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domingo, janeiro 30, 2011

SÃO JOÃO BOSCO


é um dos Santos mais populares da Igreja e do mundo. Foi sua missão específica a educação cristã da juventude, num tempo em que essa porção da sociedade humana começava a ser atacada por novos e perigosos inimigos.
Para o desempenho da sua missão salvadora, jamais o Céu lhe faltou com extraordinários dotes humanos e sobrenaturais.

João Bosco nasceu no Colle dos Becchi, no Piemonte, Itália, uma localidade junto de Castelnuovo de Asti (agora chama-se Castelnuovo Dom Bosco) a 16 de agosto de 1815. Era filho de humilde família de camponeses. Órfão de pai aos dois anos, viveu sua mocidade e fez os primeiros estudos no meio de inumeráveis trabalhos e dificuldades. Desde os mais tenros anos sentiu-se impelido para o apostolado entre os companheiros. Sua mãe, que era analfabeta, mas rica de sabedoria cristã, com a palavra e com o exemplo animava-o no seu desejo de crescer virtuoso aos olhos de Deus e dos homens.

Mesmo diante de todas as dificuldades, João Bosco nunca desistiu. Durante um tempo foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Prestou toda a espécie de serviços. Foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.
Queria vivamente ser sacerdote. Dizia: "Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles". A Divina Providência atendeu os seus anseios. Em 1835 entrou para o seminário de Chieri.
Ordenado Sacerdote a 5 de junho de 1841, principiou logo a dar provas do seu zelo apostólico, sob a direção de São José Cafasso, seu confessor. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou o seu apostolado juvenil em Turim, catequizando um humilde rapaz de nome Bartolomeu Garelli. Começava assim a obra dos Oratórios Festivos, destinada, em tempos difíceis, a preservar da ignorância religiosa e da corrupção, especialmente os filhos do povo.

Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco, bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Ao Oratório juntou uma escola profissional, depois um ginásio, um internato etc. Em 1855 deu o nome de Salesianos aos seus colaboradores. Em 1859 fundou com os seus jovens salesianos a Sociedade ou Congregação Salesiana.


Com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou em 1872 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875 enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul.

Foi ele quem mandou os salesianos para fundar o Colégio Santa Rosa em Niterói, primeira casa salesiana do Brasil, e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo. Criou ainda a Associação dos Cooperadores Salesianos. Prodígio da Providência divina, a Obra de Dom Bosco é toda ela um poema de fé e caridade. Consumido pelo trabalho, fechou o ciclo de sua vida terrena aos 72 anos de idade, a 31 de janeiro de 1888, deixando a Congregação Religiosa Salesiana espalhada por diversos países da Europa e da América.

Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. O seu nome de taumaturgo, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, de defensor intrépido da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. Pio XI, que o conheceu e gozou da sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934.

Apesar dos anos que separam os dias de hoje do tempo em que viveu Dom Bosco, seu amor pelos jovens, sua dedicação e sua herança pedagógica vêm sendo transmitidos por homens e mulheres no mundo inteiro.
Hoje Dom Bosco se destaca na história como o grande santo Mestre e Pai da Juventude.
Embora tenha feito repercutir pelo mundo o seu carisma e o sistema preventivo de salesiano, que é baseado na Razão, na Religião e na Bondade, Dom Bosco permaneceu durante toda a sua vida em Turim, na Itália. Dedicou-se como ninguém pelo bem-estar de muitos jovens, na maioria órfãos, que vinham do campo para a cidade em busca de emprego e acabavam sendo explorados por empregadores interessados em mão-de-obra barata ou na rua passando fome e convivendo com o crime.

Com atitudes audaciosas, pontuadas por diversas inovações, Dom Bosco revolucionou no seu tempo o modelo de ser padre, sempre contando com o apoio e a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora. Aliás, o sacerdote sempre considerou como essencial na educação dos jovens a devoção à Maria.


Dom Bosco ficou muito famoso pelas frases que usava com os meninos do oratório e com os padres e irmãs que o ajudavam. Embora tenham sido criadas no século passado, essas frases, ainda hoje, são atuais e ricas de sabedoria. Elas demonstram o imenso carinho que Dom Bosco tinha pelos jovens.

Entre alguns exemplos, "Basta que sejam jovens para que eu vos ame.", "Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.", "O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele", "Ganhai o coração dos jovens por meio do amor", "A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos."

O método de apostolado de Dom Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens; para isto no concreto abriu escolas de alfabetização, artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional; foi por isso a Igreja reza: "Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".

De estatura atlética, memória incomum, inclinado à música e a arte, Dom Bosco tinha uma linguagem fácil, espírito de liderança e ótimo escritor. Este grande apóstolo da juventude foi elevado para o céu em 31 de janeiro de 1888 na cidade de Turim; a causa foi o outros, já que afirmava ter sido colocado neste mundo para os outros.

Oração a São João Bosco


Necessitando de especial auxílio, com grande confiança recorro a vós, ó São João Bosco.
Preciso não só de graças espirituais, mas também de graças temporais, e principalmente... (pequena pausa para pedir a graça que se deseja)
Vós, que tivestes tanta devoção a Jesus Sacramentado e a Maria Auxiliadora, e que tanto vos compadecestes das desventuras humanas, alcançai-me de Jesus e de sua celeste Mãe a graça que vos peço, e mais: resignação inteira à vontade de Deus.

