devido ao grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante catorze anos cuidou dessa nova construção (1774-1788) e outros catorze para a construção da igreja (1788-1802), inaugurada aos 15 de agosto de 1802. Frei Galvão foi arquiteto, mestre de obras e até mesmo pedreiro. A obra, hoje o Mosteiro da Luz, foi declarada "Patrimônio Cultural da Humanidade" pela UNESCO.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatuto, excelente guia de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personalidade.
Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar para realizar outras funções, mas tanto o povo e as Recolhidas, como o bispo, e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não saísse da cidade. Diz uma carta do "Senado da Câmara de São Paulo" ao Provincial (superior) de Frei Galvão: "Este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acorrem a pedir-lho; é homem da paz e da caridade".
Frei Galvão viajava constantemente pela capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé, não usava cavalos nem a liteira levada por escravos. Vilas distantes sessenta quilômetros ou mais, municípios do litoral, ou mesmo viajando para o Rio de Janeiro, enfim, não havia obstáculos para o seu zelo apostólico. Por onde passava as multidões acorriam. Ele era alto e forte, de trato muito amável, recebendo a todos com grande caridade.


Diác. Agnaldo Bueno / http://www.saofreigalvao.com/

sábado, outubro 23, 2010

Meditação para o mês de Outubro de 2010

Fala-nos Madre Luísa Margarida...

Madre Luisa - O Amor Infinito (28 de outubro de 1901)

<... Fechada na minha alma com Ele sozinho, eu o adorava e esquecia tudo, e Ele, Jesus, o único Deus e Homem, com uma incomparável ternura, descobrindo-me a chaga de amor de seu sagrado lado, me disse: “como a mãe amamenta seu pequeno com sua própria substância, assim eu quero te alimentar com meu sangue e minha divindade.

E pousando meus lábios – meu Deus, como eu pude ousar? - Sim eu pousei meus lábios naquela chaga sangrenta e fiquei lá, alimentando-me de amor, numa indivisível paz.

Eu via, adorava, amava, via Deus, grande, imenso, altíssimo, e muito em baixo a pobre criatura pecadora, átomo, nada. E via o Amor, o Amor Infinito que em Jesus enchia o abismo e aproximava as distâncias.

E Jesus, o termo vivente desta aproximação, Jesus abraço vivente da divindade com a humanidade, Jesus de mim, eu de Jesus!>

Diário Intimo: nº 24 pag.: 44 - 45

Reflexões:

1 – Como esta a minha alma perante o grande Jesus Amor Infinito? Nos momentos de alegria e tristeza.

2 – Eu tenho adorado a Jesus Eucarístico? Tenho reconhecido o Amor de Deus por mim?

3 – Como está Jesus em mim e eu em Jesus? Como esta meu amor ao Amor Infinito? Como estou e o que estou a fazer pela Obra?

Diác. Agnaldo Bueno