Sacerdócio, dom de Deus oculto em “vasos de barro”
Pe. Federico Lombardi, no editoral de "Octava Dies"
Os casos de abuso de menores por membros do clero serviram para mostrar que o sacerdócio é um dom de Deus "escondido em vasos de barro", segundo o ensinamento de Bento XVI. Foi o que explicou o Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, no editorial do último número do Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano.
"A conclusão do Ano Sacerdotal - comentou o sacerdote jesuíta - constitui uma verdadeira festa dos sacerdotes de todo o mundo com o Papa. Os 10 mil que compareceram a Roma representaram muitíssimos outros que com eles partilham dos mesmos sentimentos. Uma festa na fé e na oração."
"O Papa - continuou - foi muito claro ao nos conclamar com vigor a reconhecer no sacerdócio não uma profissão, mas um dom de Deus, de um Deus que confia a si mesmo ‘com audácia' aos seres humanos, para que profiram suas palavras de perdão e o façam presente no mundo com seu Corpo e seu Sangue."
"O Papa - prossegue o Pe. Lombardi - observou que os escândalos dos abusos sexuais perpetrados por sacerdotes tornaram ainda mais evidente que o dom de Deus do sacerdócio se esconde em ‘vasos de barro' - como disse São Paulo - e que deve, portando, ser reconhecido como um dom e não uma glória humana, e deve ser acolhido com humildade e coragem, custodiado com empenho, pedindo pela proteção de Deus para que não seja distorcido pelo pecado e que abusos semelhantes jamais voltem a ocorrer. Gratidão, humildade, confiança, numa perspectiva de fé."
"A Igreja não pode viver sem o dom do sacerdócio. É preciso pedi-lo a Deus com intensidade e insistência. A imagem da adoração noturna na Praça de São Pedro deve continuar nos acompanhando", concluiu o porta-voz.
Diác. Agnaldo Bueno \ zenit
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