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.




Santidade de João Paulo II é sentimento comum

 
Arcebispo do Rio de Janeiro manifesta alegria com beatificação de Wojtyla

 
RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, expressou sua alegria com a notícia da beatificação de João Paulo II, a se realizar no próximo dia 1° de maio.
Segundo Dom Orani, a santidade de João Paulo II, “anunciada pelo povo no mesmo dia de suas exéquias (Santo súbito), é um sentimento comum a muitas pessoas, particularmente à nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por ele foi visitada por três vezes”.
Em artigo divulgado nessa quarta-feira à imprensa, Dom Orani afirma que o dia 1° de maio é também muito especial em sua vida de bispo.
Tendo sido eleito bispo de São José do Rio Preto, por João Paulo II, em 1996, ele tomou posse da diocese em 1° de maio desse ano.
“Para mim, esta data de 1° de maio, já especial, agora será assinalada, neste ano, com a beatificação do Papa João Paulo II pelo Papa Bento XVI, gloriosamente reinante.”

O arcebispo assinala que na semana em que se comemorou a festa de São Sebastião (20 de janeiro), padroeiro do Rio de Janeiro, saiu outra “notícia intimamente ligada ao Papa João Paulo II e à nossa cidade”.
Trata-se do traslado do corpo de João Paulo II da cripta vaticana à Basílica de São Pedro. O lugar escolhido é a capela de São Sebastião, sob o altar do Papa Inocêncio XI, situado à direita da basílica, entre a capela da Pietà, de Michelangelo, e a do Santíssimo Sacramento.
“Agora, sob o olhar de nosso excelso Padroeiro, São Sebastião, descansarão os restos mortais do Papa João Paulo II, que disse que era carioca e que amava a nossa Cidade e Arquidiocese”, afirma Dom Orani.
Intercessão
O arcebispo pediu a intercessão do Servo de Deus João Paulo II em favor de todos os que sofrem com a catástrofe das chuvas e deslizamentos de terra que se abateu na região Sudeste, particularmente nas dioceses de Nova Friburgo e de Petrópolis, deixando mais de 800 mortos.
“De nossa parte, enquanto Arquidiocese, queremos pedir aos fiéis que continuem a solidariedade e fraternidade, apresentando as nossas doações em gênero alimentício, água e dinheiro em favor da Cáritas Arquidiocesana”, afirma.
Segundo Dom Orani, a Cáritas enviará imediatamente essas ajudas para que as dioceses de Nova Friburgo e de Petrópolis distribuam através de suas equipes.
“Agora que as notícias diminuem, devemos ainda mais intensificar a nossa ajuda e o trabalho para reconstruir a pessoa, sua família e as cidades.”

“Que São Sebastião e o Beato João Paulo II deem consolo e esperança a todos os que sofrem, e a paz desejada a todos que a anseiam”, afirma o bispo.

Fonte: Zenit

sábado, janeiro 22, 2011

Fé e espírito missionário: essência da santidade de João Paulo II



Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos comenta a beatificação

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 20 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A fé na presença de Deus e o espírito missionário: estes são os segredos do exemplo de santidade que o Papa João Paulo II deixou ao mundo.

Disso está convencido o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, que, em entrevista ao L'Osservatore Romano, comentou a beatificação do Pontífice polonês, marcada para o dia 1º de maio.
Segundo o cardeal, a primeira atitude de João Paulo II é "uma fé forte na presença de Deus na história, porque a encarnação é séria, eficaz, vence o mal: a graça da presença eucarística do Senhor supera todas as barreiras e os regimes desumanos" disse ele, lembrando que o saudoso Pontífice "viveu os regimes nazista e comunista, e viu a implosão e a destruição de ambos".
"A segunda atitude é o seu grande espírito missionário. As viagens do Papa eram uma verdadeira atividade missionária, propriamente dita. Ele viajou até aos confins da terra para proclamar o Evangelho de Cristo."
Sobre a análise do milagre - a cura da freira francesa Marie Simon Pierre Normand, que sofria do Mal de Parkinson -, o cardeal Amato disse que o fato "foi estudado com muito cuidado, inclusive com meticulosidade, eu diria, porque houve uma grande pressão da mídia sobre este processo".
"Além disso, nestes dois últimos séculos, tivemos uma série de Bispos de Roma nos quais a santidade foi reconhecida em vários graus: Pio X, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I", afirmou.
Interpelado sobre alguma lembrança pessoal de João Paulo II, o cardeal Amato disse que tinha "um grande sentido de amizade, de respeito".
"Ele me escolheu como secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. Ordenou-me bispo em 6 janeiro de 2003: nós éramos 12, os últimos a receber a ordenação episcopal do Papa Wojtyla. Tínhamos uma reunião mensal, como secretário da Doutrina da Fé, solicitada pelo então cardeal Ratzinger, que foi meu superior direto. E João Paulo II escutava muito, sempre escutava."
"O que mais me chamava a atenção era essa capacidade de escutar. Nós falávamos, ele ouvia. E só depois, quando estávamos no almoço, é que ele fazia seus comentários - concluiu o cardeal. Era evidente a sua vontade de compreender."

