
Os padres não são “anjos”, não são santos canonizados, mas tem que ser, necessariamente, em função de sua consagração, homens que busquem diariamente uma crescente intimidade com o Senhor, intimidade que se reflita nas menores atitudes do cotidiano, como sinal orientador para os fiéis em sua busca de Deus. São homens chamados pelo Senhor e por Ele ungidos para encorajar, pelo seu testemunho de vida, o rebanho a eles confiado a trilhar com firmeza os caminhos do Evangelho.
No “carrefour” desta modernidade paganizada e seduzida pela cultura do prazer e da auto-suficiência, os sacerdotes precisam sinalizar, com transparência e nitidez, toda a força da Doutrina de Jesus Cristo, proposta com solidez pelo Magistério da Igreja, especialmente pelo Magistério do Bispo de Roma, o Santo Padre o Papa.
A complexidade dos problemas humanos de hoje, o subjetivismo exarcebado, a idolatria de uma Ciência que pretende substituir Deus no coração e na vida das pessoas, estão exigindo uma postura sensata e firme no testemunho de vida e na pregação dos sacerdotes. Para tanto, duas fontes são colocadas pelo Senhor na vida dos sacerdotes: primeiramente a vivência do Mistério da Eucaristía, celebrada com zelo e unção, assiduamente, mergulhando nela toda a sua realidade humana, frágil, de homem pecador, mas que crê no amor de seu Senhor e Mestre e busca ouvir sua voz em todos os momentos de sua vida. Esta dimensão eucarística deve ser a marca identificadora de todo o seu pastoreio, de todo o seu ser e agir sacerdotal.
A segunda fonte inspiradora para os sacerdotes, é justamente a “fidelidade” ao Senhor, através da fidelidade integral e obediencial ao Magistério da Igreja e aos ensinamentos e orientações do Bispo de Roma, o Santo Padre o Papa, hoje Bento XVI.
Na abordagem dos modernos problemas, na orientação das consciências, é de máxima importância que os sacerdotes expressem sua inteira concordância com a Doutrina Católica e sua adesão aos princípios da verdade revelada. Nada mais trágico em termos de caminho e vida para a Igreja e o Povo de Deus do que o triste espetáculo de sacerdotes que se posicionam publicamente em confronto com as diretrizes do Santo Padre ou com os princípios da Sã Doutrina.
Eis porque, durante este Ano Sacerdotal toda a nossa Comunidade Católica é convidada a orar intensamente pelos nossos sacerdotes, bem como é convidada, a se informar através dos textos e documentos da Igreja a respeito da natureza e dimensões espirituais do ministério sacerdotal católico.
Que a Santíssima Virgem Maria, Mãe dos sacerdotes nos encoraje neste itinerário para que não faltem ao Povo de Deus santos e ungidos pastores, que estarão na origem de santas e autênticas vocações sacerdotais.
+ D. Fr. Alano Maria Pena OP - Arcebispo Metropolitano de Niterói
Sem. Agnaldo Bueno / http://www.presbiteros.com.br/
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