setembro 18, 2009 / Roberta Rizzo
Quem são estes, que o próprio Deus obedece, ao ouvir as Sagradas Palavras pronunciadas pelos seus lábios?
Quem são estes portadores da bênção, que aquilo que ligam na terra ligam no Céu, e o que desligam na terra, desligam no Céu?
Quase nunca nos atentamos ou buscamos aprofundar o mistério desses Homens do Altar, consumidos de amor por Deus e pelas almas.
Antes de tudo são homens, que assim como nós foram chamados a vida e a santidade, que possui suas fraquezas e suas limitações de ser humano, capazes de fazer o bem, mas também de fazer o mal.
Deus os separou para conduzir o seu rebanho ao Céu, e para tal missão, derramou sobre eles graças sobrenaturais, que os fazem vencer muitas lutas, mas esse mesmo Deus não anulou a sua humanidade, pois é através desta, que eles constroem a sua santidade, na luta do dia-a-dia, e podem compreender o povo a eles confiados pois eles mesmos não estão isentos de dores e de erros.
Homens que ao sentirem que o Senhor os chamava a uma vocação específica, mesmo conscientes de suas limitações e misérias, disseram com generosidade o seu SIM, e a partir de sua resposta, Deus derramou abundantes graças sobre eles, para que levem em frente e com fidelidade o SIM dado.
Homens que se decidiram viver do sobrenatural, das coisas eternas, mesmo estando na terra. Que optaram por viver a radicalidade do 1° mandamento “amar a Deus sobre todas as coisas”.
Homens que depois que foram tocados pelo sublime e grandioso amor de Deus, pode então exclamar como São Paulo, “ considero tudo como lixo, como perda”.
Homens comuns, que tem um coração a bater no peito, que sentem fome e sede, que sentem saudades, solidão, que choram, que riem, que se emocionam, que sentem dor, que ficam doentes, que vão ao médico, que também precisam de cuidados, que se dão, que aconselham, que trazem em si seus próprios desejos, aos quais precisam renunciar todos os dias para que a vontade de Deus se cumpra em suas vidas.
Homens que renunciaram a tudo e a todos por um bem maior, que é o próprio Deus, que foram selados pelo Céu, que trazem em si, em seus corações as Marcas do Eterno. Que pelo seu Sim, não se pertencem mais, mas pertencem a Deus, e na medida que o Coração de Deus os pede, pertencem a humanidade.
Nunca nos esqueçamos que eles são de Deus, são propriedade de Deus. Por isso, tomemos cuidado, pois quando nos aproximamos de um Sacerdote, precisamos lembrar disso, “eles são propriedades do Criador”, que seu Ministério pertence a nós, mas eles pertencem à Aquele que os chamou, e que este é ciumento: “Ai daqueles que tocam em um dos meus consagrados”!
Se é pecado cobiçar as coisas alheias, as coisas do próximo, imagine cobiçar aquilo que pertence a Deus?
Devemos zelar, cuidar dos Sacerdotes, porque sem eles morreremos de fome, pois eles trazem para nós o Pão da Vida Eterna, o perdão para os nossos pecados, e através de suas palavras que calam nossos corações, por serem as palavras do próprio Deus alívio as nossas dores.
O Sacerdote é mistério de amor, pequeno diante dos homens e grande aos olhos de Deus. E diante do mistério eu ajoelho e rezo!
Sem. Agnaldo Bueno
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