Fonte: Zenit

domingo, janeiro 16, 2011






"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação".
                                                                             Beata Teresa de Calcutá

sábado, janeiro 15, 2011

CARTA DO PAPA BENTO XVI
AOS SEMINARISTAS

Queridos Seminaristas,

Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objecções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.
O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.
1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar connosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contacto com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contacto é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo facto de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.
2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma recta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.
3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.
4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».
5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Baptismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar “a razão” (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, reflectindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecuménica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canónico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.
6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.
7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.
Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus omnipotente Pai, Filho e Espírito Santo.


Vaticano, 18 de Outubro – Festa de São Lucas, Evangelista – do ano 2010.

Vosso no Senhor
BENEDICTUS PP XVI

Fonte: Vatican

quinta-feira, janeiro 13, 2011

PADRES ANIVERSÁRIANTES DE JANEIRO


Pe. Jacinto Kryszk
Nascimento - 16/01/1970, Olsztyn - Polônia
Ordenação - 25/05/1996
Paróquia N. Sra. D'Abadia - Sta. Rosa de Goiás - GO



Pe. Genésio Lamunier Ramos
Nascimento - 28/01/1974, Corumbaíba - GO
Ordenação - 13/05.2005
Paróquia S. Francisco de Assis -
São Francisco de Goiás - GO



Pe. Reginaldo Pereira da Costa
Nascimento - 23/01/1973, Luziânia - GO
Ordenação - 28/05/2005
Paróquia Sta. Terezinha do Menino Jesus
Terezópolis de Goiás - GO



Pe. Rafael Xavier Ligeiro  (Arquidiocese de Palmas - TO)
Nascimento - 22/01/1980
Ordenação - 12/12/2009
Comunidade Nova Aliança - Anápolis - GO



Pe. José Carlos Almeida Esteves Alves
Nascimento - 30/01/1953
Ordenação - 01/05/1995

REZEMOS PELOS NOSSOS SACERDOTES TODOS OS DIAS... DEUS VOS PAGUE!!!

O adeus do povo goiano a Dom Manoel Pestana Filho

 
A manifestação de carinho, afeto e respeito das milhares de pessoas que acompanharam as celebrações do velório e sepultamento do bispo emérito de Anápolis, Dom Manoel Pestana Filho, durante todo o dia desta segunda-feira (10), revela o sentimento que ligava este religioso de 82 anos de vida e mais de 60 de vocação missionária ao povo anapolino e goiano de maneira geral. Dom Manoel faleceu no sábado (8), pela manhã, em Santos (SP), sua terra natal, onde passava as férias.

O corpo de Dom Manoel foi velado no sábado e domingo no litoral paulista. Ainda no domingo (9) foi trasladado a Anápolis. Nos primeiros momentos da segunda-feira começou a ser velado na nova Matriz de São Joaquim. Às 9 horas, numa viatura dos Bombeiros, foi levado à Catedral do Bom Jesus, para a sequência do velório.

Ao longo do dia, milhares de pessoas prestaram sua última homenagem ao bispo emérito. Várias missas foram celebradas por padres diocesanos e também por bispos Maronitas. Às 19 horas o bispo Dom João Wilk presidiu a Missa das Exéquias. Em seguida foi realizada procissão em torno da Praça Bom Jesus. O corpo de Dom Manoel foi sepultado por volta de 21h30, na Capela do Santíssimo Sacramento, na própria Catedral.

O carinho das pessoas a Dom Manoel foi demonstrado de várias formas. Na Matriz de São Joaquim foram realizadas orações durante toda a madrugada. No deslocamento para a Catedral as pessoas saíam às portas de suas casas e locais de trabalho, para aplaudir e entoar cânticos. As lágrimas eram comuns nos olhos de clérigos, amigos e fiéis. A expressão de um sentimento profundo de gratidão ao pastor que por 25 anos conduziu a Igreja Católica e escolheu Anápolis para morar depois de sua aposentadoria, ocorrida há seis anos.

A visitação do público ocorreu durante todo o dia. Do lado de fora da Catedral foram montadas tendas com telões, para que todos pudessem acompanhar as celebrações. Os familiares de Dom Manoel vieram de Santos e acompanharam todas as homenagens. Os padres, especialmente aqueles ordenados por Dom Manoel, expressavam sentimento de quem havia perdido mais que um pastor e orientador.

O vigário geral da Diocese, padre Juvêncio José Abade, expressou seu luto: “perdi mais que um formador e bispo, perdi um pedaço de mim”. Padre Luís Lima, profundo admirador de Dom Manoel, mostrou seu agradecimento regendo a Banda Jesus, Maria e José, que ele mesmo constituiu com a ajuda da comunidade. Foi a banda que acompanhou a procissão com o corpo do bispo emérito em volta da Praça Bom Jesus executando cânticos religiosos.

O reitor do Seminário Maior Diocesano, padre Edmilson Luiz de Almeida, mostrou-se agradecido a Dom Manoel, que segundo ele foi quem o “pescou” para a Igreja. “Um dia ele me enviou para a paróquia de Jaraguá, agora sou reitor do seminário que ele construiu”. O atual bispo Diocesano, Dom João Wilk, adotou todas as providências necessárias desde a comunicação do falecimento de Dom Manoel e assegurou que todos os ritos previstos pelo Código Canônico e pela tradição da Igreja fossem cumpridos, inclusive o sepultamento na Cripta da Catedral, segundo ele, “um privilégio reservado pelo Código Canônico apenas aos bispos”.

