A medida da felicidade no Céu é a medida da nossa pureza! Deixar que Deus me purifique! (26 de setembro de 1895)
«Após a comunhão eu rezava pela salvação duma alma. Nosso Senhor me fez ver, como me parece, que muitas almas eram salvas, e que encontraram no Céu a paz e o repouso, elas porém só imperfeitamente se regozijavam na visão de Deus; isto é, o viam dum jeito mais fraco e menos luminoso; a íntima união da alma com Deus, os divinos arrebatamentos do amor e as inefáveis delícias da possessão de Deus estavam sendo concedidas na medida da pureza, do amor e dos desejos que a alma teve na terra!
Por isso é preciso se esforçar no crescimento do conhecimento de Deus; não do conhecimento especulativo e somente teórico, mas no conhecimento afetivo e prático, pois o conhecimento de Deus produz o amor, o amor excita o desejo, e o desejo e o amor operam a pureza. Mais a alma terá amado a Deus, mais terá desejado possuí-Io, mais ela se terá purificado, mais ainda se regozijará dos bens que estão n'Ele!
Será então como um retomo da alma no seu princípio, uma assimilação da alma por parte da Divindade de onde a mesma alma procede: o que provocará de um e de outro lado incompreensíveis delícias.
Esta visão me deu um ardente desejo de aumentar em mim este pequeno amor que eu tenho para meu Deus, mas eu sinto que Ele me quer mais passiva do que ativa no amor; mais livre em receber, do que ativa em doar, tanto mais que o que eu poderia dar seria um nada e não poderá satisfazer a Deus, enquanto Ele põe sua alegria em derramar nas almas o que nele abunda.
Amar a Deus, que doçura! Deixar-se amar por Ele é às vezes áspero à natureza, mas Deus tem maior prazer em amar do que em ser amado. É preciso dar esta alegria a Deus de deixar-se amar por Ele e de estar imóvel nos seus braços, prontos a receber tudo, a fazer tudo, a sofrer tudo!»
Diário Intimo n° 15, pag 32 e 33
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