“O Conselho evangélico da pobreza, à imitação de Cristo, que sendo rico se fez pobre por nós, além de uma vida pobre na realidade e no espírito, a ser vivida laboriosamente na sobriedade e alheia às riquezas terrenas, implica a dependência e a limitação no uso e na disposição dos bens, de acordo com o direito próprio de cada instituto”.
Cânon 600
Cânon 600
“Nascido de Maria e José, na pobreza e na obscuridade,
em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes,
assumiu a missão de resgatar nossos pecados”.
“Em matéria de pobreza são muito expressivas as palavras da segunda Carta aos Coríntios, que constituem uma síntese precisa de tudo aquilo que lemos no Evangelho sobre este mesmo tema: «Conheceis muito bem a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, fez-se pobre por vosso amor, a fim de enriquecer-vos com a sua pobreza»”. (I Cor 8, 9)
“Sem a pobreza não é possível compreender o mistério da doação da divindade ao homem, doação que se realizou precisamente em Jesus Cristo. É também por isso que ela se encontra mesmo ao centro do Evangelho, no princípio da mensagem das oito Bem -aventuranças: «Bem - aventurados os pobres em espírito». (Mt 5, 3) A pobreza evangélica abre diante do olhar da alma humana a perspectiva de todo o mistério «oculto desde todos os séculos em Deus»”. (Ef 3, 9)
“Só aqueles que são «pobres» desta maneira é que são também interiormente capazes de compreender a pobreza d'Aquele que é infinitamente rico. A pobreza de Cristo esconde em si essa riqueza infinita de Deus; ou melhor, é uma expressão infalível dessa riqueza. É o Mestre e o porta-voz da pobreza Quem nos enriquece. Por este motivo exactamente, Ele dizia ao jovem nos Evangelhos sinópticos: «vende o que tens e dá-o ... e terás um tesouro no céu»”.
(cf. Mc 10, 21; Lc 18, 22)
“Há nestas palavras um chamamento para enriquecer os outros por meio da própria pobreza; mas no mais íntimo deste chamamento encontra-se escondido o testemunho da riqueza infinita de Deus que, transferida para a alma humana, pelo mistério da graça, cria no mesmo homem, precisamente mediante a pobreza, uma fonte para enriquecer os outros, que não se pode comparar com quaisquer recursos de ordem material: é um manancial para beneficiar os outros à semelhança do próprio Deus”.
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