Na Missa das Exéquias compareceram autoridades eclesiásticas, civis e militares. O bispo Dom João Wilk foi auxiliado na celebração pelos arcebispos Dom João Braz de Aviz (Brasília) e Dom Washington Cruz (Goiânia), os bispos Dom Waldemar Passini (auxiliar-Goiânia) e Dom Odair Guimarães (Rubiataba), e o bispo emérito de Uruaçu, Dom José Silva Chaves.

O governador Marconi Perillo participou da Missa ao lado do prefeito Antônio Roberto Gomide. Também estiveram presentes o diretor do Fórum, Gleuton Brito Freire; o presidente da Câmara, Amilton Batista de Faria; o presidente do Conselho de Pastores de Anápolis, Leordino Lopes; prefeitos de cidades como Campo Limpo e Goianápolis, entre outras autoridades.

O bispo Dom João Wilk disse que se encerra agora uma etapa não só na vida de Dom Manoel Pestana, mas também da Igreja em Anápolis. “Ele viveu a fé, os valores cristãos, se identificava concretamente com a mensagem do Evangelho. Por isso agradecemos a Deus”, disse.

O governador Marconi Perillo, ao final da Missa, disse que recebeu com “profundo pesar” a notícia do falecimento de Dom Manoel. “Com ele mantive longos anos de apreço, consideração e respeito. Sei da dor e do sentimento da comunidade anapolina por esta perda. Dom Manoel foi homem de muitas convicções, corajoso, de fé, e a defesa da vida talvez tenha sido seu principal legado”, concluiu.

O prefeito Antônio Roberto Gomide decretou luto oficial por três dias, devido o falecimento de Dom Manoel. Na juventude, Gomide teve sua formação em instituições católicas e, assim como nutre relacionamento próximo com o atual bispo Dom João Wilk, era profundo admirador de Dom Pestana.


Formação

Dom Manoel Pestana Filho tinha 82 anos e foi o primeiro bispo nascido em Santos. Em 1979 foi eleito bispo da Diocese de Anápolis, onde permaneceu até 2004.

Entre as ações que se destacaram durante o bispado de Dom Pestana, estão a realização da pastoral familiar e do movimento Pró-Vida, que tem como finalidade divulgar campanhas que são contra a legalização do aborto no Brasil.

Durante as homenagens a Dom Manoel Pestana também foram destacadas, além de sua atuação na Pastoral Familiar do Centro-Oeste pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sua atuação como professor no Seminário Maior Diocesano e do Institutum Sapientiae do Mosteiro de Santa Cruz. O religioso também escreveu sua história de fé atuando no corpo de professores da Faculdade de Filosofia de São Miguel Arcanjo em Anápolis e no Instituto Católico de Teologia Santo Tomás de Aquino. Dom Manoel também teve programas semanais no rádio e na televisão.

Dom Manuel Pestana teve sua ordenação Sacerdotal em 5 de outubro de 1952 em Roma na Itália. Em 30 de novembro de 1978 aconteceu a sua nomeação Episcopal. A ordenação Episcopal veio em 18 de fevereiro de 1979 em Santos. O Bispo estudou filosofia no seminário Maior Central Ipiranga em São Paulo entre 1946 e 1948. Entre 1949 e 1953 cursou teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma. Em 1972 no Rio de Janeiro se especializou no Estudo de Problemas Brasileiros na Universidade Federal do Estado (UFRJ).


Homenagem

O secretário Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, assinou, nesta segunda-feira (10), uma nota de pesar pela morte do bispo emérito de Anápolis, Dom Manoel Pestana Filho. Leia a nota na íntegra:


“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto” (Jo 12,24).
Causou-nos profunda tristeza a notícia da morte do bispo emérito de Anápolis-GO, Dom Manoel Pestana Filho, ocorrida ontem, dia 8, em Santos-SP, sua cidade natal. Manifestamos, pois, nosso pesar e nossa solidariedade aos familiares de Dom Manoel, bem como à diocese de Anápolis e a seu bispo diocesano, dom João Wilk.
Durante 25 anos, de 1979 a 2004, Dom Manoel exerceu um fecundo ministério pastoral à frente da Diocese de Anápolis, marcado por um inquebrantável compromisso de fidelidade a Jesus Cristo e à sua Igreja, na permanente defesa e promoção da fé, da vida e da dignidade da pessoa humana.
Alenta-nos, neste momento de dor e lágrimas, a palavra do Evangelho, que assegura a verdadeira vida para o que crê em Jesus Cristo: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (Jo 11,25-26).





Chegada do corpo de Dom Manoel à Catedral do Bom Jesus

 
O cortejo com o corpo do bispo emérito de Anápolis, Dom Manoel Pestana Filho, chegou à Catedral do Bom Jesus por volta das 10 horas. Milhares de pessoas já aguardavam dentro e fora da igreja e muitas se emocionaram a ponto de ir à lágrimas, quando o caixão foi retirado da viatura do Corpo de Bombeiros e, nos braços de seis membros da Sociedade de São Vicente de Paulo, foi levado à porta da Catedral. Dom Manoel, que naquele templo celebrou inúmeras vezes, era agora recebido pelo povo para ser ali sepultado.

Em meio à multidão estava padre Luis Lima, um dos grandes amigos de Dom Manoel, regendo a Banda Jesus, Maria e José, que ele mesmo constituiu, entoando cânticos marianos. Na entrada da Catedral estavam o bispo diocesano, Dom João Wilk; o prefeito Antônio Roberto Gomide; o vigário geral, padre Juvêncio José Abade; o pároco da Catedral, padre Osvaldo João de Souza; o reitor do Seminário, padre Edmilson Luiz de Almeida; entre outros sacerdotes.

O rito de entronização do caixão na Catedral foi conduzido por Dom João Wilk. As orações emocionaram ainda mais as pessoas. Em seguida aconteceu a entrada na Catedral, em procissão. E, de imediato, teve início a visitação das pessoas, numa sequência constante, durante todo o dia. Enquanto as pessoas se despediam de Dom Manoel Pestana, os padres celebraram missas. Os bispos Maronitas também celebraram.





 




Adicionar legenda

Queridos Sacerdotes, Diáconos,
Religiosos e Religiosas, Seminaristas e todo o Povo de Deus.

Mergulhados no luto pelo falecimento de Dom Manoel Pestana Filho, Bispo Emérito de Anápolis, convidamos a todos os fiéis e as pessoas de boa vontade para a Santa Missa em sufrágio da sua alma, no Sétimo Dia do seu falecimento.
Dom Manoel faleceu em Santos - SP, sua terra natal, no sábado passado, dia oito de janeiro 2011 e foi sepultado na cripta da Catedral Bom Jesus no dia 10 de janeiro.
A Santa Missa do Sétimo Dia será celebrada na Catedral Bom Jesus em Anápolis, na sexta-feira dia 14 de janeiro 2011, às 19 horas.
Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno!
E a luz perpétua o ilumine!


                                                                                                                                   Dom João Wilk
Bispo de Anápolis

domingo, janeiro 09, 2011

Falece Bispo emérito de Anápolis, Dom Manoel Pestana


Bispo emérito de Anápolis (GO), Dom Manoel Pestana
O Bispo emérito de Anápolis (GO), Dom Manoel Pestana Filho, faleceu neste sábado, 8, em Santos.

O seu corpo será transladado para Anápolis no domingo, 9, e será velado na Catedral do Bom Jesus.

Saiba mais sobre Dom Manoel


Nascimento: 27 de abril de 1928, em Santos (SP).
Ordenação Sacerdotal: 05 de outubro de 1952, em Roma (Itália).
Nomeação Episcopal: 30 de novembro de 1978.
Ordenação Episcopal: 18 de fevereiro de 1979, em Santos - SP.
Tomada de Posse: 11 de março de 1979.
Bispo Emérito: 09 de junho de 2004.
Lema: "In Te Projectus"


ESTUDOS
  • Filosofia: Seminário Maior Central Ipiranga, São Paulo - SP (1946-1948).
  • Teologia: Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma - Itália (1949-1953).
  • Especialização: Estudo de problemas brasileiros, Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972).

ATIVIDADE ANTES DO EPISCOPADO
  • Coadjutor de São Vicente Mártir, Santos - SP (1953-1959).
  • Professor (1955-1971) e Diretor (1960-1971) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santos - SP.
  • Assistente de JEC, JUC, Cursilhos e ENS, Santos - SP.
  • Professor (1972-1978) e Diretor da CECA (1974-1978) da Universidade Católica de Petrópolis - RJ.
  • Assistente dos Cursilhos, ECC e Pastoral Universitária, Petrópolis - RJ.
  • Professor de curso de filosofia no Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro - RJ (1974-1978).
ATIVIDADES COMO BISPO
  • Bispo de Anápolis - GO (1979-2004).
  • Responsável pela Pastoral Familiar do Centro Oeste da CNBB.
  • Professor do Seminário Maior Diocesano e do Institutum Sapientiae do Mosteiro de Santa Cruz.
  • Professor da Faculdade de Filosofia de São Miguel Arcanjo, Anápolis - GO.
  • Professor do Instituto Católico de Teologia Sto. Tomás de Aquino, Anápolis - GO.
  • Programa semanal "A voz do bispo" nas rádios São Francisco e Voz da Imaculada, Anápolis - GO.
  • Programa semanal "Cristo em sua vida", na TV Tocantins.
ESCRITOS DE SUA AUTORIA
  • "Igreja Doméstica", Ed. Loyola, 1980. / fonte cançaonova

sexta-feira, janeiro 07, 2011





"Eu quero imprimir o meu coração no coração dos meus sacerdotes
e é através de você que eu vou fazer "



                                            (18 de outubro de 1904)

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Padre Pio e seus dons diante da graça de Deus

É muito difícil estabelecer uma definição para a palavra "milagre". Os Milagres são considerados expressões do sobrenatural. Nós também podemos dizer que um milagre é um fenômeno que ocorre contrário as leis naturais já conhecidas e obedecem a uma força superior: a de Deus.

A vida do Padre Pio é cheia de milagres. Mas nós temos que prestar atenção à natureza do milagre, que é sempre divina. Desta maneira o Padre Pio sempre convidou as pessoas a agradecer a Deus, verdadeiro autor dos milagres.

1 - SARANDO A QUEIMADURA
O primeiro milagre atribuído ao do Padre Pio, aconteceu em 1908. Naquela época ele morava no convento de Montefusco. Um dia ele decidiu ir à floresta para colher castanhas em uma bolsa. Ele enviou essa bolsa para sua tia Daria em Pietrelcina. Ela sempre foi muito afetuosa para com ele. A sua tia recebeu a bolsa e comeu as castanhas e depois guardou-a como lembrança.

Poucos dias depois sua tia Daria estava procurando algo em uma gaveta onde o seu marido normalmente guardava pólvora. Era noite e ela estava usando uma vela quando de repente a gaveta pegou fogo. O fogo atingiu Tia Daria e num instante, ela pegou a bolsa que tinha as castanhas de Padre Pio e a pôs na sua face. Imediatamente sua dor desapareceu e não ficou nenhuma ferida ou queimadura na sua face.

2 - DE ONDE VIERAM OS PÃES?
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, o pão era racionado. No convento do Padre Pio havia sempre muitos convidados e pessoas pobres que iam até lá pedir comida. Um dia, os monges foram para o refeitório e perceberam que na cesta tinha aproximadamente um quilo de pão. Todos os irmãos rezaram e se sentaram antes de começar a comer e o Padre Pio foi à Igreja.

Depois de um tempo ele voltou com muitos pães nas mãos. O Superior perguntou para Padre Pio: "Onde você conseguiu os pães? " e Padre Pio respondeu: "Um peregrino à porta me deu ". Ninguém falou, mas todo o mundo concluiu que só Padre Pio poderia encontrar esse tal peregrino.

3 - QUEM REPÔS AS HÓSTIAS?
Uma vez no convento do Padre Pio, um frade deixou de colocar hóstias suficientes para a celebração, pois havia poucas disponíveis. Mas depois das confissões Padre Pio pegou as hóstias, começou a entregar a Sagrada Comunhão às pessoas e ao término da celebração sobraram muitas hóstias, mais do que eles tinham antes.

4 - ALGUÉM SEGUROU A CARTA?
Uma filha espiritual do Padre Pio estava lendo uma carta dele a beira de uma estrada. O vento fez a carta voar e rolar por uma ribanceira. A carta já estava longe quando deixou de voar e caiu e ficou presa numa pedra. Desse modo foi possível recuperar a carta. No dia seguinte ela se encontrou com o Padre Pio, que lhe disse: "Você tem que prestar mais atenção no vento da próxima vez. Se eu não tivesse posto meus pés na carta ela se teria perdido".

5 - O FILHO PERDIDO REAPARECE
A sra. Cleonice Morcaldi, filha espiritual do Padre Pio, disse: "Durante a Segunda Guerra Mundial meu sobrinho estava prisioneiro. Nós não tínhamos recebido notícias durante um ano e todo mundo acreditou que ele havia morrido. Os Pais dele pensavam a mesma coisa. Um dia a mãe dele foi ao Padre Pio e se ajoelhou em frente ao frade que estava no confessionário e disse: "Por favor, diga-me se meu filho está vivo. Eu não vou embora se você não me falar. Padre Pio simpatizou-se com ela e tendo piedade de suas lágrimas disse: "Levante-se e fique tranqüila".

Alguns dias depois, eu não pude resistir diante da dor dos Pais, e assim decidi pedir um milagre para Padre Pio. Eu disse: "Padre, eu vou escrever uma carta a meu sobrinho Giovannino. Eu só escreverei o nome dele no envelope por que nós não sabemos onde ele está. Você e seu Anjo da Guarda levarão a carta até ele." Padre Pio não respondeu.

Eu escrevi a carta e pus em minha mesa, de noite, para entregá-la na manhã seguinte ao Padre Pio. Ao amanhecer, para minha grande surpresa e medo a carta não estava mais lá. Eu fui correndo até o Padre Pio para lhe agradecer e ele me disse: "Dê graças a Nossa Senhora". Quase quinze dias depois nosso sobrinho respondeu a carta. Então toda nossa família ficou contente, dando graças a Deus e ao Padre Pio".

6 - CLARIVIDÊNCIA
Durante a Segunda Guerra Mundial o filho da Sra. Luisa, que era Oficial da Real Marinha Britânica, era motivo de angústia para a sua mãe, pois ela orava diariamente para a conversão e salvação do seu filho. Um dia um viajante inglês chegou a San Giovanni Rotondo, trazendo alguns jornais da Inglaterra. Luísa quis ler os jornais. Ela leu notícias do afundamento do navio em que o filho dela estava.

Ela foi chorando ver o Padre Pio, que a consolou imediatamente: "Quem lhe falou que seu filho morreu?" Na realidade Padre Pio pôde dizer exatamente o nome e o endereço do hotel onde o jovem oficial estava, depois de ter escapado do naufrágio no Atlântico. Ele estava naquele hotel a espera do novo cargo. Imediatamente Luisa lhe enviou uma carta e depois de 15 dias obteve uma resposta do seu filho".

7 - ESTAVA MORTA E VOLTOU À VIDA
Havia uma tal mulher nobre e boa em San Giovanni Rotondo que o Padre Pio disse que era impossível, achar qualquer falha em sua alma para perdoar. Em outras condições, ela viveu para ir para o céu. Ao término da Quaresma Paulina estava tremendamente doente. Os doutores não lhe deram esperanças. O marido dela e as cinco crianças deles foram para o convento rezar e pedir ajuda para Padre Pio. Duas das cinco crianças correram em direção ao Padre Pio chorando. O Padre Pio ficou perturbado; e então tentou consolá-los prometendo que ia rezar para eles, nada mais!

Alguns dias depois, mais ou menos às sete horas da manhã, as coisas mudaram. Na realidade ele pediu em favor de Paulina, de forma que isto a curou. E ele disse-lhes: "Ela se recuperará no Dia da Páscoa. Mas durante a sexta-feira Santa, Paulina perdeu a consciência, e ela logo depois no dia de sábado havia entrado em estado de coma; finalmente, depois de algumas horas, Paulina morreu.

Alguns dos seus parentes levaram o vestido de noiva dela para vesti-la, isto de acordo com uma velha tradição. Outros parentes correram para o convento para pedir um milagre ao Padre Pio. Ele lhes respondeu:" Ela ressuscitará. E foi para o altar para celebrar a Santa Missa. Quando o Padre Pio começou a cantar o Glória e o som dos sinos que anunciam a ressurreição de Cristo, ele deu um forte grito e os olhos dele estavam cheio de lágrimas.

No mesmo momento, Paulina ressuscitou e sem qualquer ajuda ela desceu da cama, se ajoelhou e orou três vezes o Credo. Então eles se levantaram e sorriram. "Ela ressuscitou". Na realidade o Padre Pio não tinha dito, "ela ressuscitará" e sim "ela se recuperará". Quando eles lhe perguntaram que se passou durante o tempo em que ela estava morta ela respondeu: "Eu subi, eu subi, eu subi; até que eu entrei em uma grande luz, e de repente eu voltei".

8 - TESTEMUNHO DE UMA MÃE:
"Minha primeira filha nasceu em 1953. Quando tinha um ano e meio o Padre Pio salvou a sua vida de forma súbita e milagrosa. Na manhã de 06 de Janeiro de 1955 meu marido e eu estávamos na igreja assistindo à Santa Missa e nossa filha estava em casa com o avô dela. De repente um acidente aconteceu, e nossa filha se queimou com uma panela de água quente. A queimadura era tão grande quanto séria e a atingiu desde o estômago até a parte de trás.

O doutor recomendou para a hospitalizr imediatamente, porque ela poderia morrer devido ao estado de gravidade suprema... Por isso ele não nos deu nenhum medicamento. Desesperada ao ver sofrendo a minha filha, assim que o doutor se foi invoquei fortemente o Padre Pio, para que interviesse urgentemente. Quando eu estava pronta para levá-la ao hospital,já era quase meio-dia. Eis que de repente a menina, que estava só no quarto, chamou-me: "mãe, mãe, olhe e u já não tenho nenhuma ferida".

E quem fez desaparecer suas feridas? Eu perguntei amedrontada e com grande curiosidade. Ela respondeu. "Mãe o Padre Pio veio, e ele curou minhas feridas pondo suas mãos sagradas em minha queimadura". Realmente, para surpresa de todos, não havia nenhum sinal ou marca de que havia existido alguma queimadura na menina. O corpo de minha filha estava totalmente saudável, e pensar que alguns minutos antes o médico a condenou no seu prognóstico.

Fontes net

sábado, janeiro 01, 2011

Intenções do Santo Padre – Janeiro

CRIAÇÃO, DOM A PRESERVAR

Para que as riquezas da criação sejam preservadas, valorizadas e postas à disposição de todos, como precioso dom de Deus.

Sempre houve desastres naturais que causam prejuízos e estragos à população mundial. A diferença da situação actual está em que começamos a tomar consciência que os males climáticos que nos afectam têm, em muitos casos, causas humanas. O poder do homem sobre a natureza é, hoje, pela primeira vez na história, uma ameaça contra a própria sobrevivência. Esta ameaça ganhou terreno entre os dirigentes políticos, se bem que continue a haver quem negue a validez das conclusões que atribuem o aquecimento global e as mudanças climáticas a causas humanas.

«Cuidar da criação – afirmou o Papa na Mensagem do Ano Novo de 2010 – tornou-se, hoje, essencial para a convivência da humanidade». Mas há muito caminho a percorrer, como o demonstra o fracasso da cimeira ecológica de Copenhaga, em Dezembro de 2009, onde dominaram os interesses económicos das nações poderosas, que impediram que se alcançassem acordos mais significativos.

Justiça e ecologia

Hoje em dia, o discurso sobre a justiça social inclui, necessariamente, o tema ecológico e o tema ecológico não pode deixar de fora a promoção da justiça. As duas realidades condicionam-se mutuamente, como ensina a Doutrina Social da Igreja. Verificamos que as nações que mais consomem e, portanto, mais contaminam, não são as que mais sofrem os danos causados à criação. As consequências são pagas, e em bem alto preço, pelos mais pobres que têm menos possibilidades de se defender das mudanças climáticas. É o que acontece, por exemplo, com a desflorestação ilegal de grandes extensões em países pobres.

Verificamos, assim, que numerosas pessoas em muitos países e regiões do planeta sofrem crescentes dificuldades, por causa da negligência e inclusive rejeição por parte de tantos governantes no que diz respeito ao meio ambiente. Por isso, afirma o Concílio Vaticano II que «Deus destinou a terra e tudo o que ela contém, para uso de todos os homens e povos» (Gaudium et spes, 69).

Problemas ligados com a ecologia

Devemos ter em conta que não se pode avaliar a crise ecológica separando-a dos problemas ligados a ela, já que está vinculada ao conceito mesmo do desenvolvimento. Exige-o o «estado de saúde» ecológico do nosso planeta. Requere-o também, e sobretudo, a crise cultural e moral do homem, cujos sintomas estão patentes em todas as partes do mundo.

A humanidade necessita de uma profunda renovação cultural e moral, precisa de desenvolver aqueles valores que constituem o fundamento sólido sobre o qual construir um futuro melhor para todos. As situações de crise que a humanidade está a atravessar são também, no fundo, crises morais relacionadas entre si.

Estas obrigam a repensar o caminho comum dos homens. Obrigam, em particular, a um modo de viver caracterizado pela sobriedade e solidariedade, com novas regras e formas de compromisso. Só deste modo a crise actual se transformará numa ocasião de discernimento e de novas projecções.

Apelo aos cristãos e a todos os homens

Ainda que o apelo a uma sã ecologia se dirija a todos os homens de boa vontade, este apelo é dirigido de um modo especial, e por várias razões, aos cristãos. O cristão considera o cosmos e as suas maravilhas à luz da obra criadora de Deus Pai e da redenção de Cristo, o qual, com a sua morte e ressurreição, reconciliou com Deus «todos os seres, os do céu e os da terra» (Col 1, 20). Cristo crucificado e ressuscitado entregou à humanidade o Espírito santificador, que guia o caminho da história, à espera do dia em que, com a vinda gloriosa de Cristo, serão inaugurados «o novo céu e a nova terra» (2 Ped 3, 13), nos quais habitará sempre a justiça e a paz.

É este o desafio urgente que deve ser encarado de modo unânime com um renovado compromisso. É esta a oportunidade providencial a legar às novas gerações e que constitui a melhor perspectiva para todos.

Conclusão

O tema ecológico é, hoje, iniludível na agenda política, cultural, artística… como também na agenda religiosa e eclesial. Está presente na luta dos cristãos por um mundo mais justo, no diálogo ecuménico, nos nossos programas de formação, etc.

A intenção da oração do Papa neste mês apela à nossa responsabilidade de salvaguardar a criação para as gerações futuras. Aponta também para a necessidade de uma revisão profunda e com visão de futuro do modelo de desenvolvimento, reflectindo também sobre o sentido da economia e da sua finalidade, a fim de corrigir as suas disfunções e distorções.

Oremos este mês, juntamente com o Papa, para unir a nossa força espiritual a tantas pessoas que lutam para defender a beleza da criação para utilidade de todos, especialmente para os que virão depois de nós.

Intenção Missionária

PARA QUE TODOS SEJAM UM

Para que os cristãos cheguem à plenitude da unidade, testemunhando assim, a toda a humanidade, a paternidade de Deus.

A intenção missionária deste mês é motivada pelo Oitavário de oração pela unidade de todos os cristãos, celebrado entre os dias 18 e 25.

«Para que todos sejam um como Tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti… a fim de que o mundo acredite que Tu Me enviaste», pediu Jesus na Última Ceia, exprimindo o seu grande desejo de que aqueles que haviam de acreditar n’Ele vivessem unidos uns aos outros. De facto, o desejo de anunciar Cristo aos outros, e levar ao mundo uma mensagem de reconciliação, faz-nos sentir a contradição da divisão dos cristãos.

Num mundo cada vez mais secularizado e indiferente a Deus, quando não hostil; perante o crescimento do fanatismo e da intolerância, por parte dos que se dizem religiosos; diante dos graves desafios da inumana pobreza e as graves injustiças do mundo, resulta cada vez mais absurda e sem sentido a falta de unidade entre os seguidores de Cristo.

A divisão entre os cristãos constitui um grave anti-testemunho. Com efeito, como poderão os não crentes acolher o anúncio do Evangelho, se os cristãos, ainda que se refiram ao mesmo Cristo, estão em desacordo entre eles? A comunhão e a unidade entre os discípulos de Cristo é uma condição particularmente importante para uma maior credibilidade e eficácia do seu testemunho.

Não faltam, infelizmente, questões que nos separam uns dos outros, mas existe um conteúdo central da mensagem de Cristo que podemos anunciar juntos: a paternidade de Deus, a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, a confiança na acção transformadora do Espírito. É neste conteúdo que devemos centrar-nos, deixando outros aspectos que, ao fim e ao cabo, são muito menos importantes.

O compromisso da unidade dos cristãos não é só de alguns, nem uma actividade acessória da Igreja. Cada um é chamado a dar o seu contributo, sobretudo por meio da oração. Se nós, membros do Apostolado da Oração, nos unirmos, poderemos contribuir, eficazmente, para que cresça a unidade entre todos os cristãos.


António Coelho, s